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    Moda se une à comoção após atentado ao “Charlie Hebdo”; setor teme reflexo nas vendas
    Moda se une à comoção após atentado ao “Charlie Hebdo”; setor teme reflexo nas vendas
    POR Redação

    O atentado terrorista contra o semanário satírico “Charlie Hebdo”, que resultou em 12 mortos na quarta-feira em Paris, chocou o mundo, que parou para acompanhar o desenrolar da história — que ainda segue em curso. “A França está em choque hoje, o choque de um ataque terrorista”, disse o presidente francês François Hollande em frente ao prédio da publicação pouco depois das mortes. O segmento da moda não se resignou e muitas pessoas influentes do setor se solidarizaram, prestaram suas homenagens e se engajaram na comoção que se seguiu ao ocorrido.

    A Condé Nast France divulgou um manifesto, que foi reproduzido com destaque no site de todas as suas publicações, assinado pelo presidente Xavier Romatet e pelos editores Emmanuelle Alt (“Vogue“), Anne Boulay (“Vanity Fair“), Erin Doherty (“Glamour“), Marie Kalt (“AD“), Olivier Lalanne (“Vogue Hommes“), Marie Pointurier (“Air France Madame“) e Emmanuel Poncet (“GQ“).

    Charlie Hebdo Vogue

    “Nossos colegas do Charlie Hebdo foram vítimas na quarta-feira 7 de janeiro de 2015 de um atentado terrorista odioso. É um ato louco e intolerável que visa tolher a liberdade de expressão e semear o medo. O pesado preço pago pela equipe do Charlie Hebdo nos lembra que expressão de uma opinião é um valor essencial. Mais do que nunca devemos defendê-la sem nada ceder: essa é a missão do jornalismo quaisquer que sejam as áreas e as formas que cada mídia tem de informar. Nossos pensamentos vão, claro, a todos aqueles que pagaram com sua vida por essa liberdade e às suas famílias. Em nome do Grupo Condé Nast, queremos manifestar a nossa mais profunda simpatia.” ©Reprodução

    Jean Paul Gaultier postou em seu perfil no Instagram uma imagem com sua equipe em que todos aparecem no pé de uma escala segurando cartazes com os dizeres “Je Suis Charlie”, frase que virou símbolo de solidariedade. Karl Lagerfeld publicou uma foto sua com uma folha onde se leem os mesmos dizeres escritos à mão. Vários estilistas reinstagramaram uma imagem com o mesmo texto, como Nicolas Ghesquière e Pierre Hardy. Outros, como Riccardo Tisci, repostaram a célebre frase atribuída a Voltaire “Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo” (há muitas controvérsias sobre a autoria). O ilustrador de moda Donald Bertson fez um desenho para a ocasião e publicou com a legenda “Zero hate!” (zero ódio).

    Je-suis-charlie-impacto-na-moda-instagram-estilistas-2

    Em sentido horário, começando pelo alto à esquerda: Karl Lagerfeld, Jean Paul Gaultier, Nicolas Ghesquière e Donald Bertson ©Reprodução/Instagram

    A matança pegou Paris no começo da temporada de liquidações de inverno, um dos momentos mais importantes para as vendas de roupas e acessórios, e a 15 dias da abertura da semana de moda masculina, que é seguida do glamour da Alta-Costura. Existe um temor que os ataques afetem a percepção de quem viaja a Paris de férias e para fazer compras, especialmente os chineses, que costumam gastar fortunas na cidade.

    O WWD reportou trecho de uma nota do Exane BNP Paribas (braço de pesquisa do banco) emitido no início desta semana em que um analista aponta que qualquer coisa que impeça as pessoas de viajarem, principalmente epidemias ou ataques terroristas, seria uma grande baixa para o segmento de bens de luxo. Em 2013, os gastos em viagens representaram 37% desse mercado. Além disso, a cidade tem uma grande relevância no setor de luxo. Paris soma 74% do consumo de luxo na França, enquanto Tóquio representa 41% das vendas japonesas. O mercado de luxo francês foi estimado em € 15 bilhões (cerca de R$ 47 bilhões) em 2013, sendo que os turistas representam 60% das vendas.

    No entanto, relatos dão conta de que as vendas nas lojas de departamentos como Galeries Lafayette e Printemps seguiram normalmente na quarta-feira, dia dos ataques, com as usuais filas de ônibus nos arredores. Também havia fila em lojas de grife, incluindo na Chanel.

    Os varejistas foram pegos de surpresa, já que havia muito tempo que Paris não presenciava atos como esse. Em 25 de julho de 1995, uma bomba explodiu na estação Saint-Michel, no coração de Paris, deixando oito mortos. O atentado foi o mais violento de uma série de ações terroristas daquele verão, atribuídas ao Grupo Islâmico Armado.

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