Por alguns anos, questões de moda ocidental e muçulmana vêm sido amplamente discutidas: desde a icônica cena de Sex and the City em que Carrie Bradshaw descobre muçulmanas vestindo alta-costura por baixo de suas burcas, a moda tenta alcançar esse mercado de mulheres, muitas vezes endinheiradas, e ainda mal servidas pela indústria.
Enquanto treinava para as olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, a levantadora de peso muçulmana Amna Al Haddad recebeu uma oferta de patrocínio da Nike, gigante americana do sportswear. Até então, a marca não contava com peças destinadas às mulheres desta religião, que, apesar de conservadoras, devoram moda como as ocidentais.
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A marca analisou a atleta dos pés à cabeça para chegar ao resultado perfeito: para seguir as demandas da religião e continuar competindo como uma atleta profissional, Amna precisava de um hijab (peça que cobre os cabelos) funcional e tecnológico. Dito e feito. A Nike começou a produção do que seriam os primeiros Nike PRO Hijabs, destinados às muçulmanas e extremamente funcionais. “Sentamos e conversamos sobre os desafios do vestuário desportivo na minha religião”, contou ela à revista Fast Company.
Além dela, a maratonista Manal Rostom também construiu sua história com a marca, sendo convidada a participar de uma escalada de montanha não muito comum para mulheres de sua religião. Antes mesmo de Al Haddad, Manal foi a primeira muçulmana a representar a Nike em uma campanha global.
Confira na galeria lindas imagens das atletas praticando seus esportes vestindo as novas peças da Nike: