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    FFW entrevista: OK Go fala sobre suas ideias e clipes malucos
    FFW entrevista: OK Go fala sobre suas ideias e clipes malucos
    POR Redação

    Show do OK Go ©Juliana Knobel

    A banda OK Go está no Brasil para divulgar uma ação publicitária para uma marca de bebida alcoólica e já fez quatro pop-up shows em São Paulo no fim de semana passado. De quarta (23.11) a sexta (25.11), o grupo continua a “mini-turnê” com shows no Rio (veja os detalhes aqui).

    Em passagem por São Paulo, o FFW conversou com dois integrantes da banda, Damian Kulash, vocalista e guitarrista, e Tim Nordwind, baixista. Bem humorados, cheios de piadinhas e com vontade de saber mais sobre a cidade, Damian e Tim contaram como o grupo tem ideias para seus famosos vídeos.

    É a segunda vez de vocês aqui no Brasil, o que vocês pensam daqui?

    Damian – No momento estou pensando em café (risos)…

    Tim – Café brasileiro!

    Você quer pegar um café?

    Damian – Está vindo! Eu estou impressionado pelas paredes limpas em São Paulo. O fato de que não há propaganda (nos prédios). É impressionante.

    Há uma lei aqui que proíbe esse tipo de intervenção.

    Damian – É ótimo, é como se você tivesse um espaço para pensar. Eu gosto muito disso. É uma lei famosa?

    Há alguns anos não era proibido, mas agora estão proibidos de colocar propagandas nas paredes dos prédios.

    Damian – Nós moramos em Los Angeles, e você não consegue passar 10 segundos sem ler algo. É como se tivesse sempre alguém colocando uma ideia em seu cérebro.

    Tim – “Coma isso! Beba aquilo!”

    Damian – É difícil de se livrar. É muito bonito que aqui você consegue ver o formato dos prédios.

    Tim – Arte de rua é legal por aqui? Vi bastante arte de rua aqui.

    Tim e Damian, do OK Go ©Juliana Knobel

    Em alguns lugares as pessoas podem fazer intervenções artísticas com grafites, mas as pichações são proibidas.

    Damian – Vi bastante coisa legal. Algo que parecia o trabalho do BLU (artista italiano).

    Tim – Eu vi coisas do Invader por aí.

    Vocês ficaram bastante famosos por conta do vídeo de “Here It Goes Again”. Como surgiu a ideia de fazer esses vídeos?

    Damian – É uma pergunta tão difícil, porque sempre fizemos muito mais do que só música. Eu e o Tom nos conhecemos desde os 11 anos, ou seja, há uns 25 anos.

    Tim – Oh meu Deus, já faz tudo isso?

    Damian – Oh meu Deus, estamos tão velhos (risos). Nos conhecemos a todo esse tempo e nos últimos 13 estivemos em uma banda juntos. Estivemos sempre fazendo música, vídeos e arte, então acho que antes, no início da carreira do OK GO, fizemos vários vídeos estranhos, antes até dos clipes de internet existirem. Era por diversão e eu acho que trombamos com o sucesso em um vídeo antes do “Here it Goes Again”,  um da gente dançando no meu quintal e que foi baixado cerca de 200 mil vezes. Não pensamos nele como um vídeo de rock, só uma coisa engraçada que fizemos. Então, pensamos que se conseguimos fazer isso por acidente, também poderíamos fazer de propósito. Passamos dez dias na casa da minha irmã pensando em um clipe. Queria algo maior que o anterior, que fosse visto 300 mil vezes. No primeiro dia, tínhamos 800 mil pessoas assistindo. Desde então, uma nova tela se abriu para nós.

    E como vocês têm as ideias para os vídeos?

    Damian – Nós ficamos muito, muito bêbados. Tomamos muita tequila! E o último a ficar acordado ou vivo escreve as idéias e escolhemos a melhor na manhã seguinte.

    É um processo colaborativo…

    Damian – Na verdade, eu não sei dizer muito de onde vêm as ideias. Temos muitas, minha irmã às vezes propõe umas coisas legais. Tenho muitos amigos da faculdade que fazem filmes e às vezes trabalhamos com eles. Qualquer um que possa nos trazer uma boa ideia, nós realizamos. Na maior parte das vezes são nossas ideias porque passamos mais tempo juntos do que com as outras pessoas.

    Tim – Uma vez eu fui tomar sorvete e um encontrei um fã que tinha uma boa ideia, então fizemos um vídeo a partir disso.

    Vocês parecem ser bem abertos às ideias das outras pessoas.

    Damian – Boas ideias!

    Tim – Se forem boas.

    Damian – A gente recebe muitas sugestões ruins. Mas acho que o parâmetro mudou. Um vídeo de música servia para anunciar seu disco, se você dava sorte, ia para a MTV, se não estava lá, não existia. Vender a música era a única opção. Agora no vídeo, podemos mudar a forma de fazer, é uma nova possibilidade que se abre. Aqui, temos um novo jeito de fazer show, como os pop-up shows na rua.

    ©Juliana Knobel

    Vocês já tinham feito algo assim antes?

    Tim – Fizemos uma “parade” (uma espécie de desfile de rua) este ano. Tocamos por oito horas, com 100 pessoas andando atrás da gente.

    Mais ou menos como um carnaval?

    Damian – Mais ou menos assim. Lá nos EUA dificilmente a gente consegue viver algo de música com experiência. Mesmo quando é um show ao vivo, você espera que pareça com o CD, é bem específico.

    E tem algo legal que vocês não fizeram ainda e gostariam de fazer?

    Damian – Sim! Acho que esses shows aqui já são um exemplo muito legal de coisa inesperada para se fazer. Estamos gravando um vídeo lá nos EUA em que teremos de usar habilidades novas (risos). Mas não podemos falar muito sobre isso agora. E Tim está começando uma nova banda.

    Tim – Sim, é bem diferente. É estranho começar uma banda de novo, mas comecei com um amigo meu de Chicago. Toco um pouco de tudo e lançamos as músicas pelo nosso selo.

    Damian – O legal de ter uma banda agora é que até seu próprio selo você pode ter. Eu sou presidente e posso dizer “aaah, este single não é bom o suficiente”.

    Tim – Damian está produzindo o disco e um outro amigo de Los Angeles está mixando. É bem diferente do OK Go.

    O que vocês diriam para vocês mesmos quando estavam começando a carreira? Numa experiência meio “De Volta para o Futuro”?

    Damian – “Confie em suas próprias ideias”. Na nossa carreira, as coisas que nos satisfizeram mais, que nos mantiveram vivos foram nossas ideias. Incluindo as coisas mais estranhas, as menos explicáveis. É muito fácil, principalmente quando você está começando, pensar que se você não joga dentro das regras, não existe outro jeito de fazer e você vai desaparecer. E agora vivemos em um contexto sem regras, sem precisar correr atrás de gravadora. É uma nova era, muito mais livre.

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