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    Entre a passarela e o mundo virtual: Instagram é novo campo de batalha das grifes
    Entre a passarela e o mundo virtual: Instagram é novo campo de batalha das grifes
    POR Redação

    Imagens postadas no perfil da marca Michael Kors no Instagram no dia do desfile na NYFW ©Reprodução/Instagram

    Para quem acompanha a moda e está acostumado a ver o que acontece nas passarelas das principais temporadas do mundo, pode parecer que a grande batalha entre as marcas se concentra em fazer os mais inovadores e belos desfiles. Mas nas últimas temporadas a guerra não ocupa mais apenas o campo real, mas também o virtual, onde as grifes conseguem atingir um público muito maior do que aquele que está atento aos desfiles. E no mundo das redes sociais a grande disputa é travada no Instagram, que tem se mostrado mais eficiente na hora de ajudar as marcas a criarem uma identidade visual e a fazer a conversão do esforço investido em retorno de vendas.

    A grande aparição da Michael Kors durante a New York Fashion Week, de 5 a 13 de fevereiro, certamente não foi nas passarelas, nem pelas ruas da cidade, mas justamente no Instagram. Durante a semana do evento, a grife ficou no terceiro lugar no ranking de todas as marcas do mundo que mais ganharam novos seguidores, atrás apenas de Nike e Forever21, de acordo com informações da Nitrogram para o “WWD“. Em média, são 9.864 novos seguidores por dia, 50.085 por semana e 161.336 por mês. A marca tem 1,8 milhão de fãs e 1,86 milhão de menções com #michaelkors. A grife é considerada a marca de luxo top no Instagram, seguida de Gucci, Louis Vuitton, Burberry, Christian Louboutin, Prada, Marc Jacobs, Ralph Lauren, Versace e Valentino.

    Post de Michael Kors do dia 6 de novembro de 2013 foi o primeiro anúncio no Instagram ©Reprodução

    Não é à toa que a Michael Kors foi a primeira empresa a fazer um post pago no Instagram, em novembro do ano passado. O resultado, segundo a Nitrogram, é que a marca angariou 16 vezes mais novos seguidores com o anúncio patrocinado do que com as postagens não pagas. A estratégia da marca, que tem se mostrado muito eficiente para a indústria da moda como um todo, é mostrar tudo o que acontece nos bastidores: antes, durante e depois dos desfiles.

    A Ralph Lauren teve 10.460 novos seguidores no Instagram no dia do desfile na NYFW, enquanto a Calvin Klein ganhou 4.036 seguidores no mesmo período (os desfiles foram às 10h e 14h, respectivamente). A Calvin Klein faz uma abordagem em três frentes no Instagram: a conta @CalvinKlein publicou conteúdo do diretor criativo Francisco Costa, da blogueira Hanneli Mustaparta e da modelo Vanessa Axente, rosto da Calvin Klein Collection. A marca também usou pela primeira vez o Instagram Direct, que foi usado para que Francisco Costa se comunicasse com quem estava assistindo ao desfile.

    Fotos postadas nos perfis de Miranda Kerr e de Trey Songz no Instagram como parte da campanha #mycalvins ©Reprodução/Instagram

    Aliás, a Calvin Klein lança nesta terça-feira uma campanha em homenagem à lingerie com o logotipo “Calvin Klein” no cós, que ficou muito popular nos anos 1980 e 90. Nesta segunda-feira (17.02) a marca lançou um teaser do projeto digital “mostre o seu. #mycalvins” nas contas do Instagram de Miranda Kerr e do cantor Trey Songz. Cada um publicou posts com fotos suas usando #mycalvins para os 3,3 milhões e 1,9 milhão de seguidores respectivamente. Trey colocou duas fotos, e ambas tiveram mais de 130 mil likes e uma média de 15 mil comentários. A foto de Miranda Kerr teve mais de 170 mil curtidas em menos de 24 horas.

    Posts feitos pelas blogueiras Chiara Ferragni e Leandra Medine nesta terça-feira como parte da campanha #mycalvins ©Reprodução/Instagram

    Nesta terça-feira (18.02), as blogueiras Chiara Ferragni, do The Blonde Salad, e Leandra Medine, do Man Repeller, lançaram a campanha no Instagram, publicando os seus posts. Mais de cem formadores de opinião de 15 países, com alcance de mais de 250 milhões de fãs em redes sociais, foram contratados pela marca, como atores, blogueiros, modelos e músicos. Entre eles estão Fergie, Lara Stone, Cody Simpson, Poppy Delevingne e Hanneli Mustaparta. A marca também vai promover a hashtag em todas as suas contas de redes sociais.

    “Nós pensamos que seria inovador começar uma campanha com os influenciadores postando imagens antes mesmo da marca”, disse Malcolm Carfrae, vice-presidente executivo e diretor de comunicações da Calvin Klein ao “WWD“. A Calvin Klein vai reunir em um site o conteúdo gerado pelos usuários. O site estará ligado ao e-commerce para que os consumidores possam comprar na hora suas peças.

    No último Intelligence Report, o grupo de reflexão Luxury Lab (L2), da Universidade de Nova York, afirmou que o Instagram é a plataforma social mais poderosa do mundo. O estudo mostrou que ele tem 15 vezes a taxa de engajamento do Facebook, proprietário do Instagram. Para Scott Galloway, professor de marketing da Universidade de Nova York e co-fundador do L2, é melhor ter 150 milhões de usuários que são 15 vezes mais engajados do que um público de 1,3 bilhão (número de usuários do Facebook).

    Galloway também comparou o Instagram ao Pinterest. “As pessoas se apaixonaram pelo Pinterest, mas não é como o Instagram. É um terço do tamanho do Instagram”, disse Galloway. “O Instagram é parte das nossas vidas, e o Pinterest é um recurso usado quando estamos redecorando nosso apartamento.” O Instagram tem mais de 150 milhões de usuários, e o Pinterest tem apenas 50 milhões, com apenas um quarto desses usuários se engajando ativamente com a plataforma todos os dias. No Instagram, quase dois terços dos usuários interagem diariamente. Ou seja, das 150 milhões de pessoas que têm conta no Instagram, aproximadamente 90 milhões usam a ferramenta diariamente. Já no Pinterest, dos 50 milhões cadastrados, apenas 12 milhões se engajam ativamente. Isso significa que os dólares gastos no Instagram vão ter quase sete vezes o retorno dos investidos no Pinterest”, disse Galloway. Além disso, ele afirma que o tráfego do Facebook para as marcas não se converte em compras, e o tráfego do Twitter para os sites das marca é quase inútil.

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