A Osklen acaba de lançar o filme Homem-Peixe, que narra a jornada de dois personagens que assumem o “Fluxo” (palavra-segredo da felicidade no caminho do auto-conhecimento) como norte de suas vidas.
O filme é narrado em Tukano, língua nativa indígena comum às etnias presentes no Rio Negro (Amazonas), através do personagem Guy, o índio que entrelaça todas as histórias. Guy é descendente do Guerreiro Pirarucu. Segundo lendas indígenas, Pirarucu era um guerreiro vaidoso, que sempre se opunha ao fluxo da natureza, sendo agressivo e intolerante. Até que um dia o guerreiro recebe como castigo um raio de Tupã, que o transforma em peixe.
A experiência audiovisual, com as fissuras que ela pode provocar é onde se pode perceber o que há de ser transformado. A solução às nossas questões comuns não é algo que se possa propor, a solução é um processo. “Homem-Peixe” propõe uma reflexão. A construção sonora e visual não linear conversa com a poesia. A Poesia faz lembrar que a linguagem é para descobrir coisas e não para nomeá-las. “Homem-Peixe” é um convite meditativo, provocador, sensível, e crítico.
Dirigido por Allexia Galvão, com direção criativa de Tomás Biagi de Carvalho e Gleeson Paulino, o filme participou das seleções oficiais em diversos festivais, como o Indie Shorts Awards, em Cannes, Berlin Shorts Award e Venezia Shorts.
Homem-Peixe começou a ser filmado há três anos e, como muitos trabalhos do audio visual, foi impactado pela pandemia. O curta foi lançado há uma semana com um encontro no novo espaço da Amarello, na Barra Funda, em São Paulo, com a presença da equipe, Oskar Metsavaht, do modelo Julio e de Guy, figura líder de uma comunidade indígena próximo a Manaus.