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    Pense Moda 2010: os impactos das marcas de luxo no mercado nacional
    Pense Moda 2010: os impactos das marcas de luxo no mercado nacional
    POR Redação

    Colaborou Stephanie Noelle

    O impacto da chegada de grandes grifes no mercado de luxo nacional foi tema da mesa de discussão que abriu o 2º dia do Pense Moda. Com medição da editora da revista Elle, Giuliana Cury, estavam ali presentes Natalie Klein, proprietária da NK Store e parceira da grife Marc Jacobs no Brasil; o empresário e designer Alexandre Birman, da marca que leva seu nome e integrante do Grupo Arezzo; Daniela Cecilio, diretora no Brasil do site de e-commerce Farfetch; Fernando Pimentel, diretor superintendente da ABIT (Associação Brasileira da Industria Têxtil); Richard Barczinski, diretor de Retail da JHSF, concessionária da Hermés no Brasil, e Rosangela Lyra, diretora da Dior no Brasil.

    Falou-se sobre os altos impostos de importação _”que podem chegar à 108%”, segundo Klein_, sobre as vantagens de se comprar aqui (leia-se parcelamento e garantias), sobre como o e-commerce é um facilitador para entrada das marcas internacionais, e também de como a expansão desse setor tem sido mais cautelosa quando em comparação com outros países.

    Geral Mesa (51)

    >> O que o FFW pensa:

    Sobre a entrada cautelosa:

    O FFW já havia comentado algumas vezes sobre o potencial do mercado de luxo brasileiro para as grandes grifes deste setor. O favorável cenário econômico _resultado de um clima político e social razoavelmente estável_, o crescimento da classe média e o aumento da renda nacional são apenas alguns dos fatores que fizeram de nossas terras brasilis um grande atrativo para os gigantes do luxo internacional.

    Assim, foi extremamente interessante ouvir de alguns dos principais players desse setor no país sobre a cautela das grifes internacionais em se firmar em solo nacional. “Não vamos ser como a Rússia”, afirmou Natalia Klein, para explicar que as marcas de luxo não irão abrir várias lojas em diferentes pontos, e sim, ir crescendo aos poucos.

    Sobre o e-commerce:

    O terreno ainda é pouco explorado quando se fala em e-commerce no Brasil, até mesmo por razões culturais. O FFW acredita que o consumidor brasileiro ainda não tem o hábito de comprar on-line por uma série de fatores. Da falta de proteção à compra on-line, aos problemas de numeração, passando pelo fato de não haver possibilidade de devolução de mercadoria em muitos dos casos, até questões tecnológicas como a conexão precária, sem contar a ausência da experiência sensorial.

    Contudo, não há como negar que é um segmento extremamente importante e de imensa abrangência. Muito mais do que uma simples loja virtual, os sites de e-commerce podem proporcionar uma verdadeira experiência de consumo, podendo oferecer um envolvimento com o consumidor muito maior do que uma simples visita à loja.

    Sobre a alta taxa de importação:

    O FFW concorda que os impostos sobre as mercadorias importadas são de fatos excessivos e em alguns casos até mesmo indevidos _vide pagar IPI sobre um produto que sequer foi produzido pela indústria nacional. Porém, enxergamos aí uma certa forma de proteção ao mercado interno e as pequenas marcas nacionais, que poderiam se ver extremamente prejudicadas por uma repentina invasão estrangeira. O assunto é delicado e merece ser analisado com cautela e responsabilidade para que ambos os lados não sejam prejudicados.

    Sobre a palestra em geral:

    Sentimos falta de uma abordagem mais ampla sobre os impactos do mercado de luxo, não só nesse segmento como no mercado de moda como um todo. Só como exemplo, depois que a Diesel chegou no Brasil, o preço médio das calças jeans sofreu considerável elevação.

    Por mais que não se possa falar em concorrência direta, é impossível negar que a chegada das grandes marcas internacionais como Chanel, Hermès e outras mais, não causem mudanças na indústria nacional. Como disse Alexandre Birman, “a chegada dessas marcas estimula o desejo de consumo”, mesmo por quem não irá consumir tais marcas.

    >> O que os convidados pensam:

    Doris Bicudo (editora da revista RG): Essa entrada só tem pontos positivos, especialmente porque alavancam as marcas de luxo brasileiras (que embora tenham dito na mesa que não existam, elas existem sim), como Reinaldo Lourenço, Gloria Coelho, Maria Bonita e a própria NK Store, que são “de luxo” porque possuem essa preocupação com o “especial” para o cliente. Mas é claro que afeta as marcas brasileiras, sempre.

    Jussara Romão (jornalista e editora de moda): Evidentemente estimula o mercado brasileiro a repensar, pois quando sozinho você se acomoda. O mercado internacional ensina o consumidor a enxergar um produto bom, e incentiva o nosso mercado a criar, pois antes vivíamos praticamente de cópia. Portanto, estimula o design brasileiro, e especialmente marcas que tem identidade do Brasil, como Isabela Capeto, Adriana Barra e Martha Medeiros, que são marcas que representam o Brasil. Outras marcas também muito boas, como Osklen e Alexandre Herchcovitch, já possuem uma imagem internacionalizada, e não tanto com a identidade brasileira, que traz o artesanato e o trabalho manual, por exemplo. Acho que esse caminho é o grande futuro da moda do Brasil.

    + Veja a cobertura completa das palestras no blog do evento

    + Veja a transmissão ao vivo das palestras pelo site da Renner

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