Monges também trabalham muito: são 18 horas de atividades para Kyouhaku Correia ©Priscilla Vilariño/FFW
Em sua coleção de Verão 2011, Erika Ikezili se inspirou nas forças da natureza, na sociedade primitiva Brokpa, e como sempre, nas suas raízes orientais. O clima telúrico invadiu a sala de desfile com uma trilha climática de Jackson Araújo, e um personagem curioso na primeira fila: o arcebispo budista Monge Kyouhaku Correia, do Budismo Primordial, “a mais antiga vertente da religião no Brasil, com 102 anos”, explicou Correia ao portal FFW.
Último sonho?
Sonhava que queria ser feliz a qualquer custo. Eu fazia de tudo para ser feliz.
Você sonha acordado?
Sonho. Com a mesma coisa. O resto é coisa pequena.
Você já cometeu uma grande extravagância?
Já! Comprar muitas, muitas roupas para a minha mulher. O suficiente para acabar todo o meu dinheiro.
Palavra favorita?
Devoção.
Como veio parar aqui nesse desfile?
A Erika Ikezili convidou o pessoal do buffet Colonial, que também apoia o Monastério.
E você gosta de moda?
Adoro.
As roupas que você está usando tem algum significado?
Tem! O preto simboliza determinação. É uma cor que não se tinge, que não se altera por nada. O vermelho é a hierarquia do arcebispo.
Qual foi o maior tempo que você passou em silêncio?
É inacreditável: cinco dias.
Quantas horas diárias de atividades no templo?
No total, dezoito horas. Nós só dormimos quatro horas diárias.
Como consegue dormir tão pouco?
São horas bem dormidas. É só passar por cima dos problemas.