Talvez porque ele tenha deixado a direção criativa da Hermès, podendo concentrar-se totalmente em sua própria marca. Talvez pela pesquisa que fez para exposição de seus 30 anos de carreira que abrirá este ano em Montreal, no Canadá. Ou foi simplesmente um daqueles momentos em que uma chama de paixão antiga, misteriosamente é reacesa, trazendo toda energia e emoção à tona novamente.
Quando Jean Paul Gaultier uniu para seu verão 2011 de alta-costura o punk ao cancan. Metaforicamente o tema sugeria outra união ainda mais forte: a irreverência que marcou o início da carreira do estilista, com seu amor pelo melhor do estilo francês _aquele leve excesso e a sensualidade onipresente. Assim, vinham seus looks. Quase como personificações únicas trazendo reinterpretações de trenchcoats, agora com camadas de tule tipo fru-fru das dançarinas do Moulin Rouge. Uma alfaiataria tão perfeita que só mesmo o mais habilidoso couturier conseguiria transformar em um macacão como o do segunda entrada. E depois veio todo o resto: a lingerie, a corseteria e até as listras navy em um absurdo vestido usado pela new top model Lindsey Wixson, todo em alto relevo. Ah, tudo decorado com espinhos e taxas no melhor estilo punk.
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