MC Frontalot, artista do gênero Nerdcore Hip Hop ©Reprodução
Quando se discute música, inevitavelmente classificamos o gosto com gêneros, seja rock, samba, clássico, blues ou eletrônico. Obviamente por estes serem genéricos demais, a legião de fãs e entusiastas musicais sentem a necessidade de dar um nome especial às minúcias daquele blues eletrônico com gaita de fole em ritmo de forró. Mas enquanto imaginamos que tudo tem um limite, o website do New Music Express surge com uma lista dos dez estilos mais ridículos que eles encontraram. A lista do wikipedia conta com 1023 nomes de subgêneros, sendo que somente três da lista da “NME” aparecem por lá. Definitivamente a palavra “música” irá precisar de uma profunda reflexão sobre seu significado depois de tudo isso. Abaixo nossos comentários sobre cada um desses instigantes estilos musicais.
Illbient
Ill + Ambient = Ambiente dos doentes? Não necessariamente. A definição de ill vem da gíria hip hop, onde tem um significado positivo, mais próximo de “chapado”, no caso. Longe de parecer com “Confortably Numb”, o som deste estilo é mais uma mistura de dub com batidas de hip hop e jazz em uma composição instrumental para ambientes. De certa forma, um precursor de algumas faixas do “Kid A” (2000) do Radiohead.
Byzar – Rystop:
Lowercase
Talvez a melhor maneira para definir este estilo seja como uma analogia musical da cena da filmagem da sacola de plástico voando ao vento em “Beleza Americana” (1999). Assim como a Illbient, trata-se de outro gênero de música ambiente, porém neste caso são minutos sem fim de sons de papéis sendo amassados, objetos caindo, sinos e outros elementos minimalistas. Uma ode a “4’33” de John Cage?
Steve Roden – Bell Is the Truth:
Nintendocore
Como o nome sugere, este gênero é um fruto direto da exposição excessiva aos videogames noventistas. Em resumo, sons de jogos noventistas, como Zelda e Mario Bros, são adicionados a qualquer música e voilá, tem-se o Nintendocore.
Compilação de 10 músicas de Nintendocore:
IDM (Intelligent Dance Music)
De certa forma, uma maneira levemente arrogante de fazer psy trance, house ou qualquer outra música eletrônica e a chamar de melhor do que as outras.
Compilação de algumas músicas IDM:
Nerdcore Hip Hop
Se Woody Harrelson mostrou que homens brancos conseguem enterrar (no filme “Homens Brancos Não Sabem Enterrar”, de 1992) e Eminem, os Beastie Boys e outros mostraram que também conseguem fazer hip hop, então chegou a vez da geração nerd – primos em 1° grau daquela do nintendocore – mostrar que também consegue fazer o mesmo, só que contando sobre hobbits, elfos e afins.
Trailer do documentário Nerdcore for Life:
Funeral Doom
Quando se está no fundo do poço, há sempre alguém que consegue cavar mais. Qualquer um que já tenha se chamado de metaleiro, ou mesmo que conheça um, conhece as inúmeras vertentes que surgem em discussões sobre bandas. “Porque este som é quase um Death Metal, porém mais melódico e agressivo, com um toque de música clássica e letras evangélicas”, logo nasce algo como Death Opera Speed White Metal. O Funeral Doom é somente mais um para a lista.
Demise – Funeral:
Viking Metal
Com a mesma procedência do gênero anterior, o Viking Metal abrange qualquer heavy metal melódico com influência da música celta que contenha letras sobre reis, guerreiros e conquistas reais ou fictícias dos povos nórdicos.
Einherjer – The Ballad of the Swords:
Pirate Metal
Julgamos desnecessária uma explicação.
Running Wild – Under Jolly Roger:
Danger Music
O nome é praticamente autoexplicativo. Música que remeta a sensação de perigo. Com barulhos ensurdecedores e perturbadores feitos para causar desconforto. Como a NME descreveu, “a típica música para se escutar em um domingo à tarde”.
HANATARASH:
Pornogrind
O pornogrind seria o filho adolescente – e entrando na puberdade – do grindcore, que é a linhagem mais extrema do heavy metal, com vocais graves, instrumentos agressivos e rápidos, sem nenhuma pretensão harmônica ou melódica. O conteúdo das letras é autoexplicativo.
Cock and Ball Torture – Poon Tang Clan: