WILSON RANIERI
Wilson Ranieri retorna à São Paulo Fashion Week após um bom tempo de hiato fora do line-up. Uma estampa floral comprada por Wilson há mais de 3 anos é uma das principais fontes de inspiração para essa coleção que tem as cores fúcsia, tijolo, piscina e roxo como foco principal.
A personalização também é uma das principais linhas que guiam a coleção, a ideia de personalizar tudo, dos tecidos às peças e acessórios, para que tudo seja feito de acordo com o desejo do consumidor.
SOUL BASICO
Marca estreante nessa edição da São Paulo Fashion Week, a Soul Basico tem direção criativa de Zeh Henrique Domingues e quem assina o estilo é Wilson Ranieri, que desfilou mais cedo. A marca tem em seu DNA a colaboração e o “Abraço”. Para sua estreia na SPFW, a Soul Básico apresenta a coleção ‘Re-Verso’, uma história sobre o tempo, que reflete sobre presente e passado, fim e começo utilizando de técnicas como a ferramenta audiovisual de ‘reverie’, usado no desfile, dando a impressão de que alguns modelos andavam para trás e repetiam suas ações.
“A gente quis brincar com a passagem do tempo pela luz, então a coleção começa com uma paleta mais leve e vai escurecendo, que marca e lembra essa passagem do tempo do dia para a noite. “ Conta Zeh Domingues. A marca também convida Thi Arruda, professor de meditação para traduzir em gestos, movimentos e performance essa nova ordem proposta pela marca.
VICTOR DA JUSTA
O carioca Victor da Justa se inspira dualidade entre o analógico e o digital para seu desfile nesta edição da São Paulo Fashion Week. Da Justa reflete sobre a hiperconectividade, excesso de informação e fake news, na coleção: ‘Cognição Faminta’.
Nas peças, a coleção traz referências orientais e regasta o retrofuturismo dos anos 1980; a marca traz estampas de garfo – que fazem alusão aos dispositivos digitais e ao garfo da história d’A Pequena Sereia -, de jornais e revistas e de um QR Code, uma espécie de catalisador representativo dessa hiperconectividade.
PONTO FIRME
O Projeto Ponto Firme, iniciativa social liderada pelo estilista Gustavo Silvestre, oferece formação técnica em crochê e costura para pessoas em situação de privação de liberdade. Em sua quarta participação na SPFW o projeto traz grandes tendências da moda, Gustavo Silvestre e mais três egressos do Ponto Firme se reuniram para criar a coleção, confeccionada a partir de descarte têxtil e peças reaproveitadas de doações e acervo que foram ressignificadas com técnicas de crochê.
A coleção é inspirada as máscaras artísticas produzidas por Anderson Figueiredo: “As máscaras surgem como verdadeiras esculturas de forma totalmente autoral e são um elemento visual cheio de simbolismo e significado tanto para seu criador quanto para o projeto”, comenta Gustavo. O crochê continua sendo um grande protagonista nas criações, pelas mãos dos detentos da Penitenciária Desembargador Adriano Marrey, em Guarulhos (SP).
RENATA BUZZO
A nova apresentação de Renata Buzzo na SPFW tem como inspiração o alinhamento dos astros, usados na coleção como uma analogia para dois indivíduos figurativos, que têm dificuldade de se relacionar e se entender e criam o poema autoral Júpiter e Saturno, também o nome da coleção.
As roupas são inspiradas nos elementos do poema: as superfícies remetem aos desenhos dos acres, o espantalho citado como figura de linguagem, um personagem oco, que inspira detalhes das roupas como as mangas exageradas. As cores foram inspiradas nos planetas, terrosos e rosados de Júpiter e amarelados de Saturno, e também nas cores dos elementos da natureza.
WEIDER SILVEirO
Já consolidado na moda nacional, após 15 anos se apresentando na Casa de Criadores, este ano Weider Silveiro estreia na São Paulo Fashion Week com a coleção Citá. Filmada no Rooftop do Copan, a coleção foca e se inspira na mulher contemporânea. Com direção criativa de Camila Cornelsen e Pedro Bazani, a apresentação tem inserções e interações digitais bastante interessantes, usando e abusando dos recursos das apresentações digitais para criar uma apresentação realmente única.
“Pensar nessa estréia tem sido um desafio, mas também é o resultado de anos de trabalho e compromisso. Venho mostrando meu potencial criativo na Casa de Criadores há mais de uma década, para uma plateia e imprensa ávidas por isso. Agora é a fase de fortalecer minhas criações frente a um mercado maior, levando meu trabalho para novos espaços”, afirma Weider Silveiro sobre sua estréia no evento.
WALERIO ARAÚJO
Com diversas personalidades LGBTQIA+, Walério Araujo reforça seu posicionamento de apoio à comunidade, algo que é tão natural quanto parte de seu DNA e especialmente importante em momentos difíceis como que vivemos, especialmente no âmbito político.
FLÁVIA ARANHA
“Um devaneio utópico em tempos distópicos” é como Flávia Aranha define sua nova coleção, ‘Sopro’ desfilada nesta noite na São Paulo Fashion Week, sobre a reflexão de que somos natureza e que a vida que vivemos apenas nos atravessa. Sob a perspectiva do ar, essa ideia de distopia e utopia também é atravessada pela pandemia do COVID-19.
Típico do DNA sustentável da marca, as Roupas são criadas a partir dos resíduos acumulados pela marca durante o último ano de pandemia, formando uma colcha de retalhos, de memórias, afetos e histórias. Os tecidos utilizados incluem o algodão, linho, seda e lã naturais e orgânicos, com destaque para as peças em patchwork, desenvolvidas a partir dos retalhos do ateliê e transformados em novos tecidos.