Jamie Woon é um prato cheio para a imprensa musical: o londrino de 27 anos, que já fez backing vocals para Amy Winehouse e Björk, agora busca um próprio som, uma mistura de dubstep _a sonoridade de 2011_ com soul. Culpa de sua voz macia e poderosa, capaz de encher um estádio, mas que Woon prefere conter. Ao invés de maneirismos e exageros, ele investe em faixas minimalistas como “Night Air”, com produção eletrônica sutil — pense num encontro do The XX com Stevie Wonder.
Em “Spirits”, a melodia é construída com pedaços da sua voz remixados ao vivo com pedais e loops. Técnica parecida é usada em “Wayfaring Stranger”, onde os coros ganham ares gospel. Ao lado de outros artistas como James Blake, (outro expoente do pop-dubstep), Woon evita os sons que dominam as rádios; ou seja, a dobradinha sintetizadores tipo anos 1980 + autotune.
Se em suas versões originais as canções são silenciosas demais para pistas de dança, remixadas têm potencial para invadir clubes europeus e pelo mundo. Não à toa, Woon ganhou fãs como Burial, o lendário produtor musical, e Zane Lowe, da rádio inglesa BBC 1.
“Mirrorwriting”, seu primeiro disco de estúdio, tem lançamento previsto para 4 de abril. As expectativas não poderiam ser melhores.
Assista:
Myspace: myspace.com/jamiewoon
Site oficial:jamiewoon.com