Desde que Giorgio Armani incluiu a musa do pop Lady Gaga em sua lista de clientes, o estilista italiano acabou sendo engolido pelo seu mundo de imagens futuristas. Se não foi devorado, viu ali todo um caldeirão de referências fascinantes que, desde então, ele tem trabalhado fervorosamente. Só isso já dá conta de explicar os tecidos tecnológicos _uma mistura de seda com náilons_ que deram brilho cibernético ao verão 2011 de sua linha Privé.
Brilho e forma, aliás, já que além desse tonalidade furta-cor-reluzente, o estilista aproveitou o material para modelar as mais esquisitas formas tanto em seu daywear como nos looks de festa, que muitas vezes pareciam divididos em 2, ou flutuando sobre o corpo plastificado. E aí até podem apontar uma certa nostalgia do experimentalismo space age dos anos 1960. Ou então falar que foi uma reedição especial de suas formas marcantes lá dos 1980. Seja como for, pelo menos foi diferente.
Ainda que focado no universo Gaga, Armani deixou um pouco os tons neutros de lado, assim como aquela alfaiataria super elegante do verão passado, para abraçar novas possibilidades, novas formas e tecidos. Um risco, de fato. Um risco que talvez não agrade tanto suas fiéis clientes que garantem a onipresença da marca nos principais tapetes vermelhos do mundo pop. Mas também, com uma clientela tão fiel, por que não aproveitar a passarela para uma pequena experimentação?