O designer John Galliano saindo de um tribunal em 2011 ©Reprodução
John Galliano, que em 2011 foi demitido da Dior e de sua marca homônima, está exigindo uma quantia aproximada de € 6 milhões (aproximadamente R$ 16 milhões) de indenização em um tribunal francês. Na última segunda (04.02), ele foi visto ao sair de um tribunal parisiense no que parece ser a primeira vitória de Galliano vs Christian Dior.
O caso do designer, que recentemente foi convidado para trabalhar com Oscar de la Renta, foi ouvido pelo Tribunal da Justiça do Trabalho por mais de três horas. Sua advogada, Chantal Giraud-van Gaver, festejou o fato do tribunal ter aceito as queixas de Galliano contra a empresa que o demitiu, após 15 anos como diretor criativo e prestador de serviços como consultor em campanhas de publicidade, desfiles e sites. A Dior tem 15 dias para dar a sua resposta. Caso contrário, ou caso se oponha à decisão, terá que recorrer a um tribunal de segunda instância, o que pode resultar em meses, ou até mesmo anos, até encerrar o caso.
“John Galliano não era um mero empregado. A complexidade dos seus variadíssimos contratos com a Dior é alta, em oposição à imagem de um pobre e indefeso empregado pelo qual está tentando passar”, disse ao WWD Jean Néret, advogado da Dior. E de fato, o designer não era apenas um subordinado. De acordo com o site, em 2008, quando renovou o seu contrato com a marca, Galliano ganhava um salário fixo anual de 1 milhão de euros (R$ 2.600 milhões), mais um bônus variável de até 700 mil euros (R$ 1. 800 milhão ) e uma porcentagem do crescimento anual de vendas da marca.
Galliano ainda recebia € 30 mil (R$ 80 mil) de budget em roupa e mais € 60 mil (R$ 161 mil) para cuidar da sua imagem pública. Enquanto diretor artístico da sua marca homônima, ele arrecadava ainda € 2 milhões (R$ 5.300 milhões) de salário fixo anual e um valor estipulado de € 70 mil (R$ 188 mil) em roupa.
Parece que John Galliano está a trabalhar com afinco na sua volta ao mundo da moda, se é que ele alguma vez saiu.