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    Na startup “Job for Model”, modelo fecha negócio direto e dispensa o booker
    A plataforma “Job for Model” ©Reprodução
    Na startup “Job for Model”, modelo fecha negócio direto e dispensa o booker
    POR Redação

    Hoje, em poucos segundos, é possível contratar na tela do seu celular uma extensa quantidade de serviços e fechar muitos jobs: o de modelo agora é mais um deles.

    Foi com esse pensamento de mudança e focados na tecnologia que os empreendedores Filipi Russo, 26, formado em administração pela FGV, com passagem por grandes empresas como BBVA e Banco Espírito Santo de Investimento e a modelo Juliane Rudolph, 27, criaram o Job for Model, uma plataforma que permite que o contratante cadastre a sua oferta com informações sobre o local, valor do cachê, características desejáveis e a quantidade de modelos necessárias para um trabalho, como campanhas, catálogos ou desfiles por exemplo. Após essa etapa, por meio de algoritmos, é feita uma combinação entre perfis, e os modelos com características compatíveis recebem um alerta com a oferta do trabalho e podem se candidatar à vaga. Sem precisar de intermédio de agência, o modelo negocia tudo diretamente e se transforma no próprio booker.

    Será que este novo modelo de negócio representa, a longo prazo, uma mudança no atual formato de contratação de modelos? Foi com esta dúvida que fomos convidados para conhecer melhor a startup.

    Filipi e Juliane, de onde partiu a ideia de criar a “Job for Model”?

    Filipi: A ideia surgiu em um momento em que a Juliane, que é modelo, estava tendo problemas para receber os cachês dos jobs que havia realizado. Na mesma época, eu vinha acompanhando o crescimento de diversas startups no Vale do Silício com modelos de negócio de market networks. Ao juntar o mundo de contratação de modelos com o mundo de tecnologia e novos modelos de negócios, surgiu o “Job for Model”.

    Os cabeças do "Job for Model": Juliane Rudolph, sócia-fundadora, Filipi Russo, CEO e sócio-fundador, Roberto Barros, CTO e sócio ©Reprodução

    Os cabeças do “Job for Model”: Juliane Rudolph, sócia-fundadora, Filipi Russo, CEO e sócio-fundador, Roberto Barros, CTO e sócio ©Reprodução

    Filipi, quem é você? Qual a sua formação?

    Sou um empreendedor apaixonado por tecnologia e novos modelos de negócios. CEO e sócio-fundador do “Job for Model”, formado em administação pela FGV, e com passagem por grandes empresas como BBVA, Banco Espírito Santo de Investimento, além de ter trabalhado como analista na Refran Invest Multi Family Office.

    E você, Juliane?

    Modelo e empreendedora. Vivi na pele as dificuldades da profissão de modelo e sonho com uma maneira mais justa e prática para os praticantes desta profissão. Sócia-fundadora do “Job for Model” e diretora de vendas da empresa. Modelo profissional e empreendedora desde os 16 anos, com experiência em estética e beleza, exploradora de novos conhecimentos e negócios.

    Como funciona o “Job for Model”? 

    O “Job for Model” é uma ferramenta para empresas encontrarem e contratarem modelos profissionais de maneira rápida e fácil.  As empresas contratantes criam um perfil no site, postam o trabalho que irão realizar e descrevem o perfil de modelo que buscam. As modelos cadastradas então podem se candidatar ao trabalho e são selecionadas.

    “Job For Model” tem atuação nacional e planeja atuar no exterior em 2017. Atualmente, a plataforma conta com mais de 2 mil profissionais de moda e já tem mais de 700 empresas cadastradas, entre elas Besni, Lucas Anderi, Arthur Caliman e Mary Kay.

    Onde vocês querem chegar com este projeto? 

    Queremos que as modelos tenham a capacidade de gerir a própria carreira. A ideia é que cada modelo seja sua própria booker e não dependam de outros para receber oportunidades. E que elas saibam e conheçam todas as oportunidades que estão no mercado.

    Queremos que as modelos sejam, cada vez mais, aprovadas por fotos, e não tenham que se deslocar para castings sem saber se serão aprovadas. As modelos que trabalham com responsabilidade e profissionalismo terão destaque e cada vez mais oportunidades. Queremos que as modelos escolham quando irão receber o cachê.

    Para as empresas, independentemente do tamanho, nossa ideia é que possam contratar profissionais qualificados, que valorizem sua marca. E consigam resolver toda a renovação de uma campanha em horas, não em semanas. Que as empresas tenham a certeza que terá modelos profissionais e responsáveis representando sua marca.

    Você acha que o futuro do booking será digital?

    Acreditamos que teremos grandes transformações em vários setores da economia. Assim como, nos últimos anos, as rede sociais transformaram como as pessoas interagem entre si, temos visto o surgimento de redes de mercado, que transformam como as pessoas interagem no âmbito profissional. Por ex: Houzz, Joist, AngelList e HoneyBook.

    Enxergamos que o mercado de moda e produção publicitária passará pela mesma transformação.

    Quem pode fazer parte do casting? É necessário a detenção de DRT? 

    No “Job for Model” temos uma gama muito ampla de trabalhos. Para trabalhos de eventos, por exemplo, as restrições são menores. Mas para trabalhos em que haverá veiculação em televisão, por exemplo, é necessário ter DRT para participar da seleção.

    Quais as normas para um modelo ser representado pela plataforma? 

    O “Job for Model” é uma ferramenta para que os modelos encontrem os jobs e sejam contratados. Diferentemente de agências de modelos, não atuamos com a representação de modelos.

    É totalmente permitido que os modelos encontrem e façam jobs por outros meios além do nosso site, não há qualquer restrição em relação à isso. As únicas restrições é que exigimos que os modelos sejam profissionais e responsáveis com os compromissos assumidos pelo site. Caso o modelo receba duas avaliações ruins de trabalhos que tenha realizado, sua conta é automaticamente retirada do site.

    Para você, a criação deste projeto causará impactos no atual modelo de booking? O famoso agência x cliente?

    Esse modelo de negócio possibilita que mais modelos encontrem mais trabalhos de forma rápida e fácil.  E também que mais empresas tenham a possibilidade de profissionalizar o material publicitário de sua marca.

    Acreditamos que os principais impactos no modelo atual de booking serão: (1) modelos serão contratados para mais jobs por mês; (2) mais empresas irão contratar modelos.

    E , dessa forma mais simples e rápida, o mercado de contratação de modelos como um todo deverá crescer bastante.

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