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    Tudo o que você precisa saber sobre as marcas mais desejadas do streetwear
    Tudo o que você precisa saber sobre as marcas mais desejadas do streetwear
    POR Camila Yahn

    1 – Supreme (@supremenewyork)

    streetwear supreme ss 2015 neil young

    Neil Young na campanha da Supreme ©Reprodução

    Pense em streetwear: a primeira marca que vem à cabeça é a Supreme. Não tem como ser diferente. A grife, fundada em Nova York por James Jebbia em 1994, é considerada a Chanel do streetwear, tamanha sua influência.

    Vendedores, consumidores, staff e criadores se misturam, já que todos integravam uma mesma cena. Além de conseguir traduzir o espírito dos jovens, a Supreme cresceu muito por meio de suas parcerias com artistas, fotógrafos, designers e estilistas, que estão por trás de objetos de desejo e itens de colecionador. Undercover, Comme des Garçons, Jeff Koons, Richard Prince, Damien Hirst, Takashi Murakami, Peter Saville… São muitos os nomes que colaboraram (e continuam a colaborar) com a Supreme, hoje também usada por nomes estelares do showbizz como Kanye West, Frank Ocean e Pharrell, além de jovens do mundo inteiro obcecados por seu streetwear fresco e simples.

    O logo, uma caixa vermelha com a marca escrita em branco na fonte Futura Heavy Oblique, foi inspirado na arte de Barbara Kruger.

    274, Lafayette Street, Nova York (e + em Los Angeles, Paris, Londres e cinco lojas no Japão)

    2 – Hood By Air (@hoodbyair)

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    Imagem da marca Hood By Air ©Reprodução

    Shayne Oliver, guarde este nome. Ele está por trás da Hood By Air, uma das marcas mais incensadas do momento. Este ano, Shane levou pra casa o Swarovski Award para melhor marca masculina no CFDA por conta de seus desfiles impactantes na semana de Paris, onde se apresenta desde 2014.

    Em sua passarela, desfilam nomes novos e quentes, como a cantora Binx e o produtor multitalento Arca. A HBA é chamada de radical e revolucionária, o que mostra uma mudança de atitude por parte do prêmio em abrir espaço para uma marca nova e com um olhar diferente sobre a moda. “Estamos transformando o anormal em normal”, disse Shayne ao Style.com. Uma das forças da moda gender bender, a marca nasceu no meio de coletivo de arte e está na linha de frente da nova moda americana (e da comunidade LGBT). Suas roupas de passarela são mais uma filosofia, um estilo de vida, do que algo para o nosso guarda-roupa. Porém, a coleção comercial é, claro, mais usável, ainda que tenha uma forte identidade visual.

    As camisetas com logos em alto relevo e desenhos gráficos ou estampas são vendidas por quase US$ 350 (cerca de R$ 1,2 mil) nas melhores lojas de departamento dos Estados Unidos e da Europa, como Barneys e Selfridges, além das shops conceito, como Dover Street Market, Opening Ceremony e Colette.

    + Veja os desfiles da Hood By Air em Paris

    3 – Off-White (@offwhite)

    off white

    Looks da Off White ©Reprodução

    Outro nome em ascensão estelar, a Off-White tem por trás o novo mago do streetwear conceitual Virgil Abloh, que também é diretor criativo da marca de Kanye West. A Off-White foi fundada em 2014, mas já pode ser encontrada nas principais lojas conceito do mundo. Com inteligência e olhar peculiar, ele faz coleções que chama de “premium”, mostrando “como o streetwear de Paris ou do Lower East Side pode evoluir”.

    Materiais são rasgados e envelhecidos, contrastados com cores fortes e elementos gráficos. “Eu não amo o design moderno. Gosto de tênis sujos, peças que são usadas e gastas; vejo beleza aí, mas venho de uma cultura que preza por aquela roupa que sai novinha da caixa. Estou trabalhando com esses opostos para construir algo novo.”

    Virgil trabalhou antes com Shayne Oliver e está sempre envolvido em colaborações, como a que fez com o fotógrafo Pierre Debusschere para o e-commerce Ssense.

