As camuflagens estão de volta, mas não daquele jeito que você está pensando. São as estampas psicodélicas, que causam efeitos ópticos e são geralmente bicolores, que o WGSN aponta como uma tendência: a camuflagem razzle dazzle.
O razzle-dazzle psicodélico da coleção de Verão 2o10 da Givenchy ©Reprodução
Uma curiosidade é que esse tipo de camuflagem também já foi usado por motivos militares: na 1ª e na 2ª Guerra Mundial, navios combatentes eram pintados para confundir e omitir seus movimentos verdadeiros.
Outras referências incluem obras em 2D e 3D de artistas como Tobias Rehberger (sua “Cafeteria” ganhou o Leão de Ouro na 53ª Bienal de Veneza), Esther Stocker e Robert Knoke.
A seguir, o bureau elenca as maneiras de adaptar a camuflagem razzle-dazzle para o dia-a-dia.
STYLING
Brinque com listras em blocos e linhas que imitam contornos corporais, principalmente em tops de jérsei grandes e maxi-vestidos. Linhas diferentes também ajudam a desconstruir silhuetas e formas geométricas, criando resultados surpreendentes. Looks femininos também ganham novo ar quando se inclui peças geométricas em P&B.
A Child Of The Jago Verão 2010; clique de Facehunter; Tsumori Chisato Inverno 2010/11; Cooperative Designs Verão 2010 ©WGSN/Reprodução
CORTES
O WGSN cita os Storm Troopers da série “Star Wars” como inspiração para os cortes, e o legal aqui é mesmo não se prender às regras: cortes assimétricos são melhores ainda quando combinadas com estampas ousadas, enchimentos e construções angulares ajudam a criar um aspecto 3D e cores como cinza, branco e preto são as melhores opções, principalmente para peças com pegada sportswear.
Streetshot em Londres; Raf Simons Inverno 2010/11; Nathan Jenden Inverno 2010/11; streetshot em Tóquio ©WGSN/Reprodução
TRICÔS RAZZLE-DAZZLE
Constraste estampas geométricas com P&B, inspire-se em estampas étnicas dos anos 1990 e faça uso de técnicas de tricô como o jacquard e o Fair Isle. Aqui, a máxima é: quanto mais, melhor!
Streetshot no festival SXSW, no Texas; streetshot em Londres; Mundi Vondi Inverno 2010/11 ©WGSN/Reprodução
ARTE ÓPTICA EM GRÁFICOS 3D
Experimente com ângulos distorcidos para criar perspectivas confusas ou ilusões trompe l’oeil e invista em estéticas “escondidas” – aquelas em que a figura é uma coisa por um ângulo e outra por outro.
Streetshot em Los Angeles; pôster do ffffound.com; peça da Beyond The Valley verão 2010; desenho de www.nacho-gil.com ©WGSN/Reprodução
ÓPTICO PSICODÉLICO
Mais com mais é mais: misture estampas folclóricas com arte óptica psicodélica, florais com motivos Art Deco, estampas zigzag com blocos de cores, linhas, formas geométricas com paisagens naturais desconstruídas e “erros” digitais com estampas distorcidas.
Imagem de Suzy Poling; editorial da “Dazed & Confused” de fevereiro de 2010; Tsumori Chisato Inverno 2010/11; look do Style Bubble ©WGSN/Reprodução
TIRAS MONOCROMÁTICAS
Rasgos e franjas criam volume, expandem a forma e diferenciam a peça. Para aumentar as proporções, incorpore texturas e tecidos danificados. Uma dica é usar fita plástica ou pregas para criar movimento e distorção ótica.
Camiseta da Beyond The Valley Verão 2010; catálogo de Verão 2010 da Pollini; clique do site www.ashadedviewonfashion.com ©WGSN/Reprodução