Dries Van Noten conversa com Pamela Golbin ©Reprodução
Na quinta-feira (29.03) aconteceu o último dia do “Fashion Talks”, evento organizado pelo instituto Alliance Française (Aliança Francesa) em Nova York, no FIAF Florence Gould Hall. A última conversa foi entre a anfitriã do evento, Pamela Golbin, curadora-chefe do Museu da Moda e do Têxtil do Louvre, e o belga Dries Van Noten, diretor criativo e CEO da sua marca de 27 anos.
Van Noten falou calmamente de design e negócios e da gestão da sua grife. “Eu sigo o meu próprio ritmo”, afirmou o designer. A marca tem sem dúvida as suas caraterísticas como a pouca publicidade, a que o designer justificou que preferia investir em “outras extravagâncias como desfiles em Paris”. Sobre a falta de acessórios, a resposta foi firme: “Não quero ser uma marca que depende de bolsas e sapatos para sobreviver. Prefiro criar roupas”.
Quanto à prática em relação ao design, a audiência ficou perplexa ao ouvir que Van Noten se inspira nas cores e estampas que não gosta, em vez de se inspirar nas que gosta: “Por que eu não gosto disso?”, explica o designer sobre o seu processo de criação no qual olha para uma estampa que não gosta e pensa como poderia torna-la bonita.
Van Noten sente-se orgulhoso do seu trabalho e defendeu-se quando Pamela Golbin comparou as suas estampas a quebra-cabeças. “No final de um quebra-cabeça tudo se encaixa e eu detesto sistemas”, argumentou o estilista.
A conversa terminou falando sobre os desfiles da marca, o momento preferido do designer. “Em 10 minutos temos que explicar ao público o que estamos tentando fazer e o que queremos dizer, então tudo tem que estar perfeito”, explicou.
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