A Gucci entrou com uma ação judicial contra a Forever 21 por se apropriar de sua marca registrada, as listras verde e vermelha e a vermelha e azul, intensificando a batalha contra a rede, que é conhecida por se inspirar em marcas de moda. O conteúdo da ação inclui reclamações por violação de marca registada, diluição de marca registrada e concorrência desleal. As listras passaram a ser vistas em produtos da Gucci nos Estados Unidos em 1963. O site Business of Fashion teve acesso ao documento, que diz: “A Gucci America traz esses pedidos porque a Forever 21 desafiou suas heranças mais valiosas e amplamente conhecidas. E também porque esse assalto da Forever 21, assim como seu modelo de negócios, é construído para minar a ideia de proteção de marca registrada, o que é de grande importância para a Gucci”.
Já faz um tempo que a Gucci tenta defender suas marcas registradas. A empresa já enviou cartas de “cessar e desistir” para a Forever, para que tirasse das lojas não apenas as peças com as listras, mas também uma jaqueta bomber prateada, uma floral, uma malha verde com um tigre, outra com borboleta e uma gargantilha, todos claramente copiados da Gucci. Hoje os ítens não estão mais no site da rede, mas já foram vendidos por lá.
Em sua defesa, a Forever 21 diz que “a Gucci não deveria poder reclamar que, somente ela tem o monopólio de todas as roupas e acessórios com listras verde-vermelha e azul-vermelha. Qualquer uso de listras ou cores nas roupas vendidas pela Forever 21 são ornamentais, decorativas e esteticamente funcionais”.
Mas a Forever não é a única a se inspirar nas peças da Gucci, sejam histórias como as listras, ou mais recentes, da era de Alessandro Michele. A marca italiana, que voltou a ser uma das mais influentes do mundo, também tem seus xerox vendidos em Zaras, H&Ms e Topshops do mundo.
Para provar a violação, a Gucci tem que mostrar que existe uma grande possibilidade do consumidor acreditar que aqueles são ítens da Gucci, numa colaboração com a rede, por exemplo.
Outras grifes que estão com processos contra a Forever: Puma, Adidas, Mara Hoffman, Anna Sui, Diane Von Furstenberg e Anthropologie. O argumento contra as cópias é que elas afetam suas vendas e diluem o patrimônio da marca através da associação de produtos de menor qualidade.