Chaz Bundick, aka Toro Y Moi ©Divulgação/Bryan Bush
Toro Y Moi é um pseudônimo para Chaz Bundick, americano que lança ainda neste mês, no Brasil, seu segundo disco de estúdio: “Underneath The Pine”, pelo selo Vigilante.
O lo-fi animado de Toro é associado ao movimento chillwave, que em 2010 fez a cabeça dos fãs de música alternativa, capitaneado pela banda Beach House (que por sua vez lançou o elogiado “Teen Dream”). A estética é essencial aos adeptos — pense em um verão envelhecido com fotos de cores sépia, polaroids e vídeos em super-8.
Tudo feito com os aplicativos de celular como “Hipstamatic” ou “Instagram. “Trabalho com a estética, considero importante para o trabalho”, comentou Chaz em entrevista ao FFW.
A sonoridade distante, com guitarras etéreas e teclados nostálgicos (muitas vezes com acabamento lo-fi) também é marca registrada da banda-de-um-homem-só. Tanta sintonia com a onda corrente fez com o garoto ganhasse muita atenção de blogs e da mídia especializada: a cereja do bolo foi uma nota de 8.4 para “Underneath” no respeitado Pitchfork. “Não leio resenhas, meu ego ficaria grande demais”, brinca. E a quantidade de posts a seu respeito não o impressiona.”Às vezes [o hype] ajuda, mas na maioria das vezes não”, completa.
Confira o bate-papo que o FFW teve com Chaz:
Por que usar um pseudônimo?
Porque é divertido, e também ajuda você a se destacar.
Como você começou a fazer música?
Fiquei cansado de tocar covers e praticar com eles, isso quando era adolescente. Foi quando comecei a escrever coisas minhas…
Você é totalmente associado ao movimento “chillwave”. Se sente parte disso?
Um pouco, mas é uma coisa muito ampla. Só me sinto parte porque as pessoas me associam a isso.
Que bandas e artistas você tem ouvido ultimamente?
Women, Michael Jackson, Cole, Li’l B, Soulja Boy.
Como foram as gravações de “Underneath The Pine”? Existe um tema que permeia todas as faixas?
Foi muito difícil, mas o processo era divertido. Eu estava ouvindo muitas coisas dos anos 1970 enquanto escrevia.
O que é novo em comparação ao primeiro disco?
A maior diferença é que desta vez, não usei samples.
Quem fotografou a capa?
Eu, myspace style.