Backstage da grife Coven: uma série de guerra do gravurista Goya inspirou o militarismo na coleção © Agência Fotosite
O FFW antecipou e os desfiles do Fashion Rio confirmaram: o militarismo é uma das grandes vontades o inverno 2010. Não de forma óbvia, indo muito além dos camuflados e jaquetas inspiradas nos Anos 40. “Agora queremos referências leves do militarismo”, disse Maurício Ianês antes do seu ótimo desfile para a TNG. E são leves mesmo. Para todos os estilistas que citaram a referência em suas coleções desfiladas nas passarelas cariocas, a sutileza era atributo essencial.
O novo militar serve aos propósitos da alfaiataria, funcionando muito mais como elemento de decoração para blazeres, jaquetas, coletes e até camisas. Foi assim na Juliana Jabour, onde o militar foi recurso essencial para dar força e estrutura à sua moda que costuma ser bem feminina. Na TNG, o militar também aparece escondido entre os motivos étnicos e mixado com as referências de esquimós caçadores do Alasca; enquanto na Cantão é a pluralidade de culturas e etnias de Budapeste que abusa do verde militar e da modelagem de suas jaquetas e vestidos de ombros ligeiramente marcados. Já a Coven optou por uma imagem militar um pouco mais literal, mas saiu ganhando ao investir no avançado trabalho de tricô com Lurex.