    Formado em engenharia com mestrado em arquitetura, Abloh sempre foi muito ligado à arte e daí vem sua necessidade por tantas parcerias que extrapolam o universo da moda. Ele tem uma galeria e é o fundador da Pyrex Vision, projeto que mistura roupa e arte lançado em 2012 e que foi a ponte para a criação da Off-White. Quando veio à tona que as camisas de flanela que vendia com intervenções eram na verdade da Ralph Lauren, surgiu a polêmica. Ainda assim, sua primeira coleção esgotou em multimarcas premium, como a Colette. Hoje, tudo é criado por ele e produzido na Itália.

    Virgil é fã declarado de Raf Simons e diz que não pensaria duas vezes se pudesse trabalhar até como estagiário para Raf. “Poderia lavar o chão, limpar o escritório dele…”, brinca. A humildade para por aí; em dez anos ele se vê como o nome certo para ser diretor criativo de marcas como Hermès ou Goyard. Do jeito que a percepção estética da moda está mudando, parece bem possível.

    4 – Palace Skateboards (@palaceskateboards)

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    Imagens do lookbook do Verão 2015 da Palace Skateboard ©Reprodução

    Lev Tanju cresceu no meio do skate, cuidado e cuidando de skatistas. Ele usa essa frase para mostrar como sua vida depende tanto do esporte a ponto de ele abrir uma marca para não ter que fazer outra coisa a não ser viver o skate. Lev lançou a Palace em 2010, em Londres, após criar alguns gráficos para shapes de amigos. No meio do processo, ele ficou com vontade de criar produtos que pudesse ajudar e incentivar a comunidade dos skatistas, fazendo roupas e acessórios com os quais eles pudessem andar de skate com mais conforto pelas ruas de Londres. Mal imaginava que, em poucos anos, a Palace se tornaria um dos nomes mais influentes do skatewear, com uma identidade visual focada em desenhos gráficos.

    Lev, que aparece na lista dos 500 mais poderosos do Business of Fashion, já fez parcerias com Adidas Originals, Umbro e Reebok e vê suas peças sendo usadas pela elite do skate e da cultura pop, como Rihanna, que foi vista com uma camiseta que parodiava a Versace. A marca vende de camisetas, moletons e calças a bonés e rodinhas de skate.

    O nome Palace vem da forma como eles chamam (ironicamente) suas casas, normalmente “shitholes”, como descreveu ao Style.com. Vale ver seus vídeos com estética VHS que remetem à era de ouro do skate, nos anos 1990.

    26 Brewer St. Soho, Londres

    5 – Adidas Originals (@adidasoriginals)

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    Um dos looks “red clash” para coleção feminina em 2015 ©Reprodução

    Marca que dispensa apresentação, por muitos anos a Adidas Originals tem marcado presença grande no segmento streetwear não apenas com seus tênis incríveis, mas também com roupas que vão do clássico com estética vintage ao inusitado, com cores e estampas. Colaborações com nomes como Kanye e Pharrell e com marcas como Palace e Neighborhood estão entre os muitos lançamentos bem-sucedidos, em coleções cápsula ou edições limitadas. A marca não para e está sempre em busca da próxima novidade.

    6 – Fear of God (@fearofgodla)

    Foto do lookbook da Fear of God para o Verão 2015 ©Reprodução

    Mais uma marca masculina de Los Angeles que tem uma proposta bem bacana na mistura de street com alfaiataria. A FOG foi aberta em 2012 por Jerry Lorenzo e o nome vem de sua relação com religião e espiritualidade.

    As roupas ganham mais estrutura e uma atitude fashion, mas ainda assim não perdem o espírito streetwear. São versáteis e edgy ao mesmo tempo. Camisetas e jaquetas oversized, hoodies, bombers alongadas, leggings para usar por baixo de bermudas, as peças compõem um estilo de vida funcional, com coleções nascidas nas ruas de LA e conectadas com as massas por meio de uma mentalidade streetwear. Toda a produção é feita em Los Angeles.

