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    O que você precisa saber sobre o desfile Verão 18 da Maison Margiela
    Maison Margiela Verão 2018 ©Reprodução
    O que você precisa saber sobre o desfile Verão 18 da Maison Margiela
    POR Redação

    Por Luísa Graça

    A inspiração

    Passatempos glamorosos – voar de avião, tratamentos em spas, cavalgar, caçar. O ato de viajar, “um glamour inconsciente”.  Partindo desse ponto, John Galliano criou o Verão 18 da Margiela olhando para os momentos em que nos vestimos sem prestar tanta atenção no que estamos vestindo ou em códigos de moda. Uma toalha em volta da cabeça, um casaco que colocamos por cima do pijama, grampos prendendo a franja, um travesseiro em volta do pescoço que usamos num avião. E teve tudo isso no desfile. “Estamos nos apropriando do inapropriado”, comentou o estilista durante o preview. “Uma mulher sente falta daquele rush de açúcar [de tempos mais glamorosos], então, ela veste coisas que são inapropriadas e sai assim à noite”.

    ©Reprodução

    ©Reprodução

    A coleção

    Num cenário todo branco, no Grand Palais, o desfile começou com uma trilha familiar a jet setters e turistas: os anúncios de alto-falantes de aeroportos. E assim foi dado o tom da coleção. Dando continuidade ao seu trabalho de desconstrução que vimos há pouco tempo na linha couture, Galliano reinventa e ressignifica itens do guarda-roupa feminino, como o trench coat e a camiseta branca, brincando com proporções, tecidos e técnicas de corte como a decortiqué. Uma jaqueta vermelha, tradicional a quem pratica caça, virou vestido e também bustiê sobrepondo-se a um casaco, por exemplo.

    margiela

    Os acessórios

    Aproveitando-se do universo dos aeroportos, Galliano tornou tags de malas usados pelas companhias aéreas sinalizando “prioridade”, “cabine” ou até mesmo a etiqueta com códigos de barras com os dados do passageiro e vôo em golas de camiseta, prendedor de cabelo ou adereços meramente estéticos pendurados em jaquetas, calças e bolsas. A nova bolsa da marca, chamada Glam Slam e toda feita em couro branco de carneiro, apareceu na passarela nos braços das modelos, como se carregassem um travesseiro – e, de fato, a bolsa emula um travesseiro mesmo, tamanha a engenhosidade do design. Além disso, algumas modelos apareceram ainda com aquela almofada de viagem pendurada no pescoço e as botas, meio western futurista glam, devem virar febre.

     

    A beleza

    Toucas de natação e grampos prateados grandes cobriam a cabeça de algumas modelos, assim como pedaços de penas trançando os fios de cabelo úmido delas. A maquiagem, assinada por Pat McGrath, tinha algo de bem frescoroso, com pele luminosa e batom rosa super vibrante, bem delineado e com acabamento fosco, mas com “falhas” no meio do desenho, remetendo à maquiagem do último desfile de couture da Margiela.

     

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