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    Qual é a música?
    Qual é a música?
    POR Camila Yahn

    Max Blum em conversa com o FFW ©Juliana Knobel/FFW

    Uma boa trilha é fundamental para o sucesso completo de um desfile. A música envolve, inebria e ajuda-nos a ver a coleção que o estilista apresenta com outro olhar. Lembra de quando falamos da trilha sonora incrivelmente marcante  do desfile de Rick Owens? O desfile talvez não tivesse sido tão impactante sem ela.

    Nesta 33ª edição do SPFW quase metade das trilhas são de Max Blum. DJ, parceiro na banda MixHell do ex- Sepultura Igor Cavalera, Blum trabalha com publicidade e cinema nas horas vagas e faz trilhas de desfiles há oito anos.

    Em uma conversa com o FFW, ele explica o processo de criação de uma trilha sonora para um desfile de moda.

    Como começa o processo de criação de uma trilha?

    Varia de estilista para estilista. Em geral eu tenho uma reunião que pode ser pessoal, por telefone ou por e-mail, depende da intimidade, e do tanto que eu já trabalhei com ele. É uma reunião para entender a coleção para eu depois sugerir algumas ideias. Muitas vezes eu sugiro já uma trilha inteira montada – quando são essas trilhas mais elaboradas – que não são músicas isoladas, são uma criação. Porque não vou enviar umas 15 músicas quando acabo usando só um pouquinho de cada, tudo separado.

    Você manda várias opções de trilha ou só uma?

    Quando mando a trilha inteira, mando uma só porque já tenho mais certeza. Quando é uma coisa que está mais em aberto, acabo mandando as músicas em separado. E depende do estilista. Às vezes ele já sabe o que quer, outras vezes não tem ideia. E acaba acontecendo também que, as ideias que inspiram o desfile não funcionam muito para a trilha.

    O que funciona?

    Tem que ter uma surpresa: pode ser uma novidade, uma coisa antiga e conhecida lembrada na hora certa, ou uma coisa desconhecida até. Tem que ter essa surpresa e tem que ser extremamente pertinente ao assunto geral do desfile e não a cada cor ou look. E não pode roubar a atenção da roupa, ela tem sempre que dar a impressão de que é complementar. Também não pode ser muito barulhenta nem pode trocar de música sempre, porque muda o ambiente. O ideal é que a trilha te envolva, mas que você nem perceba direito quando ela muda. É igual a trilha de filme, você nem repara que está lá, mas faz toda a diferença.

    O que acha dos desfiles com música ao vivo?

    Eu não tenho nada contra. O que eu acho é que se uma trilha tem que ser pertinente, uma banda tem que ser mais ainda. A forma como eu trabalho sempre coloca a roupa no centro das atenções. Quando você coloca uma banda tocando, a chance da banda roubar a atenção das roupas é maior. Se eu fizesse um desfile – eu não sei fazer, atenção! – eu colocaria a banda meio à parte, nunca na boca de cena. Cansei de ver desfiles que todo o mundo amou e depois você só vê as pessoas falando de quem tocou. Apesar de eu trabalhar com música, quando eu crio uma trilha, ela não é o principal item daquele momento.

    A trilha influencia as modelos?

    Não, a trilha é para criar uma história. Há uns anos tinha aquela coisa da batida que marcava o andar da modelo. Depois todo o mundo quis diferenciar as trilhas e fazer coisas com menos batida ou com uma batida diferente e eu acho que as modelos entenderam isso e se acostumaram. Estava conversando com a Alicia [Kuzman – modelo] e ela me falou uma coisa super interessante. Ela falou que para ela, quando tem um clima forte na sala, dá no mesmo se tem uma batida forte ou fraca por trás. Ela precisa se sentir envolvida. Se o desfile envolveu, o público está olhando para uma coisa maior do que uma pessoa entrando em uma passarela. Estão olhando para um momento mágico, e se você contribuiu para esse momento, a modelo se sente bem mais à vontade.

    + Max fez (ou vai fazer) as trilhas sonoras dos seguintes desfiles: Alexandre Herchcovich (feminino e masculino), Tufi Duek, Triton, Paula Raia, Forum, João Pimenta, Colcci, Reinaldo Lourenço, Vitorino Campos e Fernanda Yamamoto.

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