Os experimentos de Iris Van Herpen
Difícil escolher um look apenas para inserir aqui (por isso, vale navegar pelo desfile da estilista holandesa, uma das mais inovadoras da cena atual). Desta vez ela explora o mundo da biologia sintética, olhando para a convergência entre biologia e tecnologia e trazendo para o processo artistas e cientistas. “Para esta coleção, observei atentamente as minúcias do voo das aves e as formas intrincadas do movimento das asas. Os artistas do Studio Drift e o cientista Jules Marey me inspiraram a olhar mais de perto o drapeado de uma peça de roupa através da cronofotografia (meio de análise do movimento por meio de fotografias tiradas sucessivamente com intervalos iguais, que são exatamente as medidas que dão a ilusão de movimento e constituem o fundamento teórico do cinema), diz a estilista em seu site.
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Beleza na Maison Margiela
Há 20 anos Pat McGrath é responsável pelas maquiagens mais deslumbrantes de desfiles e editoriais. Ela fez história ao lado de John Galliano em meados os anos 2000 levando o make de passarela a outros patamares muito além da moda e da arte. No video acima, ela mostra alguns dos looks da Maison Margiela.
As nômades da Margiela
John Galliano criou tecno nômades para a Maison Margiela em um desfile que foi chamado de épico. Aqui nós explicamos tudo sobre ele.
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“Hair moment” na Valentino
Certamente o cabelo mais absurdo da temporada, assinado por outro top da beleza, o cabeleireiro Guido Palau. Ao todo, 7 modelos do desfile surgiram na passarela com este cabelo anos 60, incluindo Vittoria Ceretti (foto acima), Fran Summers, Kaia Gerber e Rachel Marx. Palau contou com a ajuda do colorista Josh Wood que descreveu os detalhes do processo: foram usadas 50 perucas que passaram por 250 processos de coloração, necessitaram de 150 horas de preparo com 11 pessoas no time.
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A entrada triunfal de Kaia Gerber
Em mais uma bela coleção, Pierpaolo Piccioli inseriu o desfile da Valentino no top 3 da temporada, mas o look mais comentado e compartilhado foi o de Kaia Gerber, gloriosa no vestido chamado Flamingo, feito em organza e bordado com plumas rosas.
Novo requinte na Fendi
Com o cerco cada vez mais apertado em relação ao uso de peles naturais, a Fendi teve que ser criativa e propor novas ideias – a marca italiana é conhecida por sempre mostrar muita pele animal em seus desfiles. As peles ainda apareceram, mas desta vez não foram o foco da coleção. O que a marca fez foi criar texturas que se assemelham à pele verdadeira, como aconteceu com o casaco que abre o desfile, feito de tiras de chiffon desgastadas. Mas são os looks como este acima que fizeram os olhos brilhar, com um paetê líquido usado quase como uma segunda pele, trazendo uma visão mais moderna – ainda assim romântica – de um vestido de Alta Costura.
Adut Akech, a modelo da temporada
Quando a sudanesa Adut entrou na Austrália como refugiada aos 5 anos, ela não poderia imaginar que os 18 estaria fazendo história junto as principais marcas de moda do mundo. Sua estreia foi em setembro do ano passado quando fechou o desfile da Saint Laurent. Nesta temporada de Alta Costura, ela desfilou para Givenchy, Fendi, Dior, Valentino e Chanel – os últimos dois ela fechou. Na Chanel, ela foi a escolhida para ser “a noiva”, o último look do desfile e a modelo que depois agradece de mãos dadas com Karl Lagerfeld. Adut foi apenas a segunda modelo negra a entrar nessa posição na Chanel, o que resultou num post emocionado de Adut. Mas um comentário de Alexandra Loras traz a modelo de volta para a terra: “Karl Lagerfeld foi verbalmente racista em relação a Virgil Abloh, que é negro. Karl não teve escolha a não seu colocar uma noiva negra. De novo ele foi salvo, mas não vamos esquecer que ele não é um fã da diversidade. Ele teve a chance de usar modelos negras pelos últimos 50 anos como um líder na moda, mas não o fez. Não se deixe enganar por isso, por favor”.
Desfilão da Givenchy
Em seu desfile pós casamento real, a designer britânica Clare Waight Keller escolheu os jardins do Archives Nationales, onde montou uma passarela espelhada. As modelos desfilaram ao som de Moon River cantada por Audrey Hepburn. Um momento de delicadeza e beleza.
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Um salve ao ateliê da Givenchy
Vale destacar o trabalho dos artesãos do ateliê da Givenchy. Não precisa perder muito tempo olhado para entender o nível de expertise manual que resultou em alguns dos vestidos mais bonitos da temporada.
Cenário da Chanel
O que mais chama atenção no desfile da Chanel não é nem a coleção em si, mas a cenografia. A marca ocupa o Grand Palais e reconstrói uma cena à perfeição, seja um supermercado ou um navio. Desta vez, a “locação” fica às margens do rio Sena, incluindo as tradicionais barracas verdes de livros.
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Volumes de Giambattista Valli
Os momentos dos vestidões na passarela de couture de Giambattista Vali já são conhecidos – e esperados. Aqui um dos momentos mais bonitos.