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    Björk
    Björk
    POR Camila Yahn

    A cantora Björk por Inez van Lamsweerde e Vinoodh Matadin ©Reprodução

    A cantora islandesa Björk era uma das atrações principais do festival Sónar, que aconteceu esta sexta e sábado (11 e 12.05) em São Paulo. Após a descoberta de um nódulo nas cordas vocais, porém, a cantora viu-se obrigada, por rígidas orientações médicas, a cancelar alguns shows pela América Latina, entre eles os de Buenos Aires e São Paulo, onde a cantora iria apresentar o seu novo projeto “Biophilia”, cuja complexidade de melodias e ondas sonoras relacionadas com a natureza e ciência o tornaram trilha sonora do naturalista britânico Sir David Attenborough, que usa a sua música como pano de fundo de vídeos da natureza, e de grupos de aprendizes de música que se inspiram nos arranjos de “Biophilia” para estudar o verdadeiro som de diversos instrumentos.

    Bjork – Sacrifice [Death Grips Remix]:

    Recentemente, o jornal inglês “The Guardian” fez uma lista de inspirações da cantora que inspira milhares. Não é nenhuma surpresa a variedade e particularidade de algumas delas, que vão desde grupos de rap experimentais a cantoras paquistanesas e água de coco.

    Death Grips

    “A minha amiga Leila Arab me apresentou para eles. Adoro as suas músicas especialmente “Full Moon” e “Guillotine”. Um rap intenso, letras e batidas exuberantes. É muito bom. Eles se destacam porque são muito locais e ao mesmo tempo muito globais, uma mistura fresca de um negro inglês, uma baterista californiana, punk e hip-hop. Normalmente não ouço rap experimental, mas vou descobrindo que existem pérolas, como em qualquer outro gênero musical”.

    Amália Rodrigues

    “Ouço-a há muitos anos anos, mas recentemente vi um documentário sobre ela – tanta emoção crua! E livre de muitas complicações que a música por vezes tem. A música dela é sempre muito direta, simples e forte, sem enrolações. Ela vai direto ao coração. A sua colaboração íntima com poetas portugueses é admirável. E é bom saber que foi ela quem ajudou em grande parte a definir o estilo musical fado. Descobri o fado acho que há uns 15 anos. Tem a mesma crueza que o flamenco, mas é menos flamboyant, mais austero e forte de alguma forma”.

    Ilha da Páscoa

    “Estive lá agora porque fizemos alguns shows na América do Sul. As pessoas lá são muito patriotas e muito… polinésias, encantadoras e diretas. É maravilhoso para caminhadas e eu me relacionei muito com o tamanho da ilha e o seu aspecto remoto. É como a Islândia, mas mais extremo – quando o lugar onde você vive é como a sua silhueta, uma extensão do que você está vestindo. E o mito sobre o homem que nadava até às ilhas menores para trazer um ovo de andorinha na cabeça, não é mito, é verdade! E essas mesmas andorinhas voam até à Islândia durante o nosso verão. As mesmas!”.

    Clima de floresta tropical

    “Preciso, preciso, preciso! E descobri que é muito bom para a minha voz também. 70% de umidade é o ideal para as cordas vocais. Não é muito diferente daquilo com que cresci – a Islândia é muito úmida, mas não é quente. Estive escalando na Costa Rica há algumas semanas e estava chorando por dentro. Não queria mais sair”.

    Current Value

    “Um criador de batidas com muita energia. Direto! Recomendarem-me e eu adorei. Cada barulho que ele produz tem muita energia”.

    Ernesto Neto

    Obra do brasileiro Ernesto Neto, “Navedenga” (1998), em exposição no MoMA de Nova York ©Reprodução

    “Ele teve uma grande exposição em Buenos Aires, onde estive agora. Gosto muito da forma como ele junta modernidade com coisas mais étnicas e naturais. Tão raro! E tem uma estética de celebração que parece, infelizmente, ser quase ilegal no mundo das artes. Não tenho certeza do que falta [às artes] mas tem alguma parte desse mundo que é um pouco seco…”

    The Hearing Trumpet”, de Leonora Carrington

    Auto-retrato de Leonora Carrington, “The Inn of the Dawn Horse”, em exposição no Met em Nova York ©Reprodução

    “Este livro é tão inspirador! Os ingleses deveriam se orgulhar dela. O livro parece destinado a se transformar em um filme, fluído e com muita imaginação. Adoro a sua liberdade, o seu humor e como ele inventa as suas próprias regras”.

    The Hourglass Sanatorium

    “É um filme baseado em um livro do Bruno Schulz. Acho que a palavra “surreal” tem sido usada levianamente como uma palavra bonita para definir “estranho”, mas este filme é totalmente surreal para mim. Você entra no sonho e vê a conexão entre ele e a vida emocional… Poucas vezes vi isso tão bem documentado em um filme. É um estado de espírito e eu reconheço o sentimento de admiração”.

    Abida Parveen

    “Ela é uma cantora paquistanesa com uma voz incrível. É interessante ouvir aqueles poemas cantados por uma mulher. A energia feminina é diferente de alguma forma. Não melhor, só diferente, com mais emoção, pura e mais aberta de alguma forma. Mais receptiva também. É difícil descrever… e eu sou muito vaga descrevendo som!”.

    Dirty Projectors

    “O seu novo álbum vai sair agora e eu estou ansiosa! Eles são verdadeiramente talentosos, uma das bandas mais interessantes que chegou do outro lado do Atlântico [Estados Unidos]. David [Longstreth] tem uma capacidade quase psíquica de escrever para outras vozes – as suas linhas melódicas mudam de acordo com a pessoa para quem ele as escreve. E ele mesmo é um grande cantor. Me sinto muito sortuda de ter sido como uma mosquinha, acompanhando de perto o seu crescimento, porque eles são muito bons, e sinto que o melhor deles está ainda por vir. O David escreveu para mim para a peça Mount Wittenberg e foi a segunda vez que experimentei algo do tipo [a primeira vez foi com o compositor britânico John Tavener]. Me sinto muito honrada de ser um instrumento deles, uma extensão.  Ainda não mostramos o trabalho ao vivo, mas acredito que será em breve”.

    Água de Coco

    “Adoro! É a coisa mais alcalina que se pode encontrar e eu uso para tudo. Sabia que pode passar por uma transfusão de sangue só com água de coco? Em termos nutricionais, é a única coisa com a qual você pode sobreviver sem precisar de mais nada! É bom saber para se alguma vez ficar preso em uma ilha deserta”.

    Caminhadas

    “Adoro caminhar, na Islândia principalmente porque tem um monte de trilhas incríveis. Também amei fazer caminhadas em Idaho, nos Estados Unidos, e em Yakushima, a ilha da floresta tropical que serviu de casa à Princesa Mononoke. É mágico. Tem algo no ritmo de caminhar que passado mais ou menos uma hora e meia, o corpo e a mente entram em sintonia. Escrevi a maior parte das minhas músicas caminhando e acho definitivamente que é uma das melhores maneiras de pegar tudo o que está acontecendo, costurar tudo junto e ver a sua vida como um todo. E caminhadas em cidades não são a mesma coisa, tem que ser em um ambiente rural”.

    Alejandro Jodorowsky

    O psicomago chileno Alejandro Jodorowsky ©Reprodução

    “Tenho visto algumas entrevistas dele sobre psicomagia e o seu episódio sobre tarot. É excelente. Gosto da forma como ele é apaixonado e muito pé-no-chão com estes assuntos que muitas vezes são tratados com uma transcendentalidade bizarra. Acima de tudo, gosto muito da visão sul americana de modernidade e natureza.”

    Rios e Portos nas cidades

    “Como já devem ter notado, tenho uma relação complicada com cidades. A maior parte das minhas turnês, que já faço há dois terços da minha vida, são em cidades. O que sempre me salva são os passeios que faço em portos, junto à água. Ou em algumas cidades loucas como Hong Kong em que vou para o topo dos arranha-céus e fico perto do céu. Desde que me mudei para Nova York, há 12 anos, a minha família tem-me ajudado a resolver este problema. Começamos por ter um barco bem velhinho, depois um enorme onde planejávamos viver durante um tempo e agora temos um meio-termo, perfeito. Quando a matriz de concreto fica desesperadora, podemos acelerar pelos canais e fugir um pouco.”

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