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    10 anos sem Alexander McQueen: relembre seus desfiles mais históricos

    Hoje faz 10 anos que o estilista Alexander McQueen faleceu. Para homenagea-lo, escolhemos seus 10 desfiles mais icônicos e as histórias por trás de cada um, que você pode ver abaixo em fotos e videos. Na galeria acima, uma seleção de looks de cada um desses desfiles.

    Inverno 1995: Highland Rape

    Reprodução

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    O primeiro desfile de Alexander McQueen já revelava muito sobre sua personalidade, sua potência criativa e sobre como enxerga a moda e uma apresentação de desfile. Highland Rape se mantém como um de seus desfiles mais controversos, com as modelos entrando na passarela com as roupas rasgadas, andando perturbadas, como se, de fato, estivessem fugindo após um estupro. Na verdade, sua inspiração/protesto era sobre o estupro da Escócia pelas forças militares da Inglaterra no século 18. “Esta coleção foi um grito contra designers ingleses vestindo roupas escocesas extravagantes. A família de meu pai é originária da ilha de Skye e eu estudei a história dos levantes escoceses . As pessoas eram tão pouco inteligentes que pensaram que se tratava de mulheres sendo estupradas; no entanto, o Highland Rape era o estupro da Escócia na Inglaterra”, disse McQueen à revista Time Out em 1997. Muitos elementos que fazem parte do DNA de Alexander apareceram aí, como o uso do tartan, a alfaiataria impecável, o trabalho com renda e o uso de materiais inusitados, mas o highlight desta coleção fica com as bumsters, que eram as calças de cintura baixíssima, deixando o “cofrinho” à mostra.

    Verão 1998: Untitled

    Reprodução

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    Foi o primeiro desfile de Gisele fora do Brasil (foto) e as modelos caminhavam por uma passarela que parecia um tanque de água. Entre os 100 looks, sobressaíram-se os metalizados e os momentos fetichistas. Ao final, as modelos entram todas vestidos de branco e uma chuva dourada cai sobre elas. Sua maquiagem escorria e suas roupas ficavam transparentes, resultando em uma imagem que ia se transformando sob o olhar atento da plateia. O desfile originalmente chamava Golden Shower (e assim é conhecido até hoje), mas ele mudou a pedido dos patrocinadores.

    Inverno 1998: Joan

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    Inspirado em Joana D’Arc, esse desfile tem uma imagem muito forte do começo ao fim. Os modelos, mulheres e homens, usavam lentes de contato vermelhas. A coleção foi praticamente construída em preto, vermelho e tartan, em diversos materiais, como malha, metal, couro, seda e vinil. Dois looks tinham retratos das crianças Romanov impressos em vestidos e blusas, em referência à ultima família czar que governou a Rússia. Ao final, a última modelo a entrar foi cercada por um círculo de fogo, mostrando seu gosto por contar histórias e transformar desfiles em espetáculos.

    Verão 1999: N0 13

    Não foi a coleção mais forte de McQueen, ainda sim é um dos desfiles mais icônicos da história da moda contemporânea. A modelo Shalom Harlow surgiu em um vestido branco sem alças e com um bordado inglês no busto, cercada por dois robôs que começaram a jogar jatos de tinta, pintando seu vestido como uma tela branca enquanto ela girava em uma plataforma circular. De arrepiar.

    Verão 2001: Voss

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    O cenário era um cubo de vidro que simulava um hospital psiquiátrico, que mostrava as modelos presas dentro, em momentos que ora pareciam glamourosas, ora perturbadas. Tecnicamente, é uma coleção muito poderosa e luxuosa, com vestidos grandiosos, capas estruturadas, trabalho manual minucioso e alfaiataria chiquérrima, além dos momentos surreais como o look que carrega um castelo no ombro. Ao final, quando a plateia se preparava para levantar, um outro cubo de vidro aparece no meio da cenografia. As portas vagarosamente começam a se abrir, estilhaçando o vidro no chão e liberando borboletas que estavam presas lá dentro. A cena então revela uma mulher nua, respirando por um tubo, com apenas algumas borboletas pousando em seu corpo. Foi uma visão forte e corajosa que hoje, certamente causaria polêmica.

