CAMPANHA DA PRADA INVERNO 2010:
Depois do frenesi das transmissões ao vivo, dos vídeos de backstage, e tweets dos próprios estilistas direto da boca de passarela, agora chegou a vez das campanhas pegarem o bonde da revolução digital.
No inverno 2010, por exemplo, vimos pequenos vídeos de making-of vazando (propositalmente) meses antes das campanhas estarem finalizadas. Karl Lagerfeld clicando suas modelos num prédio de Nova York para a Chanel, seguido de Madonna para Dolce & Gabbana, Lara Stone na Calvin Klein, o casting poderoso da Louis Vuitton (Christy Turlington, Karen Elson e Natalia Vodianova) e por aí vai.
MAKING OF DO INVERNO 2010 LOUIS VUITTON:
Os filmes de moda estão longe de ser novidade, mas ainda assim um considerável número de importantes marcas apresentou pequenos clipes como extensão das imagens estáticas que rechearam as edições de setembro e outubro das principais publicações do meio. A Calvin Klein Underwear com as mais diversas encarnações de Zoe Saldana, o show de karaokê de Angela Lindvall ao som de “Fever” para Prada, Georgina May Jagger para a Hudson Jeans e até o novato Alexander Wang, fazendo seu debut em campanhas, não perdeu tempo e se lançou na onda das imagens em movimento.
A tendência por formas adicionais de conteúdo como maneira de intensificar (pelo menos em tese) o diálogo entre marca e consumidor se tornou tão bem estabelecida que agora não é apenas uma opção de estratégia de marketing, mas sim uma necessidade. Tudo isso tem contribuído para um verdadeiro overload fashion digital, deixando os consumidores, se não confusos, no mínimo um pouco atordoados.
MAKING OF BURBERRY INVERNO 2010:
Na liderança da revolução digital na moda, a Burberry foi uma das poucas a tentar algo novo. Ainda que de forma tímida, transformou suas imagens para o inverno 2010 numa espécie de imersão. Além das 14 imagens, Mario Testino é responsável por 6 vídeos interativos e sensíveis ao movimento (do mouse), permitindo rotações e mudanças de ângulo de até 180º.
A Calvin Klein, por outro lado, aproveitou a experiência de ter seus anúncios censurados nos EUA para lançar um outdoor em forma de QR code gigante. Quando lidos pelas câmeras de celulares, revelam as imagens e vídeos de Lara Stone, por Mert Alas e Marcus Piggot, que podiam ainda ser enviados para amigos via Facebook ou Twitter.
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