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    O top 10 da moda: as estrelas, os escândalos e as controvérsias
    O top 10 da moda: as estrelas, os escândalos e as controvérsias
    POR Redação

    2011 em fatos (e fotos) ©FFW

    2011 foi um ano marcado por grandes acontecimentos na moda internacional e também aqui no Brasil. O mercado fashion, muitas vezes considerado um universo à parte, repercutiu manchetes nos mais variados meios de comunicação do globo e rompeu barreiras culturais, econômicas e até de gênero.

    O FFW reuniu os dez eventos mais impactantes do ano e fez uma retrospectiva da moda em 2011. Confira abaixo:

    INTERNACIONAIS

    1. John Galliano fora da Dior

    John Galliano ©Reprodução

    Em fevereiro de 2011, John Galliano, estilista da Christian Dior e de sua marca homônima, apareceu bêbado em um vídeo proferindo insultos antissemitas e até dizendo amar o ditador nazista Adolf Hitler. A notícia ganhou as primeiras páginas de jornais e sites do mundo todo e, para tentar abafar o caso e evitar grandes perdas econômicas, a LVMH, grupo detentor das grifes comandadas por Galliano, suspendeu o designer inglês, demitindo-o pouco depois.

    Após 14 bem-sucedidos anos com John Galliano, a Dior ficou sem rumo e uma série de boatos sobre novos diretores criativos têm surgido mensalmente na internet e nas revistas de moda: Marc Jacobs, Ricardo Tisci, Alexander Wang e, mais recentemente Raf Simons – todos foram citados como possíveis novos estilistas da marca francesa. Enquanto as especulações continuam e nenhuma confirmação acontece, a Christian Dior continua sendo um dos assuntos mais falados internacionalmente e Bill Gayten, ex-assistente de Galliano, permanece à frente da marca (apesar de suas coleções não terem recebido boas críticas da imprensa).

    2. A ascensão de Sarah Burton 

    Kate Middleton, de Alexander McQueen ©Reprodução

    Sarah Burton, que assumiu a marca Alexander McQueen após o falecimento de seu fundador, teve em 2011 o seu ano de sorte. Além de ter agradado os críticos em todas as coleções que lançou, foi escolhida por Kate Middleton para criar seu vestido de noiva no casamento mais assistido da década. Em 29 de abril, a agora duquesa de Cambridge entrou para a monarquia britânica sob o olhar de espectadores do mundo inteiro. A opção de Kate elevou a Alexander McQueen ao pódio das grifes mais desejadas e colocou a moda inglesa de volta ao mainstream. Burton, inclusive, ganhou o “British Fashion Awards” de 2011 na categoria de designer do ano. Ela também esteve por aqui, para participar do seminário Hot Luxury, em São Paulo.

    3. Carine Roitfeld deixa a “Vogue” Paris

    A ex-editora da “Vogue” Paris, Carine Roitfeld ©Reprodução

    Depois de uma década como editora-chefe da “Vogue” francesa, Carine Roitfeld se demitiu abrindo espaço para que Emmanuelle Alt, sua então assistente, ocupasse o posto. O resultado da mudança apareceu na edição de março da revista e, mesmo com Gisele Bündchen na capa (uma escolha previsível, aliás), as páginas da “Vogue” ficaram menos brilhantes e mais conservadoras. Neste ano, Carine também lançou um belíssimo livro, “Carine Roitfeld: Irreverent”, investimento certo para qualquer amante de moda.

    4. Christophe Decarnin deixa a Balmain

    Christophe Decarnin ©Reprodução

    Não bastasse o frisson que a saída de John Galliano causou na Semana de Moda de Paris, a Balmain também surpreendeu ao final de seu desfile de Outono 2011 com a inexplicada ausência do estilista Christophe Decarnin. Após muitos boatos de que o francês havia sido internado em consequência de uma crise nervosa, a marca lançou um comunicado informando que Decarnin estava afastado já há alguns meses e que a coleção apresentada em Paris tinha sido desenvolvida por sua equipe de criadores e pela stylist Melanie Ward. O cargo de Decarnin foi posteriormente ocupado por seu assistente, Olivier Rousteing.

    5. Lea T., Andrej Petjc e Zombie Boy: modelos fora do padrão

    Zombie Boy, Andrej Pejic e Lea T. ©FFW

    2011 foi o ano em que a indústria da moda decidiu abraçar modelos considerados “fora do padrão”. A transexual brasileira Lea T. e o andrógino Andrej Pejic subverteram a barreira do gênero e viraram queridinhos de grifes e editoras internacionais. Já Rick Genest, mais conhecido como Zombie Boy, foi descoberto acidentalmente por Nicola Formichetti, stylist de Lady Gaga e atual diretor criativo da Mugler, e emplacou campanhas publicitárias da inúmeras marcas, como a brasileira Ausländer.

