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    Moda, educação e ativismo

    Instituto Oya e Ocupação Nove de Julho se juntam em um desfile colaborativo

    Foi com um desfile em plena Ocupação 9 de Julho que o Instituto Oya lançou sua primeira coleção de moda, a Gênesis. O evento reuniu uma turma jovem e diversa que se juntou aos moradores da Ocupação para celebrar ONG que tem transformado crianças, adolescentes e jovens desde 1994, com um trabalho de educação baseado em Salvador.

    É cada vez mais claro que a moda precisa ser agente de transformação – a gente vê o impacto e o alcance que ela proporciona. O desfile do  Instituto Oya foi um exemplo de circularidade: as roupas foram costuradas pelas mulheres impactadas pelo projeto em Salvador; o desfile aconteceu na Ocupação 9 de Julho, por si só um marco na luta por moradia social além de um centro cultural fervilhante de São Paulo. E assim como o Oyá, a Ocupação também promove a autonomia através do empreendedorismo, da educação e economia criativa. E os modelos eram moradores do local, incluindo Carmen Silva e Preta Ferreira, líderes do MSTC.

    Lua Leça, Carmem Silva e Nívia Luz ao final do desfile / Foto: Camila Yahn

    Carmem Silva,  Preta Ferreira e Nívia Luz ao final do desfile / Foto: Camila Yahn

    Com styling de Felipe Veloso e beleza de Max Weber, o desfile mostrou uma série de looks de moletom com estamparia de Alberto Pitta, artista plástico baiano referência na pesquisa e criação do que hoje se conhece por estampas afro-baianas, e criador do Cortejo Afro do Instituto Oyá. A coleção acertou em cheio: as estampas, as cores (laranja, azul, verde, rosa) e a modelagem resultaram em peças bonitas, confortáveis, fáceis de usar por gêneros, corpos e idades diversas e com um bem vindo tino comercial. “Moletom é conforto, moletom aquece e permite que a gente possa acolher”, diz Nivia Luz, à frente da criação. “O moletom é só um motivo pro fortalecimento, pra gente continuar ampliando o olhar sobre a moda a partir da responsabilidade e do fortalecimento de mulheres”.

    Mas no Oya uma coleção não é feita da forma como acontece em outros ateliês. Tudo passa pelo viés da educação, que é a principal missão do instituto. “A produção dessas peças começou com histórias sendo contadas, com roda de terapia e com o processo de humanização das pessoas. A mulher que entra no Oya aprende a costurar, vai pensar a moda e aprender a gerir um negócio. Queremos quebrar essa cadeia repetitiva da onde muitas vezes um único profissional é celebrado, mas por trás dele tem um complexo grande de pessoas que fazem a história acontecer”, diz Nívia.

    Foto: Jardiel Carvalho / Cortesia

    Foto: Jardiel Carvalho / Cortesia

    Foi um desfile que falou sobre afeto, sobre pessoas, responsabilidade e ativismo. É uma coleção que é rede e que olha a moda como ponto de partida para transformação.

     

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    Sobre o Instituto Oya

    É uma organização socioeducativa sem fins lucrativos, fundada em 1994, na cidade de Salvador motivada pelo desejo de transformação social a partir da educação, visando a formação de lideranças e protagonismo para a juventude. Seu programa pedagógico inclui práticas educativas voltadas para crianças a partir dos 7 anos de idade, assim como adolescentes, oriundas das redes públicas de ensino.

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