É chegada a época do ano em que o Metropolitan Museum abre sua exposição anual de moda, que é sempre precedida pelo badalado e estrelado evento Met Gala. Como uma continuação da exposição “Na América: Um Léxico da Moda” lançada em 2021, o museu abre neste sábado (07.05) a segunda parte da mostra chamada “Na América: Uma Antologia da Moda“, que ficará em exibição até dia 5 de setembro deste ano. Diferentemente da primeira parte, que homenageia criadores de moda desde a década de 1940, esta nova fase da exposição dá destaque aos heróis anônimos da moda americana. Ela também joga holofotes na história indumentária que surgiu no final do século XIX, era de ouro estadunidense, que representou um forte crescimento da industrialização do norte e oeste norte-americano, o surgimento do jeans como uniforme de trabalhadores e do crescimento galopante da desigualdade social.
Organizado pelos curadores Amélia Peck, Jessica Regan e Andrew Bolton, a nova mostra é composta por 100 peças de roupas que dividem espaço com as vestimentas da primeira parte da exposição, que continuará exposta. Dentre essas roupas, as peças que estão mais esperadas, de acordo com o site da Vogue norteamericana, são o casaco que Abraham Lincoln usou quando foi assassinado e o casaco que George Washington aparentemente usou em sua posse presidencial.
As peças ficam divididas em 13 salas da Ala Americana do museu que foram construídas em 1924 como forma de representar o estilo de vida estadunidense entre os séculos XIX e XX. Cada sala teve sua cenografia concebidas por diretores de cinema como Sofia Coppola, Tom Ford, Martin Scorsese, Regina King, Autumn de Wilde, Janicza Bravo e Julia Dash. Os diretores foram responsáveis também pela produção de vídeos sobre cada história contada em suas respectivas salas.
O diretor de cinema e estilista Tom Ford, por exemplo, ficou responsável por reproduzir a Batalha de Versalhes. Ela foi recriada na sala Vanderlyn Panorama, onde uma tela oval reproduz a vista panorâmica do Palácio e Jardim de Versailles (1818-1819). Em uma matéria da Vogue, a montagem é descrita como um “ataque” dos vestidos de Yves Saint Laurent às criações de Stephen Burrows numa batalha final.
Já Sofia Coppola ficou responsável pelas salas “McKim, Mead e White Stair Hall” e Vestiário Worsham-Rockefeller “. Ela convidou os artistas Rachel Feinstein e John Currin para esculpir manequins expressivos para representar o cotidiano opulento da alta sociedade novaiorquina.
Nas redes sociais também foi divulgado um quadro com o look Chanel que Anna Wintour usou para o baile do dia 02 e uma estátua de Rihanna em mármore, reproduzindo sua pose na capa da edição de maio da Vogue. Entretanto, diferentemente do que acreditava-se na divulgação dos vídeos pela revista, as obras de arte são virtuais feitas por GCI. O intuito da criação delas não é apenas divulgar a exposição e o clássico baile, mas também homenagear Rihanna, que não pode comparecer no evento de abertura por estar na fase final de sua gestação. As criações foram feitas pelo grupo de efeitos visuais Ape Man Robot que buscavam se inspirar na maior estátua do museu, a Estátua de Eirene (A Personificação da Paz) e movimentar a internet em prol da arrecadação de fundos para o museu.