    Verão 2003

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    A essa altura, McQueen já havia vendido sua marca para o Grupo Gucci (hoje chamado de Kering). Este desfile foi um dos mais comerciais e solares de sua carreira, mas ao mesmo tempo, ao acompanhar a entrada dos looks, do início ao fim, a gente questiona como ele consegue fazer as passagens de estilo que aparecem na coleção: das piratas do início às donzelas, às figuras fortes e poderosas vestidas de preto à explosão de cores do final. Como se as cores de pássaros e borboletas tivessem tomado conta com vestidos em tie-dye vibrantes culminando no vestido de babados de tule usado por Michele Alves (foto).

    Inverno 2003

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    Mais uma super produção de Alexander McQueen, esse desfile tinha um túnel de vento por cima do que parecia ser um terreno coberto de neve. Ele queria dar a ideia de um espaço grande e desolado. Aqui também vemos uma evolução do trabalho com artesanato, certamente um reflexo de sua passagem pela direção criativa da Givenchy. O desfile mostra o melhor de suas habilidades como estilista, a maneira como cria e estrutura as peças, seus cortes precisos, suas roupas que parecem armaduras e um senso estético apurado para as peças decorativas. No meio do desfile, as luzes se apagam, o túnel de vidro se acende e uma modelo passa por ele, enfrentando o vento forte, usando um body com um paraquedas acoplado. Ao final, a cena se repete com uma modelo oriental arrastando um quimono de seis metros por uma (falsa) tempestade de neve. Dois momentos de pura beleza que também entraram para a história.

    Verão 2004: Deliverance

    Se nesta matéria estamos elegendo os 10 principais momentos de Alexander McQueen na passarela, este desfile de 2004 certamente fiaria no top 3. Inspirado pelo filme They Shoot Horses, Don’t They?, de Sydney Pollack, McQueen apresentou a coleção no Salle Wagram, um salão de dança parisiense do século 19. Coreografado pelo super Michael Clark, ele uniu modelos e bailarinos profissionais em uma performance visceral em que as modelos dançavam até, literalmente, não aguentar mais (quem assistiu ao filme vai entender). Elas começam vestindo roupas luxuosas de lamê, penas e chiffon, mas o guarda-roupa vai se modificando à medida que elas vão se exaustando. Peças esportivas vão surgindo até que as sobreviventes dessa maratona já usavam saias feitas de colchas e retalhos reciclados e vestidos que despencavam. O final foi o clímax com Karen Elson sozinha no palco, vencedora do concurso, colapsa no chão (de mentira, claro). McQueen entra acompanhado de Michael Clark e juntos carregam Karen ao som de muitos aplausos e gritos da plateia.

    Inverno 2006

    Vamos começar pelo fim: o inesquecível e impecável holograma de Kate Moss flutuando como um sonho, uma criatura etérea e mágica que surge e desaparece, deixando todos com os olhos marejados por tamanha delicadeza. A cena se deu em uma pirâmide de vidro com o holograma de Kate criado pelo video maker Baillie Walsh com direção de McQueen. Nessa coleção, ele também revisita suas origens escocesas e também como designer, trazendo muitos looks em tartan e uma reinterpretação mais madura de suas heroínas, guerreiras e princesas rebeldes. Ao final, o público aplaudiu de pé após terem testemunhado um dos maiores highlights da moda.

    Inverno 2009

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    Este foi o penúltimo desfile de Alexander McQueen e também um dos mais corajosos, mostrando que até o fim ele questionou padrões, ousou e nunca se acomodou. Ao caminhar, as criaturas de McQueen passavam por uma pilha de detritos. Suas roupas pareciam revisitar clássicos da moda, como o New Look da Dior ou os tweeds da Chanel, além de olhar para seu próprio acervo. Na época, comentou-se que ele estava cansado e frustrado com a pressão por uma moda mais comercial. Mas em vez de se curvar, ofereceu um espetáculo em que une o show a alta execução de suas roupas.

     

     

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