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    Stylesight: fique por dentro das próximas direções do mercado de luxo
    Stylesight: fique por dentro das próximas direções do mercado de luxo
    POR Redação

    Cerca de 40% da classe alta nos EUA e Europa prefere alugar uma ilha por um fim de semana ao invés de desfilar com um novo produto de ponta ©Reprodução

    O mercado de luxo nunca deixará de estar em alta. Enquanto existir uma classe com poder aquisitivo para obter os mais finos e caros produtos disponíveis, não há crise econômica que possa deter o seu crescimento. Mas o que estes consumidores de luxo irão procurar nos próximos anos? O StyleSight.com publicou um relatório que indica o caminho que as empresas devem seguir.

    No que diz respeito aos números, o Luxury Institute prevê um aumento de US$ 26,6 bilhões nas compras em 2012, sendo que os setores mais privilegiados serão os de viagem (18%), tecnologia (16%), automóveis (11%) e aviões particulares (12%). No entanto, o feijão com arroz não irá mais segurar toda essa clientela. As empresas precisarão mudar o seu comportamento e mais que isso: o propósito dos produtos.

    Valores fundamentais

    Aparentemente estamos em uma época de ressaca do boom tecnológico ocorrido dos anos 90 e 00, quando nos vimos atropelados por uma incessante manada de produtos efêmeros, quase que descartáveis pelo surgimento de seus novos modelos, seja na indústria automobilística, como na informática ou até mesmo na moda. A constante necessidade pela inovação às vezes ia em sentido contrário ao prático, útil e agradável. São esses os valores que o novo consumidor de luxo procura em seus produtos, ou se pudermos resumir em uma palavra, procuram um significado.

    Volta às origens: o conhecimento sobre como uma peça foi feita dá o valor essencial para os produtos de luxo hoje em dia ©Reprodução

    Não importa mais o que os produtos são capazes de fazer, mas sim as suas origens, tanto pela questão da atenção envolvida na criação, como ao fazer uma bolsa da Gucci, quanto pela questão social. De acordo com as pesquisa do StyleSight, 80% dos americanos dizem que provavelmente trocariam um produto por outro de mesmo preço e qualidade se a marca deste apoiar alguma causa social, sendo que 19% destes aceitariam até pagar mais caro por isso. Kavita Parmar, fundadora do projeto IOU, diz que “se uma pessoa vê o processo e as pessoas envolvidas, elas dão outro significado ao produto”. Em seu projeto, o consumidor consegue acompanhar todo o processo de criação artesanal da roupa, desde as mãos do tecelão até a chegada do produto em sua residência.

    O futuro do luxo

    Em um momento em que o marketing está completamente voltado para a internet e redes sociais, a indústria do luxo não poderia ficar de fora. Em 2010, o aumento das vendas online de artigos luxuosos foi de 20%, sendo que 91% dos consumidores querem ver suas marcas presentes na internet. Cerca de 80% das pessoas de classes abastadas usam a internet diariamente e 95% dos que possuem uma renda anual de mais de US$ 1 milhão fazem suas compras online.

    Apesar de preferirem o contato pessoal com os vendedores, 95% da classe alta fazem suas compras online ©Reprodução

    Um estudo sobre o mercado revelou que a publicidade em massa pela internet gera uma sensação de distanciamento entre as empresas e seus compradores. Temos aqui uma perda de uma intimidade com os vendedores. O que o novo consumidor procura é um contato pessoal que possa esclarecer suas dúvidas e não somente um twitter que publique mensagens impessoais.

    Usando a tecnologia oferecida pelos tablets e smartphones, as marcas procuram disponibilizar online todas as informações possíveis sobre seus produtos, mas não só para o público pagante. Ao chegar em um loja em que um funcionário possui todas os detalhes de um produto, isso faz com que o comprador se sinta confiante, algo que não acontece geralmente com as marcas voltadas para as massas.

