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    PJ Harvey assume faceta política e é criticada em novo disco
    PJ Harvey assume faceta política e é criticada em novo disco
    POR Redação

    pollyPJ Harvey ©Divulgação

    Polly Jean Harvey nunca deu ouvidos à crítica. Sua independência artística foi prioridade ao longo de sua carreira, e permanece em “Let England Shake”, seu nono disco de estúdio lançado neste mês, e o primeiro desde 2007. Se comparado a “White Chalk”, seu último álbum solo _um desvio gótico e focado no piano_, as novas canções parecem recuperar o ritmo. De modo geral, Polly abandonou as trincheiras do rock pesado.

    Não estão aqui as guitarras e sensualidade de seus primeiros discos, “Dry” e “Rid Of Me” ; a atmosfera cinematográfica de “To Bring You My Love” e “Iis This Desire”; tampouco o descompromisso pop de “Stories From The City”. Neste trabalho, PJ se aproxima das colaborações com John Parish, de pegada bluegrass, folk e country.

    Mas a crítica não gostou do tom morno e político de “England Shake”. “Aqui, ela canta em seu tom mais agudo”, disse Sasha Frere-Jones,  da revista New Yorker. “E este não é um som muito agrádável […] O ouvinte encontra um álbum errático e selvagem, que só é promissor pois alguém arrancou PJ do piano”, completa.  As 12 faixas são inspiradas por guerras passadas, nostalgias ufanistas e outros temas da Inglaterra.

    Apostando em um novo tipo de escrita, Harvey compõe poemas complexos que a aproximam de Patti Smith, a quem foi sempre comparada. Logo na primeira faixa, sentencia: “Deixe a Inglaterra tremer/ Pesada em sua morte silenciosa“.  Ainda com o foco na composição, ela acerta em “Glorious Land” e “Words That Maketh Murder”; a primeira é nostálgica, com sample de trompete de fanfarra no fundo. “Qual é o fruto glorioso da nossa nação?/ Crianças órfãs“, reflete. Na segunda, se volta para questões mais recentes: “Por que não levo meus problemas para as Nações Unidas?“.

    Mas nem mesmo toda essa qualidade lírica compensa o pouco charme dos arranjos, a insistente guitarra de som agudo e aquático, a percussão sem vida e a ausência do baixo ruidoso, característico de Polly.

    Ver um artista abandonar sua marca registrada é ao mesmo tempo frustrante e admirável. Mas a ousadia de Harvey permanece intocada. Se em 1993 ela saia na capa da revista NME apenas de soutiã, agora canta versos como “Os dias de alegria da Inglaterra se foram” na TV, em frente a um atônito Primeiro Ministro britânico. Este pode não ser o seu melhor momento, mas é definitivamente o caminho certo.

    Site Oficial: pollyharvey.co.uk

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