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    Por trás da H&M: das parcerias às celebs que apostam no fast fashion
    Por trás da H&M: das parcerias às celebs que apostam no fast fashion
    POR Redação

    gisele_hmGisele Bündchen em campanha para a H&M ©Reprodução

    Se você gosta de moda e vive nesse planeta, as chances da gigante H&M ser uma desconhecida são quase nulas. Mas o nome por trás do grande sucesso da marca talvez seja uma incógnita. Margareta Van Den Bosch é a diretora criativa de uma das maiores redes de fast-fashion do mundo, que empregou 76 mil pessoas e gerou € 13 bilhões em vendas no ano de 2009. Além de números tão grandiosos, a H&M é responsável por grandes histerias no mundo da moda com as coleções em parcerias com grifes do naipe de Lanvin, Karl Lagerfeld e Stella McCartney.

    O “Huffington Post” fez recentemente uma entrevista com a designer, e você lê os highlights aqui. Confira abaixo:

    margaretaMargareta Van Den Bosch, o grande nome por trás do sucesso da H&M ©Reprodução

    Você tem tido uma carreira notável supervisionando a produção de uma marca global como a H&M por quase 24 anos, após trabalhar para marcas de moda na Itália. O que tem mantido você tão fiel à empresa por tanto tempo?

    Eu fiz muitas coisas e tive vários empregos que me forneceram muita experiência inestimável na indústria da moda, antes de eu entrar na H&M. Por 22 anos eu trabalhei como designer de moda e durante 11 desses anos eu morei na Itália. Durante esse período, eu dei consultoria e trabalhei para várias marcas. Quando eu vim para a H&M eu senti que havia muito a ser feito, mas também gostei da atmosfera, e gostei de trabalhar com muitas pessoas diferentes.

    Sua reputação de formidável trabalhadora te precede. Os rumores são que você costumava trabalhar 12 horas por dia enquanto você era diretora de design na H&M. Como sua rotina de trabalho mudou desde que você se tornou conselheira criativa na H&M há dois anos?

    Eu amo a H&M e trabalhar aqui, mas com mais espaço na agenda eu também tive a oportunidade de fazer outras coisas, tanto profissionais quanto pessoais.

    Você comandou uma revolução silenciosa na democratização no mundo das vestimentas trazendo nomes da alta-moda para a moda de rua e desenvolvendo estimulantes e extremamente bem sucedidas parcerias com estilistas. Como essa ideia surgiu e como você escolheu os designers?

    Na H&M nós trabalhamos como um time e nós todos discutimos diferentes ideias entre nós: com quais designers gostaríamos de surpreender nossos consumidores, o que se encaixa em nossas próprias coleções e assim por diante.

    Quão fácil é persuadir personalidades e marcas como Lagerfeld ou Lanvin a trabalhar com H&M e para os chefões da H&M enxergarem os benefícios dessas parcerias?

    Nós enxergamos as colaborações de designers como um processo de fortalecer nossa marca. Ao mesmo tempo, nossa ideia de negócios de oferecer moda e qualidade ao melhor preço dá aos nossos consumidores a oportunidade de comprar itens de estilistas com preço H&M enquanto permite ao designer muito mais foco e atenção ao processo criativo. No final, é uma situação em que todos ganham.

    lanvinCampanha Lanvin <3 H&M, um sucesso estrondoso ©Reprodução

    Parece claro que você dá valor às parcerias de moda com designers famosos e celebridades, mas você prefere evitar ser retratada na imprensa como uma celebridade, preferindo concentrar-se em seu trabalho e deixar que isso fale. Com essa perspectiva pessoal em mente, como você vê o futuro da aliança entre a cultura de celebridades e moda em evolução?

    A cultura de celebridades é interessante às vezes, e pode ter uma enorme influência e inspiração no comportamento individual e coletivo, mas eu também penso que as pessoas devem olhar para sua própria personalidade e se vestir de acordo com o que eles acham que é certo para eles.

