A campanha do Peta (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais, na sigla em inglês) contra o uso de couro de crocodilo para a fabricação de bolsas, e que tem como alvo a Hermès, tomou nova proporção. A organização se tornou acionista da grife para ter acesso a reuniões e, assim, poder pressionar a empresa pelo fim do uso de pele de animais. O Peta adquiriu uma cota ao valor de US$ 360 (cerca de R$ 1.240), segundo a “Fortune“.
“Como acionista, o Peta EUA vai trabalhar de dentro para exigir uma proibição definitiva de acessórios feitos de peles de animais exóticos, incluindo bolsas e pulseiras de relógio feitos de couro de crocodilo”, disse Mimi Bekhechi, diretor do Peta no Reino Unido, de acordo com o WWD.
A assembleia-geral anual da Hermès tradicionalmente acontece em maio ou junho.
A ação do Peta acontece logo após a publicação de um documentário em que a entidade denuncia a forma como os crocodilos são criados em abatidos em empresas fornecedoras de matéria-prima para a Hermès. Depois de assistir ao video, Jane Birkin pediu à grife que tire seu nome de um dos modelos mais tradicionais (e caros) de bolsas. A Hermès divulgou comunicado em que afirma que está realizando uma investigação na fazenda que aparece no documentário.