Tudo o que você precisa saber sobre a Renaissance World Tour de beyoncé
O ícone pop estreou suas músicas do disco Renaissance na capital sueca e desfilou uma serie de looks que confirmam sua paixão por moda
Tudo o que você precisa saber sobre a Renaissance World Tour de beyoncé
O ícone pop estreou suas músicas do disco Renaissance na capital sueca e desfilou uma serie de looks que confirmam sua paixão por moda
Por Felipe Vasconcelos
Na noite desta quarta-feira (10/05), Beyoncé deu início à sua primeira turnê em quatro anos e meio, na Friends Arena de Estocolmo, trazendo o disco Renaissance ao palco pela primeira vez num espetáculo audiovisual de quase três horas.
Ela estreou ao vivo com “Break My Soul”, “Virgo’s Groove”, “Cuff It” e outras faixas do álbum que tem uma série de referências sonoras da música disco, do house, do pop e do R&B. Além disso, o álbum também referencia a cultura ballroom e a comunidade LGBTQIA+, especialmente seu tio Jonny, um homem negro, gay e vítima de complicações causadas pelo HIV.
O renascimento
O conceito da turnê passeia por referências históricas globais, do Renascimento europeu ao Renascimento do Harlem – um movimento cultural datado da década de 1920, onde o foco era a participação e valorização da cultura negra, assim como a sua arte e religião.
O novo show é um presente para seus fãs, principalmente aqueles que amam moda e acompanhar os looks da cantora. Beyoncé escolheu vestir marcas e designers que ela admira e já costuma vestir tanto em seus videos, aparições públicas, quanto no seu dia dia.
A moda no palco
Pela primeira vez looks da sua coleção de alta costura em parceria com a Balmain e o diretor criativo Olivier Rousteing foram vistos no corpo da própria Beyoncé tanto no palco, como no tourbook e nos interludes no telão do show.
Marcas e designers próximos a comunidade LGBTQIA+ são mencionados tanto nas faixas do álbum e marcam presença nas roupas usadas pela artista e seus dançarinos durante o show. Uma delas é a Mugler, que desde sua fundação insere pessoas queer nos seus castings como Roberta Close, Dominique Jackson e Connie Fleming.
A Mugler, comandada atualmente por Casey Cadwallader, assina o figurino onde a imagem da “Queen Bey” ou abelha rainha, como Beyoncé é conhecida pela sua comunidade de fãs, é referenciada. O conjunto é exclusivo e uma releitura de um design do desfile de alta costura de Thierry Mugler do verão 1997.
O passado…
O momento em que a diva pop surge dentro de uma concha evoca imediatamente o quadro “O nascimento de Vênus” de Botticelli, uma das obras mais célebres do período. A Vênus deusa da beleza é encarnada por Beyoncé à bordo de um macacão cintilante da Loewe baseado em uma peça da coleção de inverno 2022.
…e o futuro
O futuro também é abordado na Renaissance World Tour, principalmente pelas roupas. Uma peça da Anrealage (você já tinha visto isso aqui no FFW), marca japonesa que desenvolve roupas com tecnologia fotocrômica há quase dez anos, foi apresentada no primeiro show da turnê. A peça inicialmente branca quando exposta a raios UV muda de cor em frente aos olhos do público.
A releitura retrofuturista fica explícita em um conjunto com circulo metalizado Courrèges, adaptado da coleção de inverno 23, que Beyoncé veste para performar ao lado de dois braços robóticos que movimentam molduras que se mexem de acordo com a coreografia. Impossível não se lembrar do desfile No. 13, do Inverno 1999 de Alexander McQueen. Mais uma reverência de Bey à moda e seus grandes criadores.
A lembrança ao trabalho provocador e vanguardista de McQueen não para por aí. Um de seus looks “android couture” do de inverno 1999 para a Givenchy está no tourbook vendido antes do show. A peça estampada por circuitos cibernéticos iluminados mostra o corpo do futuro, no tempo onde os avanços tecnológicos parecem inevitáveis e os andróides já são uma realidade.
Como prelúdio também desse futuro hedonista e aura contagiante, a Renaissance World Tour encerra com a faixa “Summer Renaissance” com Beyoncé de capa e vestido prateados Coperni voando sobre a platéia em um cavalo prateado, a imagem da era Renaissance – que remete ao icônico momento onde em 1974, Bianca Jagger chega ao Studio 54 em um cavalo branco para sua festa de 30 anos, dada pelo estilista Halston. Ao que tudo indica ainda boas surpresas serão reveladas ao longo dessa turnê, que promete ser uma das mais grandiosas e rentáveis da cantora.