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    Moda ética
    Moda ética
    POR Camila Yahn

    ©Reprodução

    Recentemente a H&M anunciou uma postura mais ética no que diz respeito a produção de suas peças e ao respeito com seus funcionários. Se há algo do que as empresas não têm mais como fugir é desta preocupação. Aos poucos, cada vez mais marcas revelam planos para uma transformação verde ou ao menos lançam produtos chave pensando em como reduzir o impacto ambiental e capacitar comunidades carentes.

    O jeans da linha Waterless, da Levi´s ©Reprodução

    Foi o que fez a Levi´s, que lançou sua primeira waterless collection. A marca se uniu à Water.org (organização que leva água limpa a centenas de comunidades pelo mundo) para mostrar como a economia de água pode beneficiar cerca de um bilhão de pessoas que não tem acesso à água limpa para beber. “Reduzimos o consumo de água no processo final através da redução do número de ciclos na máquina de lavar e da remoção de água na lavagem com pedra (stone wash)”, diz Erik Joule, Vice-Presidente de Global Merchandising e Design da Levi´s. Os produtos estão à venda no Brasil.

    A gente nunca se deu conta, mas uma calça jeans leva 42 litros de água em seu processo final. A marca conseguiu reduzir essa quantia em 96%, economizando 172 milhões de litros de água na produção de 13 milhões de pares de jeans. Outro impacto grande vem do processo de cultivo do algodão e dos hábitos do consumidor na lavanderia de casa. Nós aprendemos vários truques para minimizar esses estragos em uma visita que fizemos à tecelagem Santa Constância.

    Outra empresa que também aposta em uma “coleção ética” é a britânica TX Max, outra do grupo da baratérrimas. A novidade é a linha One Mango Tree, que proporciona oportunidades remuneradas para comunidades em Uganda.

    Mulheres que participam da produção das pelas da One Mango Tree, da gigante TX Max ©Reprodução

    Bolsas, sacolas e aventais produzidos pelas mulheres de Gulu, ao norte de Uganda, custam de £3.99 a £7.99 (cerca de R$ 16 a R$ 32) e ainda traz uma delicadeza extra: cada item vem com a assinatura da mulher que o produziu. “Isso faz parte de uma iniciativa que visa melhorar a vida de comunidades desamparadas na África. Esperamos fazer a diferença na vida dessas pessoas ao mesmo tempo em que oferecemos aos nossos clientes esses produtos lindos e únicos”, diz Jo Murphy, Diretor Corporativo de Responsabilidade Social.

    Voltando à H&M… A empresa sueca publicou o Conscious Actions Sustainability Report, que marca dez anos de sustentabilidade na H&M. Os dados mostram que eles estão em primeiro lugar no uso de algodão orgânico, também economizaram 300 milhões de litros de água na produção de jeans e doaram mais de dois milhões de peças para organizações de caridade. “Queremos que nossos clientes saibam que tudo o que eles compram na H&M foi criado, produzido e trabalhado com consideração pelas pessoas e pelo ambiente”, diz o CEO Karl-Johan Persson.

    A empresa faz parte do Grupo H&M, que também inclui as grifes COS, Monki, Weekday e Cheap Monday e conta com 2.500 lojas e mais de 94 mil funcionários. Espera-se que essa atitude seja estendida a todas as marcas do grupo.

    Recentemente também lançou uma linha eco-friendly de festa, chamada Exclusive Glamour Collection, feita com algodão orgânico e poliéster reciclado, que já foi usada por várias celebridades, como a atriz Michelle Williams.

    Um dos centros de produção de energia eólica ©Reprodução

    Saindo da moda, também descobrimos que a marca cult de brinquedos Lego também está se mexendo. A empresa que detém 75% da Lego está investindo US$ 530 milhões na compra de 1/3 de uma fazenda que produz energia à vento (eólica). A operação deve começar a funcionar a partir de 2015

    Segundo a Lego, a terceira maior fabricante de brinquedos no mundo, essa ação deve gerar energia renovável para suprir suas necessidades, já que a fazenda vai produzir mais energia do que a empresa vai consumir.

    + A revolução da sustentabilidade na moda

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