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    ‘Não quero ser lembrado pela moda’, desabafa Patrick Wolf
    ‘Não quero ser lembrado pela moda’, desabafa Patrick Wolf
    POR Redação

    Picture 3© Juliana Knobel

    Patrick Wolf virou sua carreira na contramão: cometeu suicídio comercial, desligou-se da gravadora que fazia parte e lançou The Bachelor” – um álbum conceitual – pelo seu próprio selo indie. Agora, o britânico dá continuidade ao primeiro  álbum com “The Conqueror”, que deve ser lançado ainda em 2010.

    Precoce, compôs seu primeiro disco aos 16 anos. Abandonou o colégio e a casa dos pais, e aos 19 lançou “Licanthropy”, que misturava sua formação em música clássica no violino com música eletrônica experimental. “Trabalhava em cafés, lanchonetes ou como costureiro, ganhando £ 10 por semana para poder sobreviver”, conta. O recorte experimental do álbum emergiu do underground e caiu nas graças de jornais como “Telegraph” e “The Guardian”.

    Mais tarde, foi fisgado pela mega gravadora Universal, que embalou, plastificou e vendeu sua sensibilidade pop no disco “The Magic Position”, com videoclipes super produzidos, uma turnê mundial e, no caminho, uma campanha para a Burberry fotografada por Mario Testino e editoriais de moda para “Nylon” e “Vogue UK”.

    Patrick falou sobre a nova fase de carreira, sua infância e as mudanças na indústria fonográfica – tudo em bate-papo exclusivo com o portal FFW.

    Picture 12© Juliana Knobel

    INSPIRAÇÃO
    “Muito da minha música é uma justaposição entre homem e máquina. Atualmente, a minha maior fonte de inspiração é o amor e o relacionamento com o meu namorado. Mas já me inspirei em muitas coisas diferentes. Meu segundo disco é sobre estar sozinho. Já esse último disco é sobre estar sozinho, só que com você mesmo”.

    REVOLUÇÃO
    “Como compositor você escreve influenciado pela política, mas depois que o disco é lançado, sua música fica aberta a interpretações. Nas minhas letras não estou me rebelando sobre algo específico, prefiro deixar isso aberto a interpretação das pessoas”.

    MODA
    “As pessoas falam muito disso, mas a maneira como me visto não me chama atenção. Não entendo porque as pessoas se interessam por isso. É como me visto o tempo todo! E não gostaria de ser lembrado pelo jeito como me visto, a maquiagem que uso, a cor do meu cabelo, os macacões ou sapatos brilhantes. Essas coisas são apenas divertidas. Não é assim que me comunico. Quero ser lembrado pelos meus discos, minha música”.

    GRAVADORA vs. INDEPENDÊNCIA ARTÍSTICA
    “Meu primeiro disco foi independente, meu segundo foi independente, só fiz um através de uma grande gravadora. Eu gostei, mas é um mundo muito diferente. Você tem uma infraestrutura enorme. [Quando é] independente, a quantidade de trabalho é a mesma, mas de um jeito diferente – não sei dizer se gosto mais de um ou de outro. Gosto da maneira como a indústria mainstream funciona para um artista. Ainda quero experimentar coisas novas. Acho que se eu fizer as cirurgias plásticas corretas, vou conseguir viver bem pelo menos mais uns oitenta anos! [risos]”

    Picture 6 © Juliana Knobel

    MP3 E DOWNLOAD ILEGAL
    “É uma questão que afeta não apenas a indústria da música mas também a do cinema, da literatura, e várias outras. A tecnologia cresceu mais rápido do que a indústria foi capaz de se adaptar. A sensação é que a tecnologia está dominando o mundo. Por um lado é interessante, por outro… Nunca uma evolução – seja do vinil, CDs, K7s– mudou tanto a maneira como os artistas devem levar as suas vidas ou as gravadoras repensam sua infraestrutura. Por ser digital, o formato se alastra muito rápido. Muitos artistas e empresários não sabem como sobreviver. Quero ajudar a manter as pessoas conscientes sobre isso, mesmo sem termos respostas. É bom que falemos disso. Mas ninguém tem respostas”.

    DINHEIRO
    “Não deixo as finanças me frustrarem. Cheguei a viver com £ 20 por semana. Costurava botões e jaquetas para sobreviver. Hoje eu não ganho menos do que £ 3 mil pra discotecar, mas sei que as coisas são diferentes quando você é independente. Não posso filmar o meu show pois não tenho como pagar a produção. É difícil, nem sempre você fica feliz. Mas qualquer artista, independente do orçamento, ficará frustrado por não conseguir alguma coisa. Enquanto tiver liberdade para exercitar a minha criatividad, serei feliz – com £ 10 ou £ 10 milhões na conta”.

    LEMBRANÇAS MUSICAIS
    “Uau, são quase 27 anos de música! Quando era criança eu ouvia a música dos meus pais. Joni Mitchell, Jazz, Miles Davis. Mais jovem, eu e a minha irmã éramos obcecados por Aphex Twin. A música clássica também sempre fez parte da minha vida, claro. Gosto de Madonna e música pop, ela gosta de se divertir, sabe entreter. Ela fala sobre felicidade e frivolidade [risos]”.

    BRASIL
    “Eu amo o Brasil. Só estive em São Paulo, mas os brasileiros e sua música tem um senso de ritmo que não consigo ver em nenhum outro lugar. Os bateristas são ótimos e tento incorporar isso na minha música”.

    Site oficial: patrickwolf.com

    Twitter: twitter.com/pw_offical

    Myspace: myspace.com/officialpatrickwolf

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