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    Uma das principais críticas de moda do mundo, Cathy Horyn deixa o “The New York Times”
    Uma das principais críticas de moda do mundo, Cathy Horyn deixa o “The New York Times”
    POR Augusto Mariotti

    Editora de moda do “The New York Times”, Cathy Horyn deixa o jornal ©Reprodução

    Acaba de ser anunciada a saída da editora de moda Cathy Horyn do “The New York Times”, contou o site “The Business of Fashion”. Segundo uma declaração oficial, Cathy deixou seu cargo no NYT por razões pessoais, para ficar mais tempo com seu parceiro, Art Ortenberg, que está com problemas de saúde e pode se beneficiar de sua presença em casa.

    Cathy é uma das principais críticas de moda do mundo. Ela entrou no jornal em 1999 e tornou-se uma das vozes e mentes mais influentes da indústria, com textos corretos, sinceros e, muitas vezes, duros. À frente do blog On the Runway, área nobre do NYT para falar de moda, Cathy foi um exemplo de bom jornalismo, com críticas corajosas e que revelavam um enorme conhecimento de moda. Recentemente, ficou em grande evidência por conta de uma discussão pública com Hedi Slimane, que se negou a convida-la para os desfiles da Saint Laurent (relembre aqui o caso). Lady Gaga também provocou a jornalista, em uma discussão que começou em 2011, quando Horyn criticou o look Versace que Gaga usou no vídeo “Glory”. “Escolha melhor, sra. Versace”, ela escreveu antes de anunciar que havia parado de seguir a cantora no Twitter.

    Gaga respondeu com uma coluna que escreveu para a “V Magazine” em setembro do mesmo ano, questionando por que a opinião de uma pessoa importa mais do que as outras. “Na era da internet, quando desfiles e performances são tão acessíveis ao público e qualquer um pode postar um review no Facebook ou Twitter, será que não está na hora de críticos e colunistas, como Cathy Horyn, usarem uma abordagem crítica mais moderna, que realmente os separa da pessoa mediana que está em casa com seu laptop?”.

    Todos esses casos e muitos outros mostram os ecos das opiniões escritas por Horyn. Pouco antes dela deixar o jornal, seu colega Eric Wilson, que escrevia no blog On the Runway com ela, trocou o NYT pela revista “In Style”. Um novo nome ainda não foi apontado para o cargo, que é um dos principais do mundo.

    Leia abaixo o comunicado oficial emitido pelo “New York Times” sobre a saída de Cathy Horyn:

    “É com profunda tristeza por sua saída e imensa gratidão pelo legado que deixa que anunciamos que Cathy Horyn, crítica de moda desde 1999, deixa o ‘The Times’. Os motivos de Cathy são pessoais, para passar mais tempo com seu parceiro Art Ortenberg, que tem apresentado problemas de saúde e que pode se beneficiar de sua presença em casa.

    Como podemos medir o impacto que Cathy causou no jornal? Nos artigos que ela escreveu nos últimos 15 anos? Os estilistas promissores que  descobriu, os não originais que não divulgou, os talentos que celebrou fizeram de Horyn uma das vozes mais influentes da indústria da moda através de suas críticas honestas e duras.

    Podemos medir de todas essas formas para marcar a mulher que é a principal crítica de moda de sua geração e que criou um nível quase impossível de se manter por aquele que ocupará o seu lugar.

    Cathy é uma voz única no mundo da moda, que foi imediatamente percebida em um de seus primeiros reviews para o ‘The Times’, sobre os desfiles de Alta-Costura em Paris, em janeiro de 1999. Aqui está como ela conduziu o artigo:

    ‘Todo mundo que vem para a temporada da alta-costura sabe que Nan é Nan Kempner, que Deeda é Deeda Blair e que Liliane Bettencourt, que estava sentada na primeira fila de Yves Saint Laurent usando um cachecol laranja, é a mulher mais rica da França. As pessoas podem saber ou não que a cliente mais nova de couture no desfile da Givenchy tem oito anos ou que Dodie Rosekrans, o apoiador das artes de São Francisco, recentemente comprou uma guilhotina coberta com o logo da Chanel para sua casa em Veneza. Mas dê tempo a elas. Paris é provavelmente o único lugar na Terra onde os mais ricos, nobres e poderosos têm sempre a garantia de se conectar, mesmo se só por meio das roupas”.

    Como não se ligar a Cathy imediatamente? Os leitores do ‘Times’ assim ficaram pelos últimos 15 anos. Mas Cathy era mais do que uma crítica de moda. Ela era também uma repórter esplêndida, que usou a moda 

    como lentes para olhar para temas culturais mais amplos, como fez recentemente em um artigo fascinante sobre o icônico terno rosa de Jackie Kennedy, usado no dia em que seu marido foi assassinado em Dallas e que hoje está blindado do público junto com suas meias-calças manchadas de sangue, em um jazigo climatizado nos arredores de Washington.

    Todos nós da seção Styles e do jornal como um todo sentiremos sua falta extremamente. Mas ela não está nos deixando completamente. Ela vai continuar a trabalhar em um projeto que é caro ao seu coração: um livro publicado pela Rizzoli que mostra como o ‘New York Times’ cobriu moda de 1850 até as primeiras décadas do século 21. Sem dúvida, será uma grande leitura.

    Afetuosamente,

    Jill e Stuart”

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