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    Hypnosis: como foi feita a coleção de Alta Costura de Iris Van Herpen

    É conhecido que a designer holandesa Iris van Herpen sempre colabora com artistas, arquitetos e engenheiros para desenvolver suas coleções e, mais do que isso, ajudar a transformar em realidade seus pensamentos e ideias, usando a moda como plataforma para experimentação e inovação.

    Sua nova coleção, Hypnosis, acaba de ser apresentada na semana de Alta Costura Inverno 19/20, e foi inspirada nas obras hipnóticas do escultor americano Anthony Howe – é dele a escultura Omniverse que foi colocada na passarela. “Seu movimento meditativo serve como um portal para a coleção e para as modelos, envolvendo a todos em um estado de hipnose”, diz o release do desfile.

    A coleção consiste em 19 peças que fluem enganosamente através de transparências. São multi-camadas que se movimentam ao redor do corpo, feitas em uma antiga técnica de tecelagem de seda que remete à natureza ilusória da percepção humana. Em muitos looks conseguimos ver essa ideia claramente.

    Uma das peças chave da coleção é o vestido Infinity, postado dezenas e dezenas de vezes no Instagram, que muda de forma conforme se move pela passarela. É uma construção extremamente delicada e ativada pelo vento. “O vestido ganha vida através de um mecanismo finamente equilibrado. Um esqueleto feito em alumínio e aço inoxidável ganha uma camada delicada de bordado de plumas em um vôo cíclico, girando em torno de seu próprio centro”. Segundo a estilista, ele “reflete a beleza e a complexidade do nosso ambiente”. 

    Abaixo, dá para ver o movimento e a leveza das formas criadas por Van Herpen:

    Técnicas hi-tech

    Os looks chamados Epicycle são feito por esferas de organza luminosas em camadas múltiplas, que desafiam o nosso olhar através de padrões ilusórios que se envolvem infinitamente entre si.

    Os vestidos Suminagashi refletem a arte da tinta flutuante japonesa sobre a água, são cortados a laser em linhas líquidas de seda tingida e grudadas através do calor a um tule transparente. 

    A técnica Hypnosis, desenvolvida em colaboração com o professor Phillip Beesley, envolve a plotagem de milhares de ondulações que se movem continuamente através de cada movimento do corpo. O cetim duchesse estampado tem ondulações de 0,8 mm interligadas, projetadas para se moverem mais rápido do que nossos olhos conseguem acompanhar. “Combinando a técnica com a tradição japonesa, você não sabe se está olhando para um material que existe de fato ou algo digital”, explica. 

    Iris pensa nos materiais e técnicas que desenvolve em como eles podem já nascer mais sustentáveis, mas criar tecidos dessa maneira também tem seus desafios. “Alguns dos materiais não tem nenhuma química, por exemplo. Mas isso também significa que eles duram menos”, disse a uma entrevista para a Vogue australiana.

    Ela espera que seu trabalho gere ondas para o resto da indústria da moda. “Isso é Alta Costura. Você não verá essas roupas nas lojas na semana que vem, mas o princípio por trás delas. Eu tenho esperança de que logo vamos conseguir mudar a maneira como pensamos sobre materiais e como produzimos nossas roupas”.

    Veja abaixo o trabalho do escultor Anthony Howe, que inspirou esta coleção:

     

     

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