Já ouviram Blood Orange? Pois a dica chegou aqui através do nosso diretor, Augusto Mariotti, que tem um faro fino para música.
A primeira música que escutamos aqui na redação, “Dinner”, já ganhou o interesse. Batida anos 80, vocal suave, um “soft-soul” melódico e pop, que poderia encerrar qualquer um dos filmes cool de adolescentes da década. E o clipe também segue essa pegada. Filmado em preto e branco, passa por referências da cultura black dos anos 80 em Nova York, como o basquete e o grafite. Até mesmo as fotos parecem tiradas de livros da época. Assista – e ouça – abaixo:
“Dinner”
Quem está por trás do Blood Orange é o músico Devonté Hynes, que também já participou de outros projetos legais, como Test Icicles e Lightspeed Champion. Ele também escreve para outros artistas e bandas, como Florence and the Machine, mas é o Blood Orange que tem tomado a maior parte de seu tempo.
Do álbum “Coastal Grooves”, que tem lançamento previsto para essa semana pela Domino Records, é difícil apontar uma música ruim. Além de “Dinner”, outro single que também foi bastante falado é “Sutphin Boulevard”, cujo clipe foi inspirado do documentário “Paris is Burning”, que mostra as cenas da cultura de baile em Nova York no final dos anos 80. A suavidade e inocência da música lembra um pouco o projeto Presence, dos anos 90, que fez músicas lindas, como “Sense of Danger”, com vocal de Shara Nelson (Massive Attack). É tão cool quanto, apesar das propostas diferentes.
“Sutphin Boulevard”
Vale a pena ouvir. A gente encontra sonoridades dos 80 e dos 90 em sua música, o que, obviamente, não diminui a personalidade de Devonté, que se mostra um artista criativo e com um ótimo gosto musical. Além disso, é despretencioso e gostoso para ouvir a qualquer hora.