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    Papo com modelo
    Papo com modelo
    POR Redação

    Magda Laguinge na Marina da Glória, durante a edição de Verão 2013/14 do Fashion Rio ©Felipe Abe/FFW

    No backstage de Andrea Marques, desfile que abriu o terceiro dia da edição de Primavera/Verão 2013/14 do Fashion Rio, o FFW conversou com Madga Laguinge, modelo que já estrelou campanhas de Marc Jacobs, Louis Vuitton e Etro. Natural de Córdoba, na Argentina, ela é hoje considerada pelo Models.com a 17ª new face mais requisitada do mercado e vive em Nova York, mas adora desfilar no Brasil, em especial ao Rio de Janeiro, onde disse recarregar as energias só de olhar o mar.

    Além de comentar sobre sua carreira, que, apesar de ter somente dois anos, já pode ser considerada mais do que promissora, Magda falou sobre a situação e sobre o potencial criativo da Argentina, de como foi “descoberta” e da profissão que queria seguir caso não tivesse se tornado modelo. Leia abaixo a entrevista na íntegra:

    Como você se tornou modelo?

    Na primeira vez que me viram, foi em uma praia de Mar Del Plata, eu tinha 13 anos, mas era muito nova e não queria ser modelo. Depois, quando tinha 17 anos, voltaram a me encontrar, e aí muitas pessoas me diziam que eu tinha que ser modelo e aí decidi que podia fazer. Fui a Buenos Aires, porque sou de Córdoba, e lá assinei com minha agência-mãe, que se chama Look 1, mas nesse momento se chamava Hype, e trabalhei na Argentina por três meses. Terminei o colégio porque estava no último ano e, em janeiro, viajei para Nova York com a Next Models, minha agência para todo o mundo.

    Magda Laguinge nas campanhas de Outono/Inverno 2012 da Etro e Primavera/Verão 2012 da Topshop ©Reprodução

    De Nova York não voltei mais. Comecei a viajar pela Europa. No início, passei mais tempo na Europa, depois em Nova York, onde vivo há mais ou menos oito meses. Na realidade, vivo em aviões. Em dezembro do ano passado, em 20 dias, fui a nove países. Tenho um ritmo de vida muito agitado e por isso que me encanta vir ao Brasil. Amo vir aqui, nem considero como trabalho.

    Nas primeiras vezes, você viajou acompanhada dos seus pais ou sozinha?

    Sempre sozinha, já tinha 18 anos quando viajei [para trabalhar como modelo]. Meus pais são ótimos e temos uma relação muito próxima, somos muito unidos, então sempre confiaram muito em mim e eu sempre fui transparente.

    Toda a minha família vive em Córdoba e, às vezes, como eu não posso ir muito à Argentina, aliás, tenho vindo mais ao Brasil que à Argentina, meus pais vão me encontrar onde eu estou. Já vieram ao Rio de Janeiro uma vez, como também já foram me ver em Paris e em Nova York.

    Magda Laguinge nas capas das revistas “Oyster” e “i-D”, ambas de Primavera 2013 ©Reprodução

    Não há muitas modelos argentinas conhecidas internacionalmente; você sente que sua carreira é um estímulo para outras meninas do seu país?

    Não me considero como uma “it” nada, ou algo do tipo, mas houve algumas argentinas que já foram bem na carreira de modelo, agora, não sei o porquê, está meio parado e há poucas modelos argentinas vivendo e trabalhando fora. Creio que é de época, mas não sei dizer porque estou quase todo o tempo entre Nova York, Milão e Paris, então não tenho muito contato e nem sei bem o que se passa na Argentina. E bem, ser a primeira modelo argentina que fez alguns trabalhos, como Louis Vuitton e Marc Jacobs, é um luxo, mas antes já houveram outras meninas que fizeram coisas incríveis.

    Como você sente o mercado de moda argentino? Por que você acha que a semana de moda de Buenos Aires, assim como as marcas do país, não têm muita expressão internacional?

    Capaz que é porque é um país que está em crise e isso afeta em muitas áreas, sobretudo nas de criação. Inclusive a política que se tem agora meio que proíbe toda a influência exterior, a Argentina está se fechando muito, o que é uma pena pois é um país que tem muitas possibilidades e gente criativa. Acho que faltam incentivos por parte do governo…

    Magda Laguinge nos desfiles de Verão 2013/14 da Espaço Fashion, Maria Filó e 2nd Floor ©Ag. Fotosite

    E o que você acha do Brasil?

    Foi depois de ir pela primeira vez a Nova York e a Europa. Estou muito contente, sempre fui bem aqui e adoro as pessoas, como disse antes, nem parece trabalho. Claro que estou cansada, estou fazendo um monte de desfiles, mas é só ver o mar e a areia que fico feliz. Pouco antes estava lá fora do backstage sentada ao sol, aliás.

    O que você mais gosta da moda brasileira?

    [As pessoas] são muito profissionais, concisos e trabalham rápido, mas, sobretudo, são simpáticos e relaxados. Depois, quanto à moda e às tendencias, sempre me impressiona no Brasil ver a cabeça aberta, as inspirações, as texturas e como não se tem medo de usar cores. E sempre me apaixono pelos sapatos brasileiros.

    Em termos de organização, não sinto muita diferença daqui para os Estados Unidos e a Europa.

    Magda Laguinge ao lado de Tatiana Cotliar campanha de Outono/Inverno 2012 da Marc Jacobs ©Juegen Teller/Reprodução

    Dos desfiles e das campanhas que você já fez, quais mais te marcaram?

    Fotografar para Marc Jacobs com o Juergen Teller, que é meu fotógrafo preferido. Foi tudo natural, espontâneo, estávamos todas no Bronx, nos Estados Unidos, ao lado de um rio e simplesmente corríamos com toda a roupa posta e a maquiagem, que era bem louca, podíamos fazer o que queríamos e ele seguia tirando fotografias.

    Magda Laguinge na capa da “Sunday Telegraph” de novembro de 2011 e em editorial da “Vogue” chinesa de agosto de 2012 ©Reprodução

    Há alguma marca com a qual você sonha em trabalhar?

    Sim, Balmain, que eu adoro. Também nunca fotografei para a “Vogue” francesa, o que me encantaria. Outra coisa que tenho como uma fantasia é fazer algo mais comercial, ou ainda, vídeos em locações lindas, em uma praia no verão, por exemplo.

    Com o que você queria trabalhar antes de se tornar modelo?

    Ciências Econômicas. Continuo interessada por isso, mas agora que comecei a trabalhar como modelo e viajar…

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