    Jerry diz que são roupas para o dia a dia dos discípulos modernos (Kanye West?). “As crianças cristãs nunca eram as mais cool da escola; agora podem ser”, diz ao Hypebeast. A questão religiosa não transparece nas roupas, a não ser em casos como frases em camisetas do tipo “Bigger Than Satan”.

    O segredo do sucesso nesse mercado, segundo Jerry, é que a Fear of God entende a garotada como ninguém. “Não acho que minhas habilidades são melhores do que as vistas na Margiela ou na Balmain, mas sinto que o que tenho que é mais forte que eles, que eu entendo os jovens melhor do que eles.”

    7 – Public School (@publicschoolnyc)

    Public School- Menswear New York Spring Summer 2016 -Julho 2015

    Apresentação da Public School na semana de moda masculina de Nova York Verão 16 ©Agência Fotosite

    Outra marca relativamente nova, a Public School vem mais da moda do que das ruas e é considerada aposta da mídia especializada em moda. Seus estilistas, Dao-Yi Chow e Maxwell Osborne, se conheceram quando ambos trabalhavam na Sean John, grife do rapper P. Diddy.

    A Public School começou como uma marca masculina em 2008, antes de lançar o feminino, mas começou a entrar no radar mesmo em 2013, quando receberam o CFDA de melhor marca masculina do ano. Eles ainda levaram o prêmio CFDA/Vogue Fashion Fund, que dá ao vencedor a quantia de US$ 300 mil (mais de R$ 1 milhão) para investir nos negócios.

    Chow e Osborne fazem roupas bem comerciais e fáceis de usar, com ótimos cortes e uma pegada sportswear e urbana. O olhar da dupla rendeu um convite inesperado: eles são agora diretores criativos da DKNY e apresentam sua primeira coleção para a marca em setembro. Em um ano, a grife passou de seis pontos de venda para 33 e já são encontradas em lojas como Harvey Nichols e Barneys.

    209 W. 38th st., Suite 1009, Nova York

    8 – Stüssy (@stussy)

    streetwear stussy

    O clássico hoodie da Stüssy com o logo escrito em fonte cursiva ©Reprodução

    Uma das marcas “das antigas” mais idolatradas da cultura streetwear, a Stüssy foi criada por Shawn Stüssy na década de 1980 na Califórnia, inspirada primeiramente pelas cenas de surf e hip hop. Em 1984, Shawn e seu amigo Frank Sintara Jr. (nenhuma relação com o cantor) começaram a criar peças juntos até que abriram uma boutique no Soho, em Nova York, em 1988. A marca optou por não focar em apenas uma tribo e passou a usar elementos do surf, reggae, punk, rap e até do new wave. Como a maioria das grifes street, também investiu pesado na logomania e um de seus hits é o desenho gráfico de um par de Ss interligados, fazendo uma brincadeira com o símbolo da Chanel, ou o escrito que diz Stüssy No. 4.

    Stüssy e Sinatra viajavam em busca de pessoas que tinham o mesmo estilo de vida que eles e passaram a vestir skatistas, DJs, club kids e criativos. Criaram assim uma marca que era fresca, feita a partir de peças que são familiares no guarda-roupa de qualquer pessoa, mas com um toque mais vanguardista, inspirado pelas imagens da revista “i-D”, tanto que, para as campanhas, chamavam fotógrafos como Juergen Teller e Mario Sorrenti.

    A Stüssy estourou e, para ter uma ideia do nível do sucesso, em 1990, ela já tinha uma receita anual de US$ 17 milhões (mais de R$ 57 milhões), segundo o BoF. Em 1996, Shawn vendeu suas ações para Sinatra, cujo filho está à frente da operação atualmente, com uma receita de US$ 50 milhões (cerca de R$ 170 milhões) por ano (dados de 2014) e controle 100% familiar. Apesar de serem enormes comparados a grifes como Hood By Air e Off-White, conseguem se manter independentes e interessantes para vender desde em espaços conceito, como DSM e Colette, a grandes lojas, como Urban Outfitters.

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