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    O desafio do salário mais baixo: quanto nossas marcas preferidas pagam aos seus funcionários?
    O desafio do salário mais baixo: quanto nossas marcas preferidas pagam aos seus funcionários?
    POR Redação

    Quando falamos sobre sustentabilidade, é muito comum que nossa atenção se vire para o meio ambiente, mas existe também um outro lado que fundamentalmente necessita nossa atenção, o lado humano. A verdadeira sustentabilidade na moda significa pagar os trabalhadores do vestuário de maneira justa e não abusar do planeta.

    Já vimos inúmeras situações que mostram que pagamento justo passa longe de muitas empresas, de pequenas a gigantes, no mundo todo, Brasil incluído. Duas marcas de Nashville (EUA), Able e Nisolo, iniciaram uma campanha que a gente espere que inspire e viralize:  The Lowest Wage Challenge.  Elas estão pedindo às marcas para mostrar o quanto pagam aos trabalhadores publicando seus salários mais baixos.

    Estima-se que menos de 2% dos trabalhadores ganham um salário digno (um salário que permite atender às suas necessidades básicas, que não é o mesmo que o salário mínimo). Isso significa que quase todo mundo que fez as roupas que estamos vestindo no momento não consegue atender às suas necessidades mais básicas e 75% delas são mulheres. E por mais que esse é um assunto que vem sendo falado há anos, ainda há muita coisa que o público não sabe sobre como a indústria da moda afeta o planeta ou como nossas roupas são feitas, onde e por quem.

    As próprias marcas que iniciaram o projeto não têm um sistema totalmente justo de pagamento. A Able tem uma fábrica em Nashville e quatro fábricas na Etiópia – e duas delas empregam trabalhadores que estão ganhando abaixo de um salário digno (conforme calculado usando a Calculadora de Salário do MIT, o WageIndicator e a Trading Economics).

    A maior parte das empresas não fala sobre seus salários, muito menos sobre os mais baixos, de forma que não temos um retrato oficial do que realmente acontece nas fabricas e marcas de moda. O objetivo do desafio do salário mais baixo é incentivar outras marcas a começar a falar sobre o que pagam aos seus funcionários.

    “Um trabalhador de fábrica pode levar 1,5 anos para ganhar o que um CEO de marca de moda pode fazer no intervalo do almoço”, diz a The Cut Patrick Woodyard, da Nisolo. , portanto, compartilhar essas métricas não é necessariamente tão transparente e nem sempre alcança um objetivo de proteger os trabalhadores”.

    Uma lista das marcas participantes será publicada dia 5 de dezembro – todas elas serão auditadas para garantir que seus salários sejam precisos. Mas nós como consumidores também podemos nomear as marcas para que aceitem o desafio (veja aqui como). Grifes como Nike, Zara, Adidas, North Face e Louis Vuitton estão entre as muitas que já foram nomeadas.

    Ambas as marcas estão confiantes de que outras pessoas participarão da campanha. “Além de ser a coisa certa a fazer, há uma vantagem econômica e de fidelidade à marca ao direcionar seus clientes para discussões vulneráveis”, dizem as duas marcas em um comunicado, enfatizando que “ser honesto e transparente funcionou para seus negócios”.

    #desafiodosaláriomaisbaixo  #lowestwagechallenge

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