    Muito foi escrito sobre essas coleções e inúmeros relatórios financeiros foram produzidos sobre o sucesso delas. Mais importante, esse modelo influenciou outras grandes redes de moda de rua, como Topshop, GAP ou Uniqlo, levando-as a estabelecer parcerias com designers estabelecidos. Em uma indústria em que a exclusividade de um look, marca ou designer é a chave para atrair consumidores, como você acha que as colaborações com designers famosos irão evoluir de forma a manter os clientes interessados?

    Tem de haver um ângulo diferente para cada projeto. Na H&M, cada coleção que é desenhada e produzida como parte dessas parcerias deve ser interessante e surpreendente para nossos clientes e resultar em uma coleção boa e comercial.

    Com tantos novos talentos saindo das escolas de moda todo ano, algumas pessoas podem sentir que trabalhar com algum designer já bem estabelecido pode atravancar as gerações futuras de designers. O que a H&M faz para dar apoio aos novos talentos na indústria da moda?

    Na verdade nós damos muito apoio e alimentamos o futuro da indústria da moda. Na H&M, nós temos mais que 120 designers da casa e temos cerca de 30 trainees por ano. Nós também damos prêmios para estudantes de diferentes escolas de moda, alguns por conta própria, mas também em colaborações com revistas.

    A H&M tem uma básica, porém extremamente bem sucedida, receita de sucesso: sob a proteção da marca, conseguiu produzir diferentes linhas (como “Divided”, “L.O.G.G.”, “BIB”, etc) que têm apelo tanto com os mais jovens quanto com os mais velhos. Isso se deve a uma enorme equipe de designers com os quais você trabalha. Qual é o seu papel no processo criativo de todas essas linhas e como você trabalha com esses designers?

    O processo é extremamente interessante e focado em produzir uma ótima moda: cada departamento tem sua própria equipe de designers, produtores de estampas, compradores e controladores que criam as coleções que chegam às nossas lojas todos os dias. Nós trabalhamos com diversas tendências, cores e itens chaves que são então traduzidos e adaptados para os diferentes clientes de cada conceito.

    HMElas usam H&M: Natalie Portman na pré-festa do Oscar e Michelle Obama no programa Today Show ©Reprodução

    As rápidas demandas em grandes mercados, o aumento dos custos de produção e o esgotamento das culturas do mundo por causa de catástrofes naturais provocou um aumento significativo no preço do algodão nos últimos seis meses. Algumas companhias admitiram que precisarão recorrer a mais tecidos artificiais para manter os preços baixos, enquanto outras estabeleceram que seus preços vão subir. Tendo em mente que a H&M tem uma reputação de “qualidade-preço” boa, e em face de tempos conturbados, como você vê o futuro da moda?

    É verdade que o preço do algodão tem aumentado desde o último verão. No entanto, nossa opinião é que, tal como está atualmente, é um fator relativamente neutro para a concorrência global. Na forma como vemos, há muitos outros fatores que poderiam compensar o impacto para os consumidores. Para a H&M, a perspectiva do consumidor é sempre a mais importante. Por razões comerciais nós não comentamos nossa política de preços mas, no fim, o mais importante é que o cliente sempre possa apreciar os produtos que ele compra e que ele sinta que fez um bom negócio com a H&M.

    Você mudou para um papel de consultora, de um papel criativo. O que mudou na maneira que você percebe a moda, do ponto de vista pessoal?

    Absolutamente nada. A moda tem um papel tão importante para mim agora como quando eu comecei nessa indústria extraordinária.

    Como alguém que trabalhou incansavelmente ao longo de décadas, é difícil imaginar Margareta Van Den Bosch diminuindo o ritmo ao ponto de parar de trabalhar com moda completamente. Quais são os planos que você está fazendo para o futuro?

    No momento, estou me divertindo trabalhando com o que faço, e não tenho planos específicos para o futuro. Enquanto eu tiver boa saúde e bom espírito não vejo nenhum problema em preencher meus dias com coisas interessantes e inspiradoras.

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