Pierre Bergé, nome por trás da Fundação Pierre Bergé-Yves Saint Laurent, cofundador da maison de Yves e seu parceiro por mais de meio século, concedeu entrevista exclusiva à revista Elle Brasil do mês de junho, que o FFW teve acesso em primeira mão.
Bergé recebeu Elle no número 5 da Avenue Marceau, em Paris, sede de sua fundação. Em pauta, além de comentar sobre sua saída da fundação, o novo parceiro com quem se casou neste ano e dar conselhos para os jovens que estão começando na moda, o assunto principal foram detalhes dos dois grandes projetos que serão revelados ao público em outubro deste ano: a inauguração de dois museus dedicados à obra de 40 anos do costureiro francês, morto em 2008.
O primeiro será no mesmo local da fundação, o prédio comprado pela dupla em 1974, onde Yves ocupou até dar adeus às criações, em 2002. A cenógrafa Nathalie Criniére, que também assinou o cenário da exposição que celebra os 70 anos da Dior em Paris, dirige o projeto ao lado do decorador Jacques Grange. O espaço, que será reinaugurado em 03 de outubro, voltará a ter cara de um ateliê em atividade. A ideia é duplicar a área hoje dedicada às exposições, que desde 2004 abriga mostras itinerantes de diversos artistas.
O segundo será inaugurado em 19 de outubro e ocupará a rua Yves Saint Laurent, em Marrakesh, no Marrocos, próximo ao Jardim Majorelle, o “oásis” (assim chamado pelo casal) do pintor Jacques Majorelle, que estava em ruínas e iria ser vendido para a construção de um hotel. Como Yves e Bergé se apaixonaram pelo espaço de antemão, logo impediram o projeto e adquiriram o local em 1980, quando também o restauraram. Hoje, o jardim recebe anualmente 700 mil visitas.
“As duas cidades foram extremamente importantes para a trajetória de Yves. Paris porque foi onde tudo começou e onde ele venceu em sua carreira. E Marrakesh porque era um lugar que ele tanto amava e onde passou grande parte de seus dias”, disse Bergé à Elle.
O projeto em Marrakesh tem 4000 m² e está sendo tocado pelo escritório francês de arquitetura KO2, com cenografia de Chistophe Martin para abrigar salas de exposições temporárias, auditório, biblioteca e um café-restaurante. Ao todo, os dois museus vão abrigar um acervo com cerca de 5 mil peças de alta-costura, 15 mil acessórios, além de milhares de croquis, fotografias e matérias publicadas na imprensa.
Leia a entrevista completa na Elle Brasil de junho, que chegou às bancas nesta semana.