    Imagem da campanha para o “Eau de Parfum”, da Bottega Veneta ©Reprodução

    Outro ponto importante é perceber as necessidades e desejos da nova geração. A primeira fragrância da Bottega Veneta, “Eau de Parfum”, teve um vídeo online como meio para atingir o público jovem. A Chanel também fez um vídeo online para a sua campanha no Outono 2011, assim como a Burberry, que é conhecida por sempre disponibilizar seus desfiles ao vivo na internet. Em outro exemplo, em 2009, a Ralph Lauren Rugby produziu um desfile exclusivamente online, em que os telespectadores podiam comprar as roupas em tempo real. Como resultado, as vendas da marca aumentaram em 34% naquela temporada.

    Luxo atencioso e repensando o prestígio

    Antes da crise, o mercado de luxo vinha com o logo “muito nunca será o suficiente” estampado nos preços, como em um subtítulo de algum filme do James Bond. Agora há uma nova consciência no ar, que diz que o “menos é mais”. Em vez de iates e roupas extravagantes, o novo consumidor prefere comprar algo que possa melhorar a sua vida pessoal. Novamente, algo com significado. Acabou-se a era da ostentação, assim como a compra como esporte. As pessoas irão repensar se realmente precisam de um produto antes de comprá-lo e chegarão à conclusão de que preferem passar um tempo de qualidade com os amigos e família, ou consigo mesmos através das artes.

    Os hotéis e serviços de spa estão cada vez mais focando suas energias em procurar saber o que cada cliente deseja, em vez de supor os desejos do público geral. Com relação aos outros setores, Nicole Newman, diretora de desenvolvimento da Opera Nacional Inglesa, diz que está recebendo inúmeras propostas de empresas para a compra de convites especiais, com direito a visita aos camarins e um contato com os atores. Esse tipo de iniciativa, diz Newman, “permite às empresas criarem uma conexão emocional com seus clientes”.]

    Parafuso de ouro 24 quilates da Droog – um exemplo do luxo invisível, contrapondo com antiga ostentação ©Reprodução

    Exemplificando a cultura contra a ostentação, cerca de 68% dos consumidores dizem que não querem mais um número excessivo de detalhes em seus produtos, como é no caso da coleção Verão 2012 da Hermès, criada por Christophe Lemaire. Em contraste com o design mais energético de Jean-Paul Gaultier, a nova coleção da marca trouxe algo que é “rico e simples, algo que é fácil de colocar, fácil de usar e que remete a viagens”, de acordo com o estilista atual. Outro exemplo surge com o design de um prego feito de ouro 24 quilates da Droog, em que o luxo está justamente na funcionalidade e não na demonstração de riqueza. De acordo com Renny Ramakers, cofundador da marca, o luxo na verdade é o que está escasso, como a atenção, o silêncio, ar puro e um estilo de vida mais calmo. O executivo John Kwok gastou milhares de dólares em um tradicional casaco chinês da loja Shangai Tang, e explica que “você não consegue encontrar nada parecido nas lojas internacionais; não diz respeito ao preço, mas sim à disponibilidade”.

    Tempo é precioso

    De todos os produtos citados, há apenas um que o dinheiro não pode comprar: o tempo. O luxo moderno é na verdade sobre o quão bem você gasta o seu tempo, seja aprendendo uma nova língua, apreciando um artesanato ou passando um feriado com a família. Como Tom Ford cita em entrevista ao “Telegraph”, “a vida sem o Blackberry seria maravilhosa – eu compraria isso”.

    Sem horário fixo para entrar ou sair, o Hotel Corinthia em Londres se destaca de outros até mais grandiosos ©Reprodução

    O Hotel Corinthia em Londres adaptou sua escala de check-ins para proporcionar este conforto extra aos seus hóspedes. Não há mais horário fixo de entrada ou saída, tirando assim o stress de ser obrigado a sair em um determinado momento. No spa do mesmo estabelecimento, eles também oferecem tratamentos simultâneos. Desta forma, têm-se o equivalente de um relaxamento de quatro horas realizado em apenas duas.

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