A Hardy Amies, fundada em 1946 pelo costureiro de mesmo nome, em Londres, revelou recentemente que pode precisar de administração terceirizada, depois que seu maior acionista se recusou a injetar mais dinheiro na empresa.
De acordo com o jornal britânico “Telegraph”, a crise é resultado de “uma expansão desastrosa” no ramo de prêt-à-porter feminino e masculino. Não é a primeira vez: em 2008, a Hardy Amies estava falida quando o grupo Fung Capital a adquiriu.
Para sair de mais uma crise, os responsáveis decidiram trazer o propósito inicial da marca de volta: fornecer roupas de alfaiataria inglesa para aqueles que puderem pagar (no mínimo) £ 3.500 por um terno. “A nova Hardy Amies aspira trazer de volta o visual do “cavalheiro inglês perfeito”, disse a diretora da companhia ao jornal.
Hilary Alexander, a diretora de moda do Telegraph Media Group, disse: “Quando Hardy estava lá, havia uma clientela leal. Eles deveriam ter apostado em jovens estilistas mais criativos.”
Uma das mais tradicionais lojas da rua Savile Row (onde Alexander McQueen aprendeu as maravilhas da alfaiataria), a Hardy Amies tornou-se conhecida pela qualidade impecável de suas roupas, feitas sob encomenda e seguindo os padrões da altacostura.
Em 1951, Sir Hardy Amies vestiu a então princesa Elizabeth pela primeira vez. Ela gostou tanto do resultado que encomendou roupas de lá pelos 48 anos seguintes. Ainda hoje, a rainha Elizabeth II veste peças dele, apesar de depender de costureiros pessoais desde a aposentadoria de Amies.
Em 1955, a marca ganhou um “Royal Warrant”, certificado que identifica fornecedores da Família Real inglesa. Quando o fundador morreu, em 2003, o certificado expirou. Certa vez, Amies declarou: “Não visto a rainha. A rainha veste-se sozinha. Fornecemos as roupas. Há uma diferença.”