©Reprodução
Aprovada em março de 2012, a lei israelense que bane modelos com IMC (Índice de Massa Corporal) abaixo de 18,5 entrou em vigência nesta terça-feira, primeiro dia do ano. À parte à proibição de que sejam contratadas profissionais consideradas “mal nutridas” pelos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS), a nova regulamentação estipula que imagens manipuladas digitalmente com o intuito de emagrecer as mulheres retratadas venham advertidas em quaisquer gêneros de publicações editoriais.
O cálculo do IMC é feito a partir da divisão do peso (em kg) de alguém por sua altura (em metros) ao quadrado. 18,5, como demanda a lei israelense, é o limite mínimo para ser considerado saudável de acordo com a OMS; para que uma modelo de 1,73 m possua o IMC de 18,5, portanto, ela deve atingir pelo menos 53,9 kg. De acordo com o estabelecido pelo Knesset (Parlamento de Israel), porém, não basta pesar, é preciso provar: quando comparecerem a um casting, as modelos devem levar consigo um atestado médico que certifique suas “condições de trabalho”.
Israel, no entanto, não é o primeiro país a aprovar uma lei que proíbe a contratação de modelos abaixo de um certo peso. Após casos notórios de anorexia, bulimia e até do falecimento de new faces em virtude dessas doenças, a Espanha e a Itália criaram medidas para regular o problema: na semana de moda de Madri, por exemplo, não é possível encontrar modelos com IMC abaixo de 18, enquanto em Milão só se desfila com IMC a partir de 18,5.
Nos Estados Unidos não há nenhuma legislação referente ao peso das modelos, mas o CFDA (Council of Fashion Designers of America) criou um programa baseado em recomendações de nutricionistas, educadores físicos e especialistas em transtornos alimentares. O que a instituição prega, segundo Steven Kolb, CEO do CFDA, é desenvolver, conscientizar e educar o mercado local. Como reflexo de tais medidas, a “Vogue” lançou em maio de 2012 a The Health Iniciative, que é uma espécie de compromisso entre suas edições internacionais para incentivar a utilização de “modelos saudáveis” e promover entre suas leitoras uma imagem corporal também mais saudável.