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    Entrevista
    Entrevista
    POR Camila Yahn

    Marina & Adriano ©Reprodução

    Adriano e Marina. Eles se conhecem há muitos anos, de outros carnavais. Ele mora em São Paulo; ela em Londres. Só recentemente se reencontraram e resolveram ficar juntos, de uma vez por todas.

    O tal reencontro se deu em novembro do ano passado. Marina veio ao Brasil para o casamento de um amigo em comum, o músico Daniel Hunt, do Ladytron, com uma menina brasileira. A festa aconteceu em Búzios. Adriano não conseguiu ir… Mas ela aproveitou para passar por São Paulo. E deste reencontro surgiram faíscas, ainda sem muito rumo ou compromisso. Até que Marina se vai de novo. Mas já não tinha jeito. Eles sabiam que não poderiam mais fugir. Até que, em janeiro deste ano, Adriano recebe um ultimato por telefone: “Está muito frio aqui em Londres. Se eu for praí a gente pode fazer um disco?”. E então nasce o filho, de parto natural e tranquilo: Madrid.

    Brincadeiras à parte, o Madrid, de Adriano Cintra e Marina Vello, é uma das bandas mais instigantes e maduras do cenário independente. O primeiro álbum, que leva o nome da banda, traz faixas lindas, como “Sad Song”, “Siblings” e “Let Go of Me”. Marina tem um vozeirão, capaz de arrancar calafrios. Mazzy Star e Siouxsie Sioux em uma pessoa só. E Adriano, no vocal ou no piano, é sensibilidade pura.

    Madrid – Sad Song:

    Ambos vêm de projetos bem sucedidos fora do Brasil, Cansei de ser Sexy e Bonde do Rolê. E agora se preparam para sua primeira turnê na Europa. Os reviews nos veículos especializados já começaram. O site da Clash lançou o primeiro vídeo da banda para a música “Sad Song”. Dirigido por Dácio Pinheiro em preto e branco, “a faixa em si tem uma grandiosidade arrebatadora, sustentada por acordes tilintantes de piano e vocais melancólicos”, diz a matéria.

    Adriano conversou com o FFW de sua produtora, a Coletiva, que faz trilhas publicitárias e agora virou selo, por onde eles lançaram o álbum de estreia.

    Como rolou a história com o Madrid?

    Eu conhecia a Marina há muito tempo, mas a gente nunca havia feito música juntos. Até que eu fui morar perto da casa dela, em Londres. A gente cozinhava, passeava, mas nada de fazer música. Até que ela veio pra SP e a gente começou a compor, fazer uns arranjos sem compromisso e nunca mais paramos.

    O som que vocês fazem é bem diferente do das bandas antigas.

    Não queria ter uma banda-projeto, dessas que a gente sobe no palco e aperta “play”. Queríamos instrumentos de verdade, eu no piano e a Marina no violão e no vocal. Mas decidimos incluir outros músicos que tocam bastante com a gente: o Rodrigo, que trabalhava na (gravadora) Trama e que mixou o primeiro e o terceiro álbum do Cansei. E o Phil, guitarrista que tocava com os Borderlinerz, mas que tem formação musical em Los Angeles e é um músico de jazz.

    E como será a primeira turnê do Madrid fora do Brasil?

    Apesar de tocarmos os quatro ao vivo, só a Marina e eu iremos para a Europa. Estamos ganhando quase nada para fazer os shows… Vamos para mostrar a cara mesmo. Começamos dia 4.10 no clube Silencio, em Paris (do diretor David Lynch) e passamos por Londres, Zurique, Berlim e Roma, nesta noite abrindo um show do Echo and the Bunnymen. Estou tremendo já por causa dessa noite (risos).

    Como é a dinâmica do show?

    É um show para ver sentado. Os lugares onde tocaremos são pequenos, para cerca de 80 pessoas. Show que começa cedo, sabe? E com um público que realmente aprecia música. Esse tipo de noite é difícil de rolar aqui (no Brasil). Nosso show no SESC foi muito legal, mas normalmente os shows começam às duas da manhã. Tipo, toca Lady Gaga e a gente entra… Não tem nada a ver.

    O primeiro álbum foi lançado pelo seu próprio selo. Vocês querem voltar a ter gravadora?

    As coisas mudaram muito. Lancei o disco pelo meu selo e colocamos no iTunes. Mas para o nosso caso, uma boa PR pode executar o trabalho que a gente precisa. Pra que ter gravadora? Hoje em dia as gravadoras assinam contrato pegando até dinheiro de show. E aqui a gente mesmo acaba marcando todos os shows.

    E que estrutura vocês precisam para tocar fora do Brasil?

    Tenho mais contatos lá fora do que aqui. Estamos com a agência Primary Talent, uma das maiores do Reino Unido, que já trabalhava com o Cansei e com o Bonde (N.R.: e que também agencia Metronomy, Mark Ronson, Oasis, Patti Smith, Santogold e mais um zilhão de nomes). E estamos com uma assessora de imprensa, que também já conhecia a gente. A agência ganha pelos shows que marca e a PR está trabalhando por um preço camarada.

    Estão esperando o sucesso que vocês experimentaram com os outros projetos?

    Não estamos com pressa. Tem gente querendo nos empresariar, mas queremos ir com calma. Na Inglaterra é só você aparecer em um lugar e tem um milhão de pessoas querendo trabalhar com você, advogado, PR, assessora, empresário, agência, etc. Lá fora, é a banda que é famosa, eu não sou. A Lovefoxxx é famosa. Eu não sou. Estamos indo com calma e está dando tudo certo. A Marina é uma menina gênio, ela compõe, produz, arranja, então não sinto que estou fazendo tudo sozinho.

    Na sua experiência, o que não rolou com o Cansei de Ser Sexy (Adriano deixou o CSS no final de 2011)?

    Sempre digo que muita gente junto dá confusão. Ainda mais quando tem muita gente que não faz nada e quer mandar. As meninas têm o mérito, o show é legal, elas se envolvem. Mas todo o resto era eu que fazia. O último disco do Cansei foi inteiro gravado na minha produtora e isso gera custos, leva tempo. E aí na hora de pagar não quer pagar. Estou com 40 anos e não vou ficar ouvindo besteira de quem não sabe o quanto custa fazer um disco.

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