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    Jil Sander
    Jil Sander
    POR Camila Yahn

    Jil Sander, em junho, ao final do desfile masculino Verão 2013, que marcou seu retorno à marca ©Reprodução

    Um dos hot tickets desta temporada de Milão é o desfile da Jil Sander, que acontece no sábado (22.09) e marca o retorno de sua fundadora alemã, a Jil Sander em si, à direção criativa da marca (enquanto Raf Simmons, ex-estilista da grife, ficou com a Dior).

    Apesar de ter criado a grife em 1968, a estilista tem uma história turbulenta, cheia de idas e vindas dentro da própria marca. Nos anos 90, Sander, Prada e Helmut Lang causaram uma revolução na moda, que ainda vinha do exagero da década de 80. Esse grupo trabalhava com uma estética minimalista, urbana e utilitária, focada em tecidos caros e novos, cortes impecáveis, shapes limpos e poucas cores. Construiu-se um império minimalista que resultou em um período extremamente marcante na história da moda contemporânea. Na época, Jil era conhecida como The Queen of Less (a Rainha do Menos).

    Porém, no auge do sucesso, em 1999, o Grupo Prada compra 75% da Jil Sander com o combinado de que a estilista continuaria na direção criativa. Apenas seis meses depois, ela deixa o cargo após brigas com Patrizio Bertelli, CEO do grupo (e marido de Miuccia). Seu time sai junto em apoio a designer. A marca então contrata Milan Vukmirovic, ex-Gucci, que ficou de 2001 a 2003 e em nada contribuiu para a história da marca.

    Campanhas da Jil Sander de 1996 com a modelo Guinevere van Seenus fotografada por Craig McDean ©Reprodução

    Em uma sinalização de trégua, Bertelli traz Jil de volta ao comando com um contrato de seis anos, mas que durou apenas duas coleções. Ela alegou diferenças irreconciliáveis com o CEO, que apenas respondeu: “Uma marca tão forte como aJil Sander não precisa depender do nome de uma designer para viver”. Em 2005, Jil deixa de vez a marca que fundou.

    Entra em cena Raf Simons, estilista brilhante e sensível que manteve a identidade da marca e também a sua projeção no cenário de moda. Raf conquistou não só o gosto, mas também o coração do público e da mídia especializada. Em 2006 o Grupo Prada vende a grife para uma empresa de fundo privado, a CCP (Change Capital Partners), por estimados 76 milhões de libras.

    A reviravolta ocorreu em 2009, quando ela abriu sua empresa de consultoria e anunciou seu primeiro cliente: a Uniqlo, com quem fechou um contrato para a criação da +J Line, com cerca de 40 peças para homens e 100 para mulheres. “Foi um processo de aprendizado muito intenso”, ela disse ao “The New York Times”. A parceria terminou em 2011, amigavelmente, segundo a imprensa.

    Isabeli Fontana fotografada por David Sims na campanha da linha + J para a Uniqlo ©Reprodução

    Neste ano, o mundo da moda foi pego de surpresa com o anúncio de que Raf Simons deixaria a empresa para que sua antiga dona voltasse à ativa. Muitos que já estavam acostumados e encantados por Raf engoliram a seco essa novidade, tratando ele como vítima e ela como algoz. Com Raf na Dior, os ânimos se acalmaram e a moda parece pronta para receber Jil de volta.

    Aos 68 anos, ela agora está na mira de todos os olhos fashion. E pelas declarações que têm dado à imprensa, percebe-se que sua essência vai, mais uma vez, pontuar o seu trabalho. “O mais importante para mim é a importância da qualidade e o respeito à herança da marca. Se você não conhece a sua história, não tem futuro. Quero fazer peças essenciais, roupas que você facilmente entende qual o seu valor e por que pagou mais por ela”.

    Em uma carta oficial falando de seu retorno, Jil diz: “O mundo da moda precisa de vozes originais e de uma estética autêntica. E vou fazer o meu melhor, para mais uma vez, me juntar ao coral”. The Queen of Less is back.

    + Saiba mais sobre Raf Simons, ex-estilista da Jil Sander e atual diretor criativo da Dior

    + Leia mais sobre o retorno de Jil Sander

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