Por Amanda Jordá, em colaboração com o FFW
O fotógrafo J.R. Duran autografa a quarta edição de sua revista “Nacional” ©Felipe Abe
O fotógrafo J.R. Duran lançou a quarta edição da revista “Nacional” durante o SPFW, com fotos e entrevistas sobre temas nacionais que foram destaque no último ano, como um ensaio sobre o tráfico de drogas no Brasil e um perfil em que pergunta a outros fotógrafos: “Qual fotografia você se arrepende de não ter feito?”.
Um dos principais nomes da fotografia brasileira nos últimos 30 anos, Duran respondeu brevemente a sete perguntas durante o lançamento:
Qual são as suas fotos preferidas de toda a sua carreira?
As que ainda não fiz.
Você tem uma presença ativa e divertida no Twitter e um Facebook fechado, só para amigos…
Me divirto no Twitter, como tento me divertir com tudo o que faço. Se existe uma conta no Facebook não é minha, é falsa.
No seu trabalho, você alterna entre fotografia digital e analógica?
Só digital.
Duran em frente à imagem de capa da nova “Nacional” ©Divulgação
Com o passar do tempo, você está ficando mais desapegado em relação à documentação constante do presente?
Guardo o que precisa ser guardado, esqueço o que não precisa e olho para frente à procura de novas surpresas.
Muitos artistas falam sobre colaborar com pessoas que admiram como uma forte motivação no início da carreira. No seu caso, você tinha este desejo?
Não me preocupo com etiquetas, universos fechados ou conceitos estabelecidos, apenas tento fazer o que gosto da melhor maneira possível.
“Os diários são uma maneira de organizar o presente e de poder lembrar, depois de muito tempo, detalhes que a memória apaga. Poder folhear as páginas, anos mais tarde, produz o mesmo efeito de se abrir uma janela para o passado”. É por isso que você ficou com vontade de criar uma revista?
A revista é apenas uma plataforma para colocar imagens que ninguém me encomendou.
Como você define os temas das edições? Você já começa com uma vontade ou ela surge ao longo do processo?
A revista “Nacional” vai surgindo com o passar do tempo; as pessoas, os temas, os lugares vão aparecendo e em um certo momento percebo que tudo está ligado por algum fio condutor.