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    POR Redação

    ©Reprodução

    Se existe uma crise no mercado editorial de moda, ela não se restringe apenas a questões econômicas ou de criatividade. A “reciclagem” de fotografias ou mesmo matérias escritas, que causa a diminuição da qualidade das publicações, é também fruto do número inflacionado de títulos que são lançados a cada mês.

    O “Business of Fashion” publicou no final de julho um artigo em que debate o que a quantidade excessiva de revistas tem causado globalmente ao mercado editorial de moda. Por meio de um bate-papo entre Thomas Lenthal e Jonathan Wingfield, co-fundadores da “Paradis”, título que tem periodicidade indefinida, o site levanta questões pertinentes como, por exemplo, o que deve realmente ser impresso e o que deve permanecer em meio digital? Ou ainda: em uma época em que as residências são cada vez mais compactas, há espaço para tanto material físico?

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    Não há como negar que, mesmo em meio a tanta concorrência, as editoras continuam apostando e expandindo seus títulos; e que tais publicações, em geral, continuam encontrando soluções para manter-se atrativas e, claro, lucrativas. No entanto, boa parte do que é produzido atualmente, segundo Lenthal, é descartável e, se não for “consumido” de imediato, torna-se supérfluo e desatualizado. É claro que a sensação de folhear as páginas de uma revista é prazerosa, mas se o conteúdo da mesma não for verdadeiramente de qualidade, é bem provável que se torne lixo, afinal, se não há nada que possa acrescentar ao leitor a longo prazo, por que produzir entulho?

    Wingfield cita ainda um artigo do jornal “The New York Times”, publicado no dia 22 de julho, que trata do crescimento estrondoso do mercado editorial de moda na China. Na matéria, é revelado que a “Elle” imprime duas edições mensais, enquanto a “Vogue” adicionou quatro números a seu portfólio anual para suprir à demanda de anunciantes. Em 10 anos – ou até menos – onde as ávidas consumidoras, como a jovem publicitária Zena Hao, mencionada no artigo, guardarão tantas “Vogue”, “Elle”, “Harper’s Bazaar”, “Cosmopolitan”, “Marie Claire” e os outros muitos títulos disponíveis no país? Em contrariedade ao desejo ambiental de diminuir os detritos e reaproveitar matérias-primas, produz-se, sobretudo no Ocidente, uma quantidade absurda de papel.

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    De volta à qualidade, Lenthal e Wingfield ressaltam a quantidade de editoriais medíocres que são publicados constantemente em revistas de moda – o trabalho de Steven Meisel é citado como uma exceção a ser admirada, e seguida. Segundo Lenthal, há 30 anos um fotógrafo produzia cerca de 200 imagens, enquanto hoje esse número chega a quase 2.000. Em meio à cobrança por material novo para tantos veículos, a excelência é facilmente comprometida. E mais: a maioria do que é impresso é desenvolvido em meio virtual, desse modo, por que não reservar parte desse material para ser disponibilizado online?

    Felizmente, é o leitor que decidirá o futuro do mercado editorial daqui para frente. Se parte das publicações ignoram o controle de qualidade, ou ainda fingem desconhecer a necessidade de se reduzir a produção de material físico em detrimento de conteúdo virtual – menos poluente e condensável em pequenos espaços –, é o consumidor o único que pode selecionar o que permanecerá.

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