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    Entrevista exclusiva
    Entrevista exclusiva
    POR Augusto Mariotti

    Por Flavia Brunetti, em colaboração para o FFW

    Sara Maino, editora sênior da “Vogue” Itália ©Ricardo Toscani/FFW

    Do time estrelado que está pela primeira vez no SPFW, Sara Maino, talvez, seja um dos nomes mais conhecidos. Encantada com o conceito dos SESCs no estado de São Paulo (“não temos nada parecido na Itália”), ela conta sobre sua incansável busca por novos talentos e não gosta de comentar sua origem fashion (o fato dela ser sobrinha da editrix italiana Franca Sozzani e ter crescido dentro da “Vogue” Itália, ou ser filha de Carla Sozzani, dona da maior loja conceito daquele país, nem foi mencionado no nosso bate-papo). Sara faz questão de traçar carreira solo. À entrevista!

    Você é editora sênior da “Vogue”Itália. Como é seu dia a dia?

    Eu trabalho com uma equipe muito pequena. Sou eu e mais uma pessoa contratada para fazer a moda. 80% é free lance, contratada por job todo mês. Em fevereiro e agosto fazemos o encarte de “shopping”, as melhores peças, melhores compras.

    E fora a revista em si, você é responsável pela Vogue Talents, certo? O que é essa área exatamente?

    Sim. É um encarte que vem com a September issue. Passamos o ano pesquisando para fazer uma que mostre quem são os estilistas, stylists, fotógrafos e artistas promissores, pessoas em cujo trabalho a gente aposta e quer mostrar pro mundo. Mas essa oportunidade de exposição também damos na versão online o ano todo, na seção “Who is On Next”.

    Como acontece a sua pesquisa?

    Fora as semanas de moda eu gosto de ir pessoalmente a showrooms e feiras ver as coleções, tocar, essa é minha paixão. Mas eu estaria mentindo se falasse que consigo fazer isso sempre. Recebo muito portfólio impresso e esses eu vejo todos. Temos um canal online que que eu tento checar uma vez por semana. É muita coisa. E claro que eu faço minhas pesquisas na internet, mas isso pode ser muito frio. Gosto de ver ao vivo.

    Looks de Ronaldo Fraga e Fernanda Yamamoto no SPFW Verão 2013/14 ©Zé Takahashi/Agência Fotosite

    Até agora teve algum estilista brasileiro que chamou sua atenção?

    Ronaldo Fraga pelo regionalismo e Fernanda Yamamoto pelo styling.

    Quais marcas brasileiras você já conhecia antes de vir ao SPFW?

    Cavalera, Ellus, Colcci, Neon e Triton. Pedro Lourenço eu já convidei pra ir à Itália. E Osklen eu acho que é a mais conhecida que vocês têm internacionalmente.

    Qual sua modelo brasileira preferida?

    Essa é uma boa pergunta. Pois vocês têm uma mistura muito interessante. Por exemplo, a Raquel Zimmermann e Aline Weber eu acho lindas. Mas elas não parecem ser brasileiras. Elas poderiam se passar por qualquer outra nacionalidade. A Gisele é diferente, ela tem uma beleza mais brasileira, e se tivesse feito a carreira na década de 90, provavelmente estaria no grupo daquelas modelos como Linda Evangelista, Naomi Campbell, etc. Ela seria forte em qualquer década.

    Que conselho você daria para um estilista que quer começar agora?

    Que defenda sua ideia e ouse até o final. Porque no começo da carreira é quando você pode fazer isso. Mostrar seu trabalho e ousar sem pressão. Depois, se você começa a trabalhar numa grande marca, há obrigações contratuais e motivos que vão podar a sua criatividade.

    E para quem quer ser editor?

    Humildade. Nunca ache que você é melhor que ninguém.

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