    6. O casamento das Kates (Middleton e Moss)

    Príncipe William e Kate Middleton e Jamie Hince e Kate Moss ©Reprodução

    O Reino Unido foi o centro das atenção do mundo quando o Príncipe William, filho da Princesa Diana e herdeiro do trono inglês, subiu ao altar com a plebeia Catherine Middleton em abril de 2011. O casamento, verdadeiro evento cultural e turístico, foi assistido por milhares pessoas no mundo inteiro – inclusive no Brasil.

    Outro matrimônio britânico chamou a atenção do mundo da moda e das celebridades: Kate Moss e Jamie Hince se uniram em julho numa cerimônia que durou três dias e teve convidados como Dahpne Guinness, Carine Roitfeld, Marc Jacobs e Paul McCartney. Mario Testino fotografou todo o “evento” com exclusividade para as páginas da “Vogue” americana e o vestido da noiva foi confeccionado por John Galliano, já fora da Dior.

    7. A ascensão de novos ícones

    Lady Gaga, Dakota Fanning, Florence Welsh, Elle Fanning e Rooney Mara ©FFW

    Lady Gaga, Florence Welsh, Rooney Mara, Hailee Steinfeld, Dakota e Elle Fanning. Todas super jovens e já consideradas ícones de estilo, algumas sendo até “adotadas” por grandes marcas – Lady Gaga virou musa da Mugler, enquanto Florence Welsh se divide entre a Chanel e a Gucci, Hailee Steinfeld é rosto da Miu Miu e as irmãs Fanning abocanharam campanhas da Marc Jacobs.

    8. Parcerias de sucesso entre grandes maisons e empresas fast fashion

    Campanhas da Missoni para a Target e Versace para H&M ©Reprodução

    Missoni para TargetVersace para H&M, Karl Lagerfeld e Giambattista Valli para a Macy’s foram algumas das parcerias entre estilistas/marcas e redes de fast fashion mais bem sucedidas de 2011. Esse modelo de negócios, chamado co-branding, virou febre no mercado de moda desde 2004, quando a sueca H&M convidou o estilista da Chanel, Karl Lagerfeld, para assinar uma coleção de preços acessíveis.

    9. Exposições de “luxo”

    Peças de Alexander McQueen expostas no MET ©Reprodução

    2011 foi o ano das grandes exposições de moda. O Metropolitan Museum of Art (MET) organizou uma grande retrospectiva do trabalho do criador Alexander McQueen, falecido no começo de 2010, chamada “Savage Beauty”. A mostra trouxe cerca de 100 peças pertencentes a todas as fases de McQueen, incluindo itens da época da Givenchy e até de sua coleção de formatura na Central Saint Martins (comprada por Daphne Guinness do acervo da lendária editora Isabella Blow).

    Hussein Chalayan e Marc Jacobs também ganharam exposições, ambas no Les Arts Décoratifs, instituição que faz parte do Musée de La Mode et du Textile du Louvre, em Paris. Já Valentino e Gucci criaram suas próprias “mostras”: a primeira lançou um acervo virtual contendo peças criadas pelo estilista italiano desde o início de sua carreira e, a segunda, em comemoração aos 90 anos da marca, abriu um museu que ocupa três andares do Palazzo della Mercanzia, em Florença.

    10. Campanhas publicitárias sendo banidas no Reino Unido

    Campanhas banidas: “Oh, Lola”, da “Marc Jacobs” e “Miu Miu” ©Reprodução

    O ASA (“Advertising Standards Authority”), órgão que regulamenta e controla as campanhas publicitárias do Reino Unido, teve trabalho em 2011. Depois de receber inúmeras reclamações, a instituição decidiu banir a propaganda do perfume “Oh, Lola!”, da “Marc Jacobs”, que apresenta a atriz de 17 anos Dakota Fanning posando com um frasco do perfume entre as pernas. Logo após, o ASA proibiu também a veiculação da campanha da Miu Miu, que trazia Hailee Steinfeld sentada em trilhos de trem, o que foi considerado “irresponsável”. Ainda se seguiram vários “banimentos”, como, por exemplo, dos anúncios para internet do desodorante masculino Lynx (que se chama “Axe” no Brasil) por considera-los “sexy demais” e da marca britânica de biquínis Drop Dead, por considerar a modelo das fotos “magra demais”.

    NACIONAIS

    1. O Brasil entra na “onda” das parcerias

    Campanha da parceria entre Stella McCartney e C&A ©Reprodução

    Não foi só no mercado internacional que as parcerias entre redes de fast fashion e grandes estilistas/marcas de luxo “bombaram”. No Brasil, a C&A se uniu à estilista inglesa Stella McCartney, à brasileira Carina Duek e a super top Gisele Bündchen para lançar coleções exclusivas e de preços “acessíveis”. A Riachuelo também não ficou de fora e investiu em colaborações com Cris Barros, Pedro Lourenço, André Lima, Huis Clos, Maria Garcia, Martha Medeiros e Juliana Jabour.

