Desde o ano passado rondam boatos sobre uma possível mudança na direção criativa da Chloé. Clare Waight Keller, que dirige a marca desde 2011, poderia não renovar seu contrato. Segundo fontes ouvidas pelo BoF, Keller decidiu não continuar na marca; seu contrato termina em março. O motivo seria porque, desde junho do ano passado, ela está morando em Londres e trabalhando em Paris, além de ser mãe de três filhos. As constantes viagens entre as duas cidades ficaram inviáveis para ela. Antes de assumir a Chloé, Keller trabalhou na Pringle of Scotland, Gucci e Calvin Klein.
Quem deve substitui-la é Natacha Ramsay-Levi, braço direito de Nicolas Ghesquière e diretora de design da Louis Vuitton. Natacha está com Nicolas há mais de 10 anos. Por esse motivo, também surgiram especulações sobre o futuro da Vuitton, uma vez que Ramsay-Levi era peça chave da equipe, com quem os designers e assistentes falavam regularmente, por não terem contato direto com Ghesquière.
Nova direção criativa na Louis Vuitton?
Além disso, boatos internos da moda dizem que Ghesquière pode sair da Vuitton antes de seu contrato terminar, em 2018. Ano passado ele falou à emissora francesa Canal Plus que tem planos para criar sua própria marca, mas não forneceu detalhes. Fontes de recrutamento da moda também dizem que os executivos da LVMH, detentora da label, estão procurando um substituto para o cargo.
Segundo ex-funcionários da LV, a carga horária de trabalho da equipe de design é um fator preocupante. Nos últimos dois anos, a equipe teve alta rotatividade, pois muitos deles têm contratos renováveis de um ou três meses, o que aumenta a carga horária de trabalho e os impede de ter dias de folga ou compensações pelo excesso de tempo.
A nova fase da Chloé
A Chloé é a maior marca de moda do grupo Richemont, que também detém grifes como Azzedine Alaïa e Cartier. Analistas estimam que a maison gera vendas de aproximadamente 400 milhões de euros. A nova direção criativa aponta novos – e diferentes – caminhos para a casa, uma vez que as tradicionais silhuetas românticas e fluidas serão substituídas pelo olhar moderno de Ramsay-Levi, que inclui uma predileção a tecidos grossos, como o couro e os sintéticos. Segundo Johann Rupert, presidente da Richemont, a Chloé teve uma taxa de crescimento de dois dígitos, em grande parte impulsionada pelo couro e a popularidade da bolsa Drew and Faye.
A marca ainda não divulgou nenhum comentário oficial.