    2. International Herald Tribune organiza seminário de luxo no Brasil

    Suzy Menkes, que comanda o Hot Luxury ©Reprodução

    O Hot Luxury, evento organizado pelo IHT e mediado por Suzy Menkes, aconteceu em São Paulo trazendo ao país grandes personalidades da moda, como Sarah Burton, Diane von Furstenberg, Christian Louboutin, Mario Testino, Carolina Herrera, além de CEOs de empresas multinacionais. O seminário tem como objetivo discutir o mercado de luxo, especialmente nos países emergentes, e acontece anualmente.

    3. Chegada da “Harper’s Bazaar” ao Brasil

    Capas de novembro e dezembro da “Bazaar” brasileira ©Reprodução

    A revista estreou nacionalmente em novembro com uma edição que reuniu colaboradores como Gisele Bündchen e Terry Richardson. O título, trazido ao Brasil pela Carta Editorial sob a direção de Patrícia Carta e editoria de Maria Prata, promete ser mais uma opção para o leitor fashionista. Relembre a entrevista de Patricia Carta, diretora da Carta Editorial.

    4. Fim da “Última Moda” na Folha

    Último post da “Última Moda” ©Reprodução

    A coluna da jornalista Vivian Whiteman foi cortada pela Folha, que deixou a moda de lado mais uma vez em suas páginas virtuais e reais.

    5. “A dança dos estilistas”

    Ana Magalhães, ex-Maria Bonita Extra ©Reprodução

    Mais uma coincidência do panorama nacional com o internacional: marcas importantes de moda optaram pela saída de estilistas com nome estabelecido para criar equipes colaborativas e sem nomes de destaque. No Brasil, é fácil lembrar da Maria Bonita Extra, que “perdeu Ana Magalhães”, e da Redley, que dispensou o americano Sandy Dalal.

    6. Super profissionais da moda visitam o Brasil

    A stylist Arianne Phillips e o estilista Phillip Lim ©Reprodução

    Stella McCartney, Tim Blanks, Cecilia Dean, Sarah Burton, Phillip Lim e Arianne Phillips foram só alguns que passaram pelo Brasil em 2011. Stella veio para o lançamento de sua coleção em parceria com a C&A, Tim passou pelo MAM para divulgar um perfume, Cecilia para exibir a 61º edição da “Visionaire”, patrocinada pela agência brasileira Africa, Sarah Burton para o Hot Luxury e Lim e Phillips para o Pense Moda.

    7. Marcas de luxo desembarcam em solo brasileiro

    Loja da Prada no Shopping Cidade Jardim ©Reprodução

    Prada, Bottega Veneta, Kate Spade, Sephora, Burberry Prorsum (esta última reativou seus negócios no país). Muitas grifes de peso chegaram ao país em 2011 e já deram sinal verde de que pretendem se estabelecer no Brasil. Miu Miu, Yves Saint Laurent e Topshop já estão previstas para abrir no Shopping JK, que inaugura no primeiro semestre de 2012 em São Paulo.

    8. O “Caso Zara”

    Logo da Zara ©Reprodução

    Em agosto de 2011, uma reportagem do programa “A Liga”, da TV Bandeirantes, mostrou as condições de trabalho irregulares de trabalhadores em uma oficina de costura em Americana, interior de São Paulo, que produzia peças de roupa para a Zara, do grupo espanhol Inditex. A notícia repercutiu no Brasil e no exterior e, em dezembro, a marca assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho comprometendo-se a investir R$ 3,4 milhões em ações de caráter preventivo e a responsabilizar-se caso algum de seus fornecedores ou empresas terceirizadas voltem a empregar trabalhadores de forma irregular.

    9. Exposição de Inez van Lamsweerde e Vinoodh Matadin na SPFW

    Inez van Lamsweerde e Vinoodh Matadin ©Reprodução

    A dupla de fotógrafos holandeses veio ao Brasil em junho de 2011 para abrir a exposição “Pretty Much Everything”, que foi montada especialmente para a SPFW. O casal, que assina algumas das melhores campanhas e os ensaios mais lindos já vistos, passou uns dias em São Paulo, assistiu a desfiles e recebeu os “fãs” com simpatia. Após a SPFW, a mostra ainda ficou aberta ao público, com entrada gratuita.

    10. Os novos rumos da Blue Man

    Campanha da Blue Man com a modelo Léa T. ©Reprodução

    Sharon Azulay, filha do fundador da Blue Man, David Azulay, morto em 2009, tomou em setembro passado as rédeas dos negócios e a direção de imagem da marca, enquanto Thomaz Azulay, primo de Sharon e filho de Simon Azulay, fundador da Yes Brazil, assumiu o estilo. Com a direção dos dois jovens, a grife de beachwear está cada vez mais em alta e com espírito renovado, como mostra a campanha passada com a modelo trans Lea T. e Marlon Teixeira. O desfile que marcou o retorno da marca ao Fashion Rio foi